A reserva de vagas para pessoas com deficiência, mais conhecida como cotas, tem o objetivo de melhorar a representatividade de estudantes PcD nas universidades. Ainda que 6,2% da população brasileira tenha algum tipo de deficiência, considerando as deficiências auditiva, visual, física e intelectual, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de PcD nas universidades não chega a 1%.
Uma das primeiras leis federais específicas às pessoas com deficiência foi a lei nº 7.853, de 1989, que assegura o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiências e sua efetiva integração social e inserção nas escolas especiais.
Mas, a legislação de 1989 só foi regulamentada em 1999 pelo decreto nº 3.298, que também dispõe a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, um conjunto de orientações normativas para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência.
Em 2001, uma resolução do Conselho Nacional de Educação instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, garantindo que sistemas de ensino deveriam matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos estudantes com necessidades educacionais especiais.
Outras legislações incluíram a educação especial na formação dos professores e a acessibilidade como requisito para o Ministério da Educação (MEC) autorizar e reconhecer cursos e credenciar Instituições de Ensino Superior, em concordância com a Lei de Acessibilidade de 2000.
A Lei de Cotas nas instituições federais foi instituída em 2012, mas só para estudantes pretos, pardos e indígenas. A inclusão de reserva de vagas para pessoas com deficiência ocorreu apenas em 2016. As informações são do site Quero Bolsa.
Caro (a) leitor (a). Considera-se pessoa com deficiência aquela pessoa que tem um impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
O ensino superior é o nível mais elevado no sistema de ensino. O ensino superior é alto nível de ensino que é realizado nas universidades, faculdades, institutos politécnicos, escolas superiores ou outras instituições que conferem graus acadêmicos ou diplomas profissionais.
O transtorno da deficiência intelectual é caracterizada pelo comprometimento das habilidade mentais gerais. O transtorno da deficiência intelectual afeta as habilidades cotidianas, que consequentemente, afetam habilidades conceituais, sociais e práticas.
Sim leitor (a). Eu sou portador de deficiência intelectual. Eu trabalho na Loja Riachuelo do Shopping Ibirapuera, nas vagas para PCDS (pessoa com deficiência). Durante 04 anos e meio, entre Agosto de 2012 á Dezembro de 2016, cursei a habilitação em Jornalismo, no curso de Comunicação Social, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM).
Eu conclui a habilitação em Jornalismo, no curso de Comunicação Social, em 22 de Dezembro de 2016, com o trabalho sobre a Inserção dos Portadores de Necessidades Especiais no Mercado de Trabalho.
A conclusão do curso superior, foi fundamental para a minha inclusão na sociedade. Uma sociedade democrática, é construída pela igualdade e respeito a diversidade.
Eu tive que lutar muito contra as minhas dificuldades para concluir a habilitação em Jornalismo. Na minha luta diária na Universidade, eu senti na pela o quanto nós pessoas com deficiência, temos que lutar muito para alcançarmos as nossas metas no cotidiano.
Por isso, é fundamental que nossos governantes (independentemente do espectro político), estejam comprometidos com a igualdade e o respeito a diversidade na sociedade contemporânea.
Eu tive que ralar muito na Universidade para conseguir concluir minha habilitação em Jornalismo. Na minha luta para concluir a graduação, eu senti na pele as dificuldades das pessoa com alguma deficiência.
Minha maior realização foi no dia em que conclui minha habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, em 22 de Dezembro de 2016. No entanto, me causa tristeza, saber que muitas pessoas com deficiência, simplesmente estão jogadas a exclusão social.
Uma sociedade realmente democrática, se constrói pelo respeito a diversidade humana. Nós, pessoas com deficiência, temos que lutar arduamente para alcançarmos as nossas metas. E digo por experiência própria. Pois eu lutei muito para concluir a minha habilitação em Jornalismo na Comunicação Social.
Por isso, é absolutamente fundamental, que nós nos pautemos por governantes comprometidos com o respeito a diversidade na sociedade. Uma democracia, apenas é construída pelo respeito as diferenças.
Independentemente do espectro político. Nossos governantes devem estar comprometidos com o respeito a diversidade no Brasil.
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