domingo, 6 de dezembro de 2020

Diversidade e modernidade.

 "Apesar dos espaços de poder no Brasil ainda serem dominados majoritariamente por homens mais velhos, ricos, brancos e heterossexuais, as eleições municipais deste ano deram uma sacudida nesse sistema historicamente excludente. Em diferentes partes do país, pessoas transexuais, mulheres negras, indígenas e quilombolas conquistaram vitórias sem precedentes em Câmara de Vereadores e até o comando de prefeituras municipais, incluindo votações muito expressivas.

No caso da comunidade LGBTQI+, chamou atenção a eleição de dezenas de mulheres transexuais para ocuparem uma vaga na Câmara de Vereadores de importantes cidades. Em Aracaju (SE), por exemplo, Linda Brasil, do PSOL, foi a mais votada, obtendo 5.773 votos. A professora Duda Salabert (PDT) é travesti e obteve mais de 37 mil votos votos em Belo Horizonte (MG), em primeiro lugar entre os vereadores eleitos na capital mineira. Ao todo, 25 candidaturas trans foram eleitas no último domingo, um aumento de mais de 200% na comparação com as eleições de 2016, de acordo com dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). " O relato é do site Brasil de Fato.

O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata, imposto pelos colonizadores portugueses. O racismo no Brasil colonial já eram institucionalizado., vez que também tinha base legal. Para ocupar serviços públicos da Coroa, da municipalidade, do judiciário, nas igrejas e nas ordens religiosas era necessário comprovar a "pureza de sangue", ou seja, apenas se admitiam brancos, banindo negros e mulatos, "dentro dos quatro graus em que o mulatismo é impedimento". Era exigida a comprovação da "brancura" dos candidatos a cargos.

Ou seja: O Brasil sempre baseou sua história em preconceitos institucionalizados. Por mais que o vice presidente Hamilton Mourão negue, preconceitos contra grupos minoritários fazem parte da nossa história, desde a era colonial.

O Brasil nunca foi um pais civilizado na tarefa de conviver com a diversidade. Mesmo com a lei de cotas em 1991, ainda temos pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Assim como também acontece com os negros e os homossexuais., por exemplo.

Se por um lado, hoje temos negros, deficientes e homossexuais formados. Por outro, são as categorias que ainda sofrem para trabalhar com os ramos em que se formaram. O Brasil ainda não aderiu aos tempos contemporâneos em que vivemos.

Na politica, temos a flagrante ausência de mulheres. As nossas mulheres são totalmente marginalizadas na politica brasileira. Já foi comprovado, que países aonde se tem mais mulheres na politica, o índice de desenvolvimento humano está entre os mais elevados.

O mundo mudou, se modernizou. Os preconceitos arraigados no Brasil, já não cabem na sociedade em que vivemos. Nosso país precisa amadurecer democraticamente e aprender a aceitar a diversidade.

A diversidade nas eleições de 2020, mostra que o Brasil deu um pequeno salto em direção a modernidade. Mas ainda há muito a fazer. O Brasil somente vai se modernizar quando se livrar dos preconceitos arraigados desde o começo da sua história. 

A modernização brasileira é necessária. A democracia agradece.

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Site Slyde Player.




A Construção da Desigualdade Racial no Brasil - ppt carregar



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