domingo, 22 de agosto de 2021

Pessoas que fazem a diferença.

Um jovem de 23 anos com uma síndrome rara viralizou na web após relatar uma grande conquista: se formar em educação física. Gabriel Oliveira Conrado da Fonseca mora em Santos, no litoral paulista, e cursou uma universidade da cidade. Ele já tem mais de 100 mil seguidores nas redes sociais.

Segundo o jovem, ele foi diagnosticado no nascimento com síndrome de Noonan, em um grau leve, uma doença genética que pode causar alterações físicas, atraso mental e problemas cardíacos. No caso dele, a doença causou apenas algumas deformações físicas, como olhos mais espaçados e peito, orelhas e pescoço de um tamanho diferente, e um atraso mental leve.

Gabriel relembra que, quando pequeno, uma médica disse aos pais que ele não andaria ou falaria. Contudo, após anos de acompanhamento na Casa da Esperança, em Cubatão (SP), ele conseguiu desenvolver as habilidades.

Em 2017, após se formar no Ensino Médio, Gabriel decidiu entrar na faculdade. Sua primeira opção foi o curso de jornalismo, mas, após conversar com os pais, decidiu cursar educação física, já que é um grande fã de esportes. Com a decisão do filho, os pais foram à faculdade e conversaram com os coordenadores, conseguindo uma bolsa de 100%.

Conforme relata, no início, o jovem chegou a ficar nervoso, mas o preconceito não foi um problema entre os alunos. “Fiz grandes amigos lá. Me acolheram direitinho, sem nenhum preconceito. As provas eram iguais às deles, eu não era diferente de ninguém”, explica.

Entretanto, no Ensino Médio, a experiência não foi tão fácil. O agora educador físico conta que, enquanto estava na escola, algumas pessoas o discriminavam, por acharem que ele não possuía condições de fazer uma atividade ou trabalhar em grupo. Mesmo assim, ele não desistiu de realizar seu sonho de se formar em uma faculdade. “Eu nunca liguei para o preconceito, e nunca pensei em desistir”.

Após quatro anos superando os empecilhos causados pela síndrome, o estudante conseguiu se formar e obter seu diploma de educação física. O momento foi registrado pela família, que, com orgulho e emoção, parabenizou o jovem.

Contudo, apesar de ter conquistado o primeiro sonho, Fonseca continua buscando novas experiências e realizações. Ele explica que ainda pretende cursar jornalismo e continuar se qualificando, e que está orgulhoso do que conseguiu até o momento. “Sensação de dever cumprido. Fiquei feliz e realizado de ter concluído a primeira faculdade”, afirma.

Oportunidades de emprego

Logo após conquistar o diploma de educador físico, Gabriel recebeu proposta de uma Organização Não Governamental (ONG) de Guarujá. Porém, com a chegada da pandemia, a decisão teve que esperar, devido à paralisação dos serviços não essenciais.

Além disso, ele participa de um projeto de futebol, que possui parceria com uma academia, que o convidou para ser preparador físico de crianças com síndrome de Down e deficiência intelectual (DI). Agora, o próximo passo é se especializar na função de preparador.

Gabriel avalia que os 15 anos seguidos de tratamento e as dependências (DPs) na faculdade foram as maiores dificuldades que já enfrentou, mas continua se esforçando para conquistar seus sonhos. “Acredito que, em meio às dificuldades, as pessoas podem ser felizes, também”.

Sucesso nas redes

Além da paixão pelos esportes, em meio à pandemia, Fonseca encontrou um novo interesse: as redes sociais. Além do perfil no Instagram, ele criou um canal no YouTube, onde fala sobre futebol, superação e preconceito. Mas, seu maior destaque veio por meio de um perfil no aplicativo TikTok, que já conta com mais de 100 mil seguidores.

Para ajudar com os vídeos e postagens, ele tem o auxílio da irmã. Com as medidas de isolamento social, ele passou a se dedicar às gravações e à interação com os seguidores. “Eu recebo mensagens de pessoas falando que eu inspiro elas, que faço o dia delas melhor. Isso é muito legal”, conclui o jovem, emocionado e alegre. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã deste domingo (22).


Á você que está me lendo eu digo : Considera -se pessoa com deficiência, aquela que tem impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual a interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Segundo as informações do site do Ministério Público do Paraná sobre a pessoa com deficiência.

Eu também sou portador de deficiência. Sou portador de deficiência intelectual e não consigo aprender álgebra, matemática e ciências exatas. Eu trabalho na Loja Riachuelo do Shopping Ibirapuera, nas vagas para PCDS ( pessoa com deficiência).

Não é fácil ser uma pessoa com deficiência. No meu caso, como deficiente intelectual, sofro por não conseguir aprender álgebra, matemática e ciências exatas. No nível emocional, a minha deficiência intelectual, também me causa bastante sofrimento.

Durante 04 anos e meio, entre Agosto de 2012 á Dezembro de 2016, eu cursei Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM). Durante meus 04 anos e meio de graduação, lutei muito contra a minha deficiência.

Tive que consumir  muita leitura na biblioteca da universidade, para poder acompanhar minha turma durante a faculdade de Comunicação Social.

Após muita luta, eu conclui o curso de graduação em Comunicação Social, com o trabalho sobre a Inserção dos Portadores de Necessidades Especiais no Mercado de Trabalho, sob a orientação da Jornalista, Mestra e Doutora Fabíola Paes de Almeida Tarapanoff. Eu conclui a graduação em Comunicação Social em 22 de Dezembro de 2016.

Tenho uma admiração profunda pelas pessoas com alguma deficiência. Durante a elaboração do meu trabalho de conclusão de curso, no oitavo e ultimo semestre da graduação em Comunicação Social, eu conheci histórias de pessoas com alguma deficiência, que assim como eu, também conseguiram obter um diploma universitário.

Por força do meu trabalho, eu lido diretamente com o público. No dia 30 de Junho, eu tomei a primeira dose da vacina anti covid. O exercício do Jornalismo Virtual neste blog, é algo muito desafiador para alguém com uma deficiência intelectual.

Sim leitor (a). Você, que me acompanha desde o inicio deste blog em Setembro de 2018, sabe o quanto eu me policio para comentar os fatos do cotidiano nas minhas postagens.

A pratica do Jornalismo opinativo neste blog, exige extremos cuidados, pois antes de ser jornalista por formação, sou uma pessoa com deficiência e preciso me preservar em relação a ações judiciais. 

Sendo portador de deficiência, tenho um profundo respeito pelas pessoa com deficiência, que superam suas dificuldades para se integrara a sociedade da melhor forma possível. É exatamente isso que eu tento fazer na minha vida cotidiana.

E assim caminha a humanidade.

Imagens : Portal G1 da Rede Globo. 










 

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