domingo, 4 de outubro de 2020

O capitalismo selvagem no Brasil.

 Não há quem discorde de que é preciso fazer ajustes nas carreiras do funcionalismo, para reduzir gastos e racionalizar benefícios. Se chamados a ajudar nessa tarefa, os próprios servidores públicos poderão dar sugestões importantes. Fazer uma reforma administrativa ao lado dos funcionários seria mais eficaz do que colocá-los como oponentes, de acordo com o jornalista Chico Alves, no Portal UOL.

A tarefa fica, porém, bem mais difícil se o roteiro de mudanças parte do pressuposto de que há no serviço público castas de privilegiados que, apesar de ganharem muitíssimo mais que a média, devem ficar livres dos cortes, de acordo com o relato do jornalista na sua coluna no UOL.

Que categoria de trabalhadores, seja da iniciativa privada ou do governo, concordaria de bom grado com uma barbaridade dessas?, questionou o comentarista na sua coluna.

A cristalização de tal desigualdade está prevista na reforma administrativa que Executivo e Legislativo planejam para breve, de acordo com o jornalista na manhã de hoje.

A justificativa para isso vem das mentes delirantes de tecnocratas como o ministro Paulo Guedes, que teve o despudor de defender publicamente aumento para quem hoje já ganha salários estratosféricos no funcionalismo, ao mesmo tempo que planeja achatar a remuneração de quem está na base, segundo o relato do jornalista no UOL.

Guedes acha que os caciques do serviço público são mais importantes que os índios. Como se em um país com enorme déficit de professores, médicos, enfermeiros, fiscais ambientais e outros tantos profissionais, o brasileiro estivesse mesmo é precisando dos gestores engravatados de Brasília, de acordo com a coluna do jornalista.

É a naturalização desse elitismo deslavado que faz com que juízes de todo o país recebam fortunas mensais pagas com dinheiro público e achem que está tudo bem. Como mostra a reportagem de Fábio Fabrini, Leonardo Diegues e Diana Yukar, da Folha de S. Paulo, mais de 200 mil togados brasileiros recebem entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. No topo, há quem ganhe mais que R$ 500 mil, de acordo com o relato do jornalista.

Magistrados, militares, integrantes do Ministério Público e parlamentares deveriam ser os primeiros da lista de cortes substanciais em uma reforma decente. No plano traçado, no entanto, eles ficam a salvo e o peso do ajuste recai somente sobre os ombros dos barnabés de salário curto, de acordo com o jornalista, neste domingo (4).


Á você que está me lendo eu digo : Capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e sua operação com fins lucrativos. As características centrais deste sistema incluem, além da propriedade privada, a acumulação de capital, o trabalho assalariado, a troca voluntária, um sistema de preços e mercados competitivos.
Capital financeiro pode ser entendido como o capital representado por títulos, obrigações, certificados e outros papéis negociáveis e rapidamente conversíveis em dinheiro.
No capitalismo, o seu funcionamento, é uma sustentação econômica, aonde muitos ganhando pouco, sustentam poucos  que ganham muito. A reforma administrativa do ministro da economia Paulo Guedes, não necessariamente resolve o problema do custo da maquina pública, atende apenas a lógica do capital financeiro.
Pelo contrário. A reforma administrativa do ministério da economia, atinge apenas os servidores que estão na ponta da pirâmide. Ou seja: Servidores que ganham salários, no máximo intermediários, entre R$ 3 a 4 mil reais mensais. Os verdadeiros privilegiados, mantem intacta as altas castas, que aumentam os custos do funcionamento público no Brasil.
Mas, no entanto, a lógica do capitalismo selvagem não vai tirar o Brasil da crise econômica. Pelo contrário. O capitalismo selvagem apenas vai aumentar o buraco orçamentário brasileiro.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Site Rede Brasil Atual.







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