terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O pragmatismo do ex presidente Lula.

 Diante do impasse nas negociações para que PT e PSB estejam juntos no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, dirigentes dos dois partidos já admitem que uma eventual chapa do petista com Geraldo Alckmin de vice pode levar a uma situação inusitada em São Paulo. Como o PT insiste em lançar Fernando Haddad ao governo paulista e o PSB não abre mão da candidatura de Márcio França, a solução, caso não haja acordo nacional entre os dois partidos, seria Lula fazer campanha com Haddad e Alckmin subir no palanque de França.

Por esse raciocínio, que agrada a pessebistas e petistas ouvidos pela reportagem, todos sairiam ganhando. Há no PT, porém, quem defenda que Alckmin se filie a outro partido para ser vice de Lula, sendo o PV e o Solidariedade opções – ambos já sinalizaram interesse na filiação do ex-tucano.

Segundo relato de participantes, na última reunião entre Lula e o PSB, na semana passada, um acordo chegou a ser colocado na mesa: em maio de 2022 os partidos fariam uma pesquisa qualitativa em São Paulo para saber quem estaria melhor colocado, Haddad ou França. E o pior colocado abriria mão da candidatura.

Há, porém, desconfiança dos dois lados em relação a esse cenário. Procurado, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a candidatura de França “está colocada”. “Se for prejudicial para a esquerda, então tira a do Haddad”, disse. Depois da reunião com o PSB, Lula participou de um evento com catadores, como faz tradicionalmente desde o início de seu primeiro mandato, em 2003. Durante seu discurso, falou que Haddad vai ganhar a eleição ao governo de São Paulo, o que foi interpretado como um sinal de que a candidatura é inegociável.

Outros

O presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) e o governador João Doria (PSDB) já têm candidaturas consolidadas em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País com 33 milhões de eleitores. Bolsonaro lançou seu ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e a expectativa entre bolsonaristas é que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, seja candidato ao Senado. Já Moro se aliou ao deputado Artur do Val (Patriotas), integrante do MBL, grupo que o apoia. Foi a primeira articulação regional do ex-ministro. Em 2020, Do Val disputou a prefeitura da capital e teve 10% dos votos. Já Doria aposta na ampla coligação de seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), para tentar ampliar seu leque de aliança.

Federação

As conversas entre PT, PSB e PCdoB para formação de uma federação partidária em 2022 enfrentam novos obstáculos: as eleições municipais de 2024 e a composição da direção. Os dirigentes não conseguiram chegar a um acordo sobre como seria a representação de cada legenda no comando da agremiação nem como seriam escolhidos os candidatos a prefeito.

Há o temor de que o PT imponha uma maioria que relegue às demais agremiações o papel de “satélites”. O PSOL já se afastou das negociações com o PT e prioriza formar federação com a Rede. Procurada, a assessoria do PT afirmou que estes assuntos só entrarão em debate em janeiro. A informação é do Jornal Estado de São Paulo.


Á você que está me lendo eu digo : A Política é a geopolítica adotada pelos países visando administrar seus respectivos territórios. A Política é a ciência, enquanto direito, adotada pelos países para assuntos externos ( política externa) e assuntos internos (política interna). Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis participam da política na criação , elaboração e no desenvolvimento das leis. Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis, são participantes ativos na política, seja através do voto, do pensamento crítico e de sua militância política, por meio do sufrágio universal.
A Social Democracia é uma ideologia institucional, que apoia reformas econômicas no estado vigente, visando promover uma justiça social dentro de um sistema de mercado. A Social Democracia é uma política de centro e centro esquerda no espectro político, que envolve um estado de bem estar coletivo, incluindo sindicatos e regulamentação econômica, promovendo uma política de bem estar coletivo e uma democracia representativa. A Social Democracia é uma corrente originalmente  de centro esquerda, que não atenta contra as instituições democráticas. A Social Democracia Institucional é o espectro politico base dos partidos de centro esquerda e  esquerda no Brasil, PT, PDT, PC do B e PSOL. Os Sociais Democratas, na sua essência, são totalmente contrários aos radicalismos políticos, que ameacem a ordem democrática institucional com ideologias autoritárias contra o estado de direito.
A ciência politica aponta, que dentre os conceitos de direita e esquerda, existe o centro, a visão centrista. O centrismo se baseia dentre os conceitos de direita e esquerda no espectro politico. Os adeptos do centrismo, não são capitalistas extremados e nem totalmente socialistas. Os centristas são conhecidos por defenderem a economia de mercado, mas sem esquecer do lado social. Os centristas são conhecidos por serem pessoas conciliadoras e tolerantes no espectro político. Os centristas, na sua essência, também têm características sociais democratas na sua forma de governo.
A centro direita, também conhecida como direita moderada, descreve visões políticas apoiadas nos conceitos da hierarquia social da direita, mas em tese, mais próxima ao centro no espectro político, no espectro político mais moderado do que em variantes radicais da extrema direita. O liberalismo econômico ou liberalismo econômico é uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, rejeitando intervencionismo estatal, o que significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas pelas empresas e indivíduos e não pelo Estado ou por organizações coletivas. O liberalismo econômico é a característica de uma direita moderada, a chamada centro direita. Segundo a literatura do meu livro Opinião Pública, do autor Walter Lippmann.
O liberalismo social é um desenvolvimento do liberalismo tradicional no inicio do século XX. O liberalismo social, tal como o liberalismo tradicional, enxerga a liberdade individual como um objetivo central.
O liberalismo social enxerga a falta de oportunidades de emprego, falta de oportunidades na saúde, a  falta de oportunidade na educação, como extremamente prejudiciais para a liberdade individual das pessoas. O liberalismo social enxerga o acesso das pessoas a educação, a saúde e o emprego, como fundamentais para a liberdade econômica de um país ou estado.
O liberalismo social, como o liberalismo econômico e social, é adotado por governantes de centro, centro direita e centro esquerda. O liberalismo social enxerga o acesso ao emprego e os serviços fundamentais do Estados, como algo fundamental para a liberdade econômica e das liberdades civis.
O liberalismo social enxerga o Estado como um moderador da liberdade econômica dentro do liberalismo econômico tradicional. O liberalismo social, dentro do liberalismo econômico, enxerga que o acesso dos cidadão nativos aos bens produzidos pelo Estado, é fundamental para a garantia da liberdade econômica tradicional, dentro do conceito clássico do liberalismo.
Contudo, no liberalismo social, o Estado não tem a obrigatoriedade de ser o total fornecedor do serviço público. O liberalismo social, prega que o Estado deve apenas garantir o acesso dos cidadãos aos serviços públicos essenciais, e isso independentemente da sua capacidade econômica.
O PT está no campo mais liberal dentro da Social Democracia. Os governos do ex presidentes Lula e Dilma Rouseff, foram governos sociais liberais, dentro do campo mais liberal de uma Social Democracia.
Entretanto, o ex presidente Lula é um político bastante perspicaz. O ex presidente Lula sabe perfeitamente do antipetismo que ainda existe na classe média tradicional no Brasil.
Sabendo do antipetismo na classe média, o ex presidente tem acenado para fora da sua base eleitoral, que se encontra nos campos mais liberais da Social Democracia.
O ex presidente Lula sabe que precisará driblar o antipetismo na classe média tradicional. E daí a sua tentativa de aliança com o ex governador Geraldo Alckmin.
Para driblar o antipetismo da classe média tradicional, o ex presidente Lula, de maneira pragmática, tem acenado para fora da sua base eleitoral, que se encontra no campo liberal da Social Democracia.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Jornal Estado de São Paulo. 





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