Depois de ficar por mais de 13 anos acorrentado, a mãe de André Padilha, morador de Fernandópolis (SP), luta para conseguir na Justiça o tratamento gratuito do filho, de 32 anos, diagnosticado com autismo.
Marisa Padilha conta que na época decidiu acorrentar André porque foi a solução encontrada para dar fim às autoagressões, que começaram após o filho apresentar alterações no comportamento aos 10 anos.
Após o pedido de ajuda, ele começou a fazer tratamento de sessões psicoterápicas em uma clínica paga pela prefeitura. Porém, a prefeitura suspendeu o pagamento da clínica, segundo Marisa, e André precisou parar, já que família não tem condições de manter os pagamentos.
Foi então que a mãe entrou com uma ação judicial, em 2019, para tentar conseguir o tratamento gratuitamente. Em maio de 2020, a Justiça atendeu ao pedido e determinou que o município de Fernandópolis e o Estado fornecessem o tratamento.
De acordo com o processo, foi indicado o tratamento de 40 sessões psicoterápicas semanais na clínica e em casa, bem como equoterapia, fonoterapia, integração sensorial e fisioterapia.
Em fevereiro deste ano o Tribunal de Justiça negou o pedido e alegou que não houve “efetiva demonstração” da “imprescindibilidade dos tratamentos”. Desde então, o tratamento foi interrompido.
“ O tratamento ajudou bastante ele a ter autocontrole, graças a Deus. Não preciso mais deixar ele acorrentado, mas tem dias que ele é mais tranquilo e em outros fica agitado, mas nada comparado com antes”, explica Marisa.
Ainda segundo Marisa, um médico que atendeu André afirmou que o ideal era ter iniciado o tratamento ainda quando criança, mas que "não é um caso perdido, porque ele pode melhorar".
Saulo Ismerim Medina Gomes, advogado de defesa da família, alega que, atualmente, André apresenta um quadro ruim, pois não está recebendo tratamento adequado.
Ele também afirma que o tratamento fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não contribui com a melhora de André e a clínica particular que fornecia o atendimento suspendeu o tratamento pois fazia o trabalho de forma voluntária.
Segundo Marisa, para tentar retomar o tratamento, uma vaquinha online foi realizada. O objetivo era arrecadar R$ 50 mil, mas a família conseguiu R$ 80 mil. Contudo, ainda não há data para que André volte a receber atendimento. "Tem a rotina com remédios, banho, refeições. Mas estamos indo".
Ela afirma que, mesmo com o tratamento suspenso, a família continua recebendo auxílio do município, como os medicamentos.
Sem controle
Em 2017, Marisa afirmou ao G1 que precisou deixar de trabalhar para cuidar do filho, que começou a apresentar alterações no comportamento aos 10 anos. André chegou a ser internado, começou a tomar a medicação indicada pelo médico, mas não teve a reação desejada.
Aos 15 anos, André passou a ficar isolado e agressivo, foi neste momento que a mãe decidiu usar a corrente.
“Eu não conseguia mais controlar. Era dia e noite de olho para ele não se machucar. Então comecei a usar a corrente. Ele fica na área e no quarto acorrentado. Quando preciso dar banho, eu preciso segurar o André com muita força”, disse ao G1.
Ela contou que fez um vídeo para mostrar a situação de Andre, com o objetivo de que um especialista a oriente sobre o diagnóstico do filho.
Apoio
Em nota, a Prefeitura de Fernandópolis disse que, por meio do CAPS II, André Padilha recebe serviço médico, farmacêutico e de enfermagem, por meio de visita familiar.
Afirmou também que o município está criando um projeto para atendimento especializado em casos de autismo. Atualmente o projeto está em processo de contratação de profissionais e estruturação da clínica. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã desta sábado (03).
Á você que está me lendo eu digo : A pessoa com deficiência, é aquela pessoa que tem algum impedimento de longo prazo, seja da natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com outras pessoas.
O autismo é um transtorno que afeta o sistema nervoso. O alcance a gravidade do autismo podem variar de maneira bastante ampla. Os sintomas mais comuns do autismo são dificuldades de comunicação, dificuldade de interação social, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos.
A deficiência intelectual ou retardo mental, é caracterizada por limitações nas habilidades mentais gerais. Essas habilidade mentais estão ligadas a inteligência, atividades que envolvem raciocinio, resolução de problemas e planejamento, entre outras. No Quociente de Inteligência (QI), o resultado dos testes de uma pessoa com o Transtorno do Desenvolvimento Intelectual, se situa em 75 ou menos. Segundo as informações da reportagem sobre Pessoa com Deficiência, no site oficial do Ministério Público do Paraná e também do site vittude.
Sim leitor (a). Eu sou portador do Transtorno do Desenvolvimento Intelectual. Na minha infância e adolescência, eu nunca consegui aprender álgebra e ciências exatas. Durante 04 anos e meio, eu cursei Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM).
Sim leitor (a). Eu conclui o curso de graduação em 22 de Dezembro de 2016, com o trabalho de conclusão de curso sobre a Inserção dos Portadores de Necessidades Especiais no Mercado de Trabalho, sob a orientação da Jornalista, Mestra e Doutora Fabíola Paes de Almeida Tarapanoff.
Sim leitor (a). Eu tive que lutar muito para poder acompanhar minha turma na universidade e concluir o curso de graduação em Comunicação Social. Sim leitor (a). Eu estudei em uma turma de pessoas normais e sem deficiência na universidade.
A minha deficiência intelectual me cobrou um alto preço. Durante os meus estudos, eu não consegui estagiar durante a graduação na universidade. Sim leitor (a). Na época em que eu fiz Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, o estágio durante o curso não era obrigatório. Eu conclui o curso de graduação sem ter feito um estagio no mercado de trabalho.
Sim leitor (a). Eu trabalho na Loja Riachuelo do Shopping Ibirapuera, nas vagas para PCDS ( Pessoa com Deficiência). Eu sei perfeitamente as dificuldades que as pessoas com deficiência passam no Brasil.
Por isso eu digo. Não devemos escolher nossos governantes apenas pela nossa raiva no pudim. Sim leitor (a). O voto é uma questão de consciência coletiva, que envolve a vida de milhares de nativos em qualquer pais do mundo.
Os governantes devem estar comprometidos com a igualdade e a diversidade em qualquer pais do mundo. E as pessoas com deficiência devem seguir lutando. E eu sendo deficiente. Luto da melhor forma que eu posso leitor (a).
E assim caminha a humanidade.
Imagem : Site Deficiente Cliente.
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