domingo, 8 de novembro de 2020

O Brasil no resto do mundo.

 Na contramão dos principais líderes do mundo, Jair Bolsonaro ignorou a vitória de Joe Biden. Absteve-se de parabenizar o vitorioso. Não se deu conta de que ignorar é a pior forma de lidar com a ignorância. Natural. A derrota de Donald Trump deixou Bolsonaro zonzo. Ele demora a enxergar duas obviedades: Trump nunca foi um bom exemplo. Mas Biden tornou-se um fabuloso aviso.

Bolsonaro não gosta de ler. Mas deveria desperdiçar um naco do seu domingo lendo o discurso da vitória, pronunciado por Biden na noite de sábado. É um discurso curto. Pode-se atravessá-lo em 15 minutos. A leitura será mais proveitosa se o capitão prestar atenção a trechos como o que vai reproduzido abaixo:

"A Bíblia nos diz que para tudo existe um tempo, um tempo para construir, um tempo para colher, um tempo para semear. E um tempo para curar. Esta é a hora de curar na América." Trocando-se América por Brasil, o discurso poderia ser lido por Bolsonaro em rede nacional de rádio e tevê.

Biden não esclareceu, mas referia-se a uma passagem do livro de Eclesiastes (3:1-8). Ensina que há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu. Tempo de matar e tempo de curar. Tempo de espalhar pedras? e tempo de ajuntá-las. Tempo de rasgar e tempo de costurar. Tempo de odiar e tempo de amar. Tempo de lutar e tempo de viver em paz.

A exemplo dos Estados Unidos, o Brasil amarga duas patologias: a Covid e a polarização. Contra a primeira, ainda não há vacina de eficácia comprovada. O número de mortes declina. Mas o vírus continua matando. Contra a segunda, há dois velhos imunizantes à disposição: sensatez e moderação.

De novo: substituindo-se "americanos" por brasileiros, o discurso poderia ser lido num pronunciamento do presidente brasileiro em rede nacional. Mas não passa pela cabeça de Bolsonaro dizer algo parecido. Sua ascensão à Presidência, assim como a chegada de Trump à Casa Branca, foi uma consequência direta da polarização.

O lógico seria que, depois de eleito, Bolsonaro virasse um presidente de todos os brasileiros, inclusive dos que não votaram nele. Mas ele passou a governar para um terço da população. Trump fazia parecido. Deu no que está dando.

A exemplo do ídolo americano, Bolsonaro coloca na receita do seu pudim raiva e desinformação em doses que podem ser letais. Abusa da sorte. Num instante em que o vírus apresenta a Trump a conta do negacionismo, Bolsonaro faz política com uma vacina contra o coronavírus.

A melhor hora para mudar é quando a mudança ainda não é necessária. Trump perdeu a sua hora. Bolsonaro desperdiça o seu momento desde o dia da posse. É como se desejasse ser engolido pela lógica de um outro conhecido preceito bíblico. Está no mesmo livro de Eclesiastes, no capítulo 1, versículo 9.

Diz o seguinte: "O que foi tornará a ser; o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do Sol." Ao macaquear Trump a ponto de ser derrotado junto com ele, Bolsonaro parece convidar o eleitor brasileiro a mimetizar os americanos que elegeram Biden. O ano de 2022 pode ficar parecido com 2020. O relato é do jornalista Josias de Souza, na sua coluna deste domingo (7), no Portal UOL.


Á você que está me lendo eu digo : Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos. São direitos civis e políticos; direitos econômicos, sociais e culturais; direitos difusos e coletivos.
O ambientalismo, movimento ecológico ou movimento verde consiste em um heterogêneo feixe de correntes de pensamento e movimentos sociais que têm na defesa do meio ambiente sua principal preocupação.
Desenvolvimento sustentável é um conceito sistêmico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de um sistema de consumo em massa no qual a preocupação com a natureza, via de extração da matéria-prima, é máxima.
A direita, na sua essência direita descreve uma visão ou posição específica que aceita a hierarquia social ou desigualdade social como inevitável, natural, normal. Tudo em nome da seleção natural entre as pessoas.
Jair Bolsonaro, sempre foi totalmente contra a todos os conceitos de direitos humanos. Na visão do presidente brasileiros, direitos humanos, é coisa de vagabundo e pessoas que fazem mal a sociedade. A visão de mundo do atual mandatário brasileiro, está isolando o Brasil do restante do  mundo. Isso, tanto no aspecto global, quanto no aspecto econômico.
A mentalidade arcaica de Jair Bolsonaro, encontra respaldo em governos de extrema direita. A vitória do democrata Joe Biden, é um banho  de agua fria no extremismo torto do presidente brasileiro. Na ala ideológica do governo, direitos humanos, não são para pessoas de bem. Contudo, temas como ambientalismo, desenvolvimento sustentável e direitos humanos, vão voltar a pauta com a vitória de Joe Biden. E, não custa lembrar, mesmo antes da eleição de Joe Biden, a visão arcaica de Jair Bolsonaro, já isolava o Brasil na geopolítica global, principalmente na Europa ena Oceania.
O presidente brasileiro, terá que ser mais presidente, e menos Jair Bolsonaro. A intolerância e o extremismo do mandatário, terão que ser substituídos por governabilidade e bom senso. O bolsonarismo radical, terá que ficar para trás. A intolerância da extrema direita, poderá colocar o Brasil no limbo da geopolítica mundial. O que sem dúvida, seria lamentável.

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Portal UOL


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