sábado, 14 de novembro de 2020

O desconforto dos militares no governo.

 Ao afirmar que os militares não querem participar da política e não querem que a política nos quartéis, o comandante do Exército, Edson Pujol, externou publicamente, de forma sutil e discreta, a insatisfação dos militares com o uso político que o presidente Jair Bolsonaro tem feito das Forças Armadas.

A avaliação foi feita ao blog por interlocutores de militares da ativa, que destacavam o fato de o general Pujol não ter recuado de suas palavras, ao repetir nesta sexta-feira (13) que as Forças Armadas são uma instituição de Estado e não de governo e que não devem se envolver em questões políticas.

Para esses interlocutores, o comandante do Exército mandou o seu recado "sutil e discretamente", bem "a seu estilo", para não causar "estridências", mas buscando sinalizar para dentro dos quartéis que os comandantes das Forças Armadas, militares da ativa, não concordam com o que o presidente vem fazendo.

Em mais de um momento, Bolsonaro sinalizou que as Forças Armadas seriam seu escudo para enfrentar crises políticas.

Os militares da ativa ficaram particularmente irritados com as declarações do presidente Bolsonaro dizendo que, quando acaba a "saliva" da diplomacia, é preciso ter "pólvora", o que soava como uma ameaça de guerra contra os Estados Unidos.

Era um comentário sobre uma fala do democrata Joe Biden, sem citá-lo nominalmente, de que se o Brasil não fizer ajustes na sua política ambiental pode sofrer sanções econômicas.

Para os militares, o Brasil iria virar, como virou, motivo de piadas e chacotas dentro e fora do país.

Recentemente, as Forças Armadas também não gostaram da forma como Bolsonaro tratou os ataques do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao general da reserva e articulador político do governo, Luiz Eduardo Ramos.

O general foi chamado de "Maria fofoca", e Bolsonaro, apesar de prestigiá-lo com gestos, não deu uma declaração pública sobre o episódio.

Outro episódio recente que pegou mal entre os militares foi o presidente Bolsonaro ter desautorizado publicamente o ministro da Saúde, general da ativa Eduardo Pazuello, no episódio da assinatura do protocolo de intenções para compra da vacina desenvolvida na China, a CoronaVac, dentro de sua guerra política com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O relato é do jornalista Valdo Cruz, no seu blog, no Portal G1 da Rede Globo.

Á você que está me lendo eu digo :As forças armadas de uma nação constituem o conjunto das suas organizações e forças de combate e de defesa. Dependendo do país, as forças armadas podem adotar designações oficiais alternativas como "forças de autodefesa", "forças militares" ou "exércitos".
Na grande maioria dos países, as forças armadas são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, geralmente sob a autoridade direta do ministro da Defesa ou equivalente e sob autoridade suprema do Chefe de Estado ou de Governo, dependendo do regime político. Destinam-se essencialmente à defesa militar do país, podendo também - se a lei nacional o permitir - colaborar na garantia dos poderes constitucionais e na defesa da lei e da ordem interna.
O velho ditado popular, diz que nós seres humanos, sempre aprendemos com os nossos erros. Entretanto, Jair Bolsonaro insiste em querer conjugar o velho ditado ao contrário. O presidente brasileiro insiste na sua cruzada do uso politico das forças armadas. O mandatário não aprendeu que em um democracia, a mistura entre politicas e forças armadas não combina.
Jair Bolsonaro, vem mostrando que é errando que se aprende a errar. O mandatário não aprendeu absolutamente nada com a derrota de seu ídolo Donal Trump nos Estados Unidos. O primeiro erro do presidente brasileiro, foi polarizar a pandemia do novo corona vírus. Sempre aprendendo a errar, Jair Bolsonaro insiste em fazer o uso politico das forças armadas, ignorando o desconforto qeu isso traz aos militares da ativa.
O presidente brasileiro, definitivamente, não permite que os partidos de oposição façam o seu papel. Jair Bolsonaro fabrica crises e mais crises, fazendo ele próprio, a oposição ao seu próprio governo. Sempre aprendendo a errar, o presidente brasileiro rompe com disciplina e a hierarquia do governo militar, para fazer a velha politicagem dos mesmos de sempre.

E assim caminha a humanidade.




Imagem : Jornal A Gazeta do Povo.




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