sábado, 12 de dezembro de 2020

O vírus autoritário do mandatário brasileiro.

 Os apresentadores da TV estatal da Coreia do Norte nem coram ao chamar o ditador Kim Jong-un de "gênio entre os gênios". Falta pouco pra Jair Bolsonaro receber o mesmo tratamento na programação da brasileira EBC, o canal mantido com dinheiro público que o presidente havia prometido extinguir mas resolveu transformar em seu veículo de propaganda particular.

Também a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma autarquia, está sendo transfigurada para dar alegrias ao presidente. Hoje no meio do fogo cerrado da guerra das vacinas, a agência em breve terá mais uma diretoria ocupada por um militar claramente alinhado a Bolsonaro, o tenente-coronel do Exército Jorge Luiz Korman.

O atual diretor da agência, o contra-almirante Antonio Barra, é aliado declarado do presidente, do tipo que comparece ao lado dele (sem máscara) em manifestação que pede o fechamento do Congresso e do STF, como ocorreu em março.

O mal-estar dos servidores da Anvisa com as crescentes tentativas de interferência política foi explicitado em carta divulgada ontem, onde se lê que a agência "não serve aos interesses de governos, de pessoas, de organizações ou de partidos políticos".

Não por coincidência, o trecho é idêntico ao do recente discurso feito pelo comandante do Exército, Edson Pujol. Por mais de uma vez, Bolsonaro tentou chamar de sua uma Força que, como lembrou o general, é de Estado.

Agora, reportagem da revista Época escancara o mais claramente configurado e documentado uso de um órgão de Estado em benefício pessoal do presidente e sua família.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), diz a revista, colocou seus quadros para traçar uma estratégia destinada a livrar o filho mais velho do presidente do escrutínio da Justiça no caso da "rachadinha".

Dirigida pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem, o amigo do clã Bolsonaro que o presidente queria transformar em diretor-geral da PF, a Abin debruçou-se sobre a ação criminal a que responde Flávio Bolsonaro com o objetivo de encontrar formas de "defender FB no caso Alerj", como explicitado em um dos relatórios reproduzidos pela revista.

A "consultoria" gratuita dada pela agência ao primogênito do presidente da República não se limitou a orientá-lo sobre a melhor forma de livrar-se das malhas da Justiça.

Foi além: sugeriu que o "01" (Bolsonaro) trocasse um funcionário público em posto considerado estratégico por um "ex-policial federal de confiança" e usou de didatismo para ensinar como a defesa de Flávio Bolsonaro poderia obter documentos favoráveis a ele.

A advogada do filho do presidente deveria "visitar o Tostes, tomar um cafezinho e informar que ajuizará a ação demandando o acesso agora exigido".

"Tostes" é José Tostes Neto, chefe da Receita Federal, peça importante na estratégia da defesa, que pede a anulação da ação contra Flávio por suposto acesso ilegal de investigadores a seus dados fiscais.

Bolsonaro acha que a EBC está lá para divulgar seus feitos, que a Anvisa tem de obedecer aos seus comandos, que o Exército deve lealdade a ele e que a Abin pode ser usada para livrar a cara do seu filho denunciado na Justiça por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.

Só os loucos são inimputáveis.

Bolsonaro, embora tente parecer um, ainda não está imune às leis.

E o último presidente do Brasil que ignorou a diferença entre Estado e governo, entre o público e o privado, ainda tem fresca na memória as lembranças da cadeia. O relato é da jornalista Thaís Oyama, no Portal UOL.


Á você que está me lendo eu digo :Monarquia é uma forma de governo em que um monarca (tal como um rei ou imperador) exerce a função de chefe de Estado e mantém-se em tal cargo até a sua morte ou abdicação. Existem duas principais formas de monarquia: a absoluta, em que o poder do monarca vai além do de chefe de Estado e é superior ao dos outros órgãos do governo, e a constitucional ou parlamentar, em que o poder do monarca é limitado por uma Constituição, podendo ser meramente cerimonial. A primeira é considerada um regime autoritário, enquanto a segunda normalmente ocorre num contexto democrático e representa a maior parte das monarquias atuais. Formas de governo sem um monarca são denominadas repúblicas. De acordo com as explicações do sociólogo e mestre Cesar Portantiolo Maia, quando eu estava no segundo ano do curso de Jornalismo na FIAAM FAAM
Caro (a) leitor (a) : No Brasil, vivemos a monarquia Constitucional, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988. Contudo, Jair Bolsonaro optou pela monarquia absoluta.
O atual mandatário brasileiro, fabrica a monarquia absoluta, desde a sua posse em Janeiro de 2019. O autoritarismo de Jair Bolsonaro, apenas provocou crises e mais crises entre o Palácio do Planalto e a Suprema Corte.
Em algumas vezes, o Supremo Tribunal Federal, precisou intervir nos arroubos absolutistas do atual mandatário brasileiro. Um exemplo disso. A autonomia dada a governadores e prefeitos, para impedir que Jair Bolsonaro causasse mais mortes pelo novo corona vírus.
Os arroubos absolutistas de Jair Bolsonaro, provoca cada vez mais desarmonia entre as instituições. As contradições do presidente Jair Bolsonaro, são gritantes com o discurso moralista do então candidato Jair Bolsonaro.
Donald Trump, foi punido pelo eleitorado norte americano nas eleições municipais, devido aos mesmo Contudo, os arroubos autoritários. Mas, entretanto, Jair Bolsonaro anda totalmente na contramão do mínimo bom senso. O vírus da pandemia que estamos vivendo tem cura. Contudo, o vírus autoritário do presidente Jair Bolsonaro, definitivamente é incurável.

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Portal UOL


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