sexta-feira, 29 de outubro de 2021

O direito sagrados dos trabalhadores.

 Sem nenhuma proposta de negociação, os rodoviários continuam greve na Grande São Luís. Nesta sexta-feira (29) completam nove dias de paralisação do sistema de transporte público na Região Metropolitana da capital.

A categoria, que iniciou o movimento grevista na última quinta-feira (21) com 100% da frota de ônibus sem circular na Grande São Luís, reivindica um reajuste salarial de 13%, uma jornada de trabalho de seis horas, tíquete de alimentação no valor de R$ 800, manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente e a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos.

De acordo com uma nota divulgada na quarta-feira (27) pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), "até o momento, não houve qualquer sinalização de um encontro" para decidir o rumo sobre a greve dos rodoviários.

A nota do Sttrema diz ainda que "sem avanços, os ônibus permanecem dentro das garagens e os rodoviários aguardando por uma decisão".

Leia a íntegra da nota

"O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão informa, que até o momento, não houve qualquer sinalização de um encontro, para o decorrer desta quarta-feira (27), no intuito de discutir soluções, que visam atender as reivindicações dos trabalhadores. A entidade ressalta, que segue a disposição dos empresários e da Prefeitura de São Luís, para que possa retomar o diálogo, para que os Rodoviários tenham os seus direitos garantidos pelos patrões e para que o transporte público volte a circular normalmente na capital. A última proposta feita pelos empresários, foi na segunda-feira (25), durante reunião com o Prefeito Eduardo Braide, em que chegaram a oferecer 2% de reajuste salarial, o que não foi aceito pelos trabalhadores, que decidiram pela manutenção do movimento grevista. Sem avanços, os ônibus permanecem dentro das garagens e os rodoviários aguardando por uma decisão. Sem sinalização de novo acordo a greve dos rodoviários segue na Grande São Luís".

Sobre a nota do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão, a Prefeitura de São Luís disse ao g1 que a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) apresentou uma proposta da criação de um auxílio emergencial (Cartão Cidadão) que vai garantir gratuidade de passagens para trabalhadores que perderam o emprego na pandemia e, com isso, fomentar o sistema de transporte público nesse momento de crise. A SMTT espera que tal medida auxilie no entendimento entre empresários e rodoviários.

O g1 também entrou em contato com o governo do Estado e aguarda um posicionamento sobre as alternativas que estão sendo discutidas para viabilizar transporte para a população que depende de linhas de bairros que fazem o tráfego na Região Metropolitana de São Luís.

Na terça-feira (26), o secretário de governo de São Luís, Enéas Fernandes, falou sobre a reunião de segunda (25) e disse que a prefeitura está fazendo a parte de mediação. "Se trata de uma relação de empresários e rodoviários. A Prefeitura participou de uma reunião pessoalmente para tentar auxiliar as categorias no sentido de que fossem feitas algumas propostas, que não foram aceitas. A Prefeitura anteciparia receitas para o sindicato, para que fossem pagos os salários e benefícios atrasados da categoria, e isso já estaria na conta amanhã" disse.

Paralisação

A categoria, que iniciou o movimento grevista na última quinta-feira (21) com 100% da frota de ônibus sem circular na Região Metropolitana da capital, reivindica um reajuste salarial de 13%, uma jornada de trabalho de seis horas, tíquete de alimentação no valor de R$ 800, manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente e a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos.

Por conta da paralisação, alguns grupos já começaram a sentir os reflexos. Como é o caso das entidades empresariais que nessa terça-feira manifestaram 'profunda preocupação' com a manutenção da greve dos rodoviários.

Por meio de uma nota, as entidades que representam o comércio dizem que a paralização do transporte público afeta a população na realização dos afazeres básicos do dia a dia, e traz prejuízos ao Poder Público com a redução da arrecadação de tributos. Há ainda a preocupação com a economia e a retomada dos empregos em um momento considerado crucial.

Leia a íntegra da nota

"As entidades empresariais – Associação Comercial do Maranhão (ACM), Associação Maranhense de Supermercados (Amasp), Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) – que representam o setor comercial, manifestam profunda preocupação com a manutenção da greve do transporte público de São Luís pelo 6º (sexto) dia consecutivo. Em um momento em que o comércio ludovicense inicia a recuperação das vendas, após amargar meses de prejuízos decorrentes da Pandemia, a paralisação dos ônibus coletivos impõe mais uma queda no faturamento das empresas e riscos à retomada dos empregos às vésperas do período natalino. A situação afeta, ainda, toda a população que necessita do transporte para ir à escola, ao médico, ao posto de vacinação contra a COVID-19 ou qualquer outra tarefa do dia a dia, além de trazer prejuízos ao Poder Público com a redução da arrecadação de tributos oriundos das transações comerciais. Considerando o atual cenário socioeconômico, é imprescindível que empresários, trabalhadores e o poder público estejam alinhados na direção da reativação das atividades econômicas, com foco na geração de empregos e no retorno da renda das famílias. Assim, as entidades empresariais – ACM, AMASP, CDL e FECOMÉRCIO – reivindicam a resolução da crise do transporte público ludovicense de modo responsável e urgente, sem onerar a população com aumentos nas tarifas das passagens. As entidades pleiteiam a adoção do bom senso de todos os envolvidos – empresas do setor de transporte, sindicato dos trabalhadores rodoviários e Prefeitura – com vistas à garantia do direito constitucional de ir e vir dos cidadãos". A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã desta sexta feira (29).


Á você que está me lendo eu digo : O capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e sua operação com fins lucrativos. O capitalismo tem como suas características, além da propriedade privada, a acumulação em alta escala de capital, o trabalho assalariado, a troca voluntária, um sistema de preços e mercados competitivos. Em uma economia de mercado, as tomadas de decisões e os investimentos são determinados pelos proprietários dos fatores de produção nos mercados financeiros e de capitais, enquanto os preços e a distribuição de bens são determinados principalmente pela concorrência no mercado.

Segundo uma reportagem da revista Isto é Dinheiro, na data de 06 de Abril de 2021, mesmo com a pandemia dizimando as economias e jogando milhões de pessoas na pobreza, a Forbes registrou número recorde de bilionários na lista que produz anualmente com o ranking dos países. Segundo o levantamento, 2.755 bilionários estão espalhados em 70 países.

Ainda de acordo com a reportagem da revista Isto é Dinheiro, a geografia e estratificação da lista mostram um pouco como a pandemia redesenhou a linha de ricos no mundo: a China dobrou o número de bilionários registrados em 2019; 40 novos bilionários operam no setor de saúde. A China foi a economia estatal que menos sentiu a crise da covid-19, apesar de ter sido o primeiro país a registrar casos, e o mundo da medicina ganhou os holofotes pelos avanços tecnológicos conquistados na busca da vacina.

Ainda de acordo com a reportagem da revista Isto é Dinheiro, no Brasil, o número de nomes na lista subiu 44%: eram 45 bilionários no começo de 2020 e agora são 65 pessoas, acumulando um patrimônio de US$ 212 bilhões de dólares. O número 1 da lista brasileira é o empresário Jorge Paulo Lemann, com fortuna avaliada em US$ 16,9 bilhões.

Ou seja. De acordo com os dados da reportagem da revista Isto é Dinheiro, o Brasil, que tinha 44 % bilionários no começo de 2020, agora são 65 % das pessoas acumulando um patrimônio de U$$ 212 bilhões de dólares. 

Caro (a) leitor (a). É um grande mito nós acharmos que greve é coisa de vagabundo. Direitos que nós temos hoje no Brasil , como aposentadoria, 13o salário, férias, limite de jornada de trabalho, descanso aos finais de semana, piso de remuneração, proibição do trabalho infantil, licença maternidade, foram conquistas que custaram o sangue e suor de muitos dos nossos antepassados, através de diálogos, debates, paralisações, reivindicações e greves, não somente no Brasil, mas em praticamente todos os países do mundo.

Somos nós trabalhadores (as), com a nossa força de trabalho, que movimentam os altos lucros e acumulação de capital dos donos dos meios de produção. Os direitos dos trabalhadores são sagrados em uma economia de mercado.

Vejamos o que diz a Constituição Federal do Brasil de 1988. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exerce-lo e sobre os interesses que devem por meio dele defender. O direito de greve será exercido na forma estabelecida desta lei.

Para os fins desta lei, considera-se legitimo, o exercício do direito de greve, a suspensão coletiva, temporária e pacifica, total ou parcial, da prestação pessoal de serviços ao empregador.

Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.

A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão devidamente notificados, com antecedência mínima de 48 horas da paralisação. 

Caberá a entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembleia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços. Segundo as informações do meu livro sobre a Constituição Federal do Brasil, do autor Guilherme Pena de Moraes.

Ou seja leitor (a). A Constituição Federal do Brasil garante o direito de greve e reivindicação dos trabalhadores. Greve não é coisa de vagabundo . A greve muitas vezes é única forma de sobrevivência dos trabalhadores em uma economia de mercado.

E assim caminha a humanidade.

Imagens : Portal G1 da Rede Globo.





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