Na sede da Força Sindical, o Solidariedade selou o apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, com lideranças do PSD e um aceno da campanha do petista ao centro. Organizado por Paulinho da Força, o evento atraiu o senador Omar Aziz (PSD) e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PSD).
Paulinho convidou também os senadores Renan Calheiros (MDB) e David Alcolumbre (União Brasil), mas os dois não compareceram. Também presente no evento, o ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB), parceiro de chapa de Lula, enalteceu a carreira de Paulinho como líder sindical e disse que o encontro era “o prenúncio da vitória”.
“Paulinho, o Solidariedade nasceu da luta social para melhorar a vida do nosso povo. Aliás, o mundo do trabalho deu ao Brasil o seu maior líder popular: Luiz Inácio Lula da Silva, Lula”, disse Alckmin, repetindo uma frase que adotou em um evento recente com sindicalistas.
Ramos e Aziz fizeram discursos enfáticos a favor da candidatura de Lula e atacaram o presidente Jair Bolsonaro. Lula retribuiu elogios, e cumprimentou Aziz pelo trabalho na CPI da Covid. “(O encontro) é para tentar aglutinar o maior número de forças democráticas, seja esquerda, centro, e até direita, que acreditam na democracia e acha que através do voto democrático tem direito de escolher quem você quiser”, afirmou o senador, que tentará a reeleição.
“Primeiro eu estou aqui porque aqui é o lado da democracia. Segundo, estou aqui porque tem um lado que olha com os olhos e o coração de 19 milhões de brasileiros que passam fome”, disse Marcelo Ramos.
Paulinho da Força, por sua vez, sugeriu que a aliança em torno da candidatura do petista pode ser ainda maior do que a atual, com atração de lideranças de outros partidos nos Estados.
“Precisamos juntar forças. Por isso, Lula, nossa confiança que você vai reconstruir o Brasil, não só com os partidos. Se os partidos não quiserem, é possível a gente buscar lideranças em cada um dos Estados além dos partidos. Você tem que ser a representação do povo brasileiro que quer tirar o Bolsonaro. Acho que alguns que estão do seu lado acham que a eleição está ganha. A eleição não está ganha. Você vai ter uma guerra, não da direita do Brasil, da direita do mundo”, disse o líder do Solidariedade.
Puxão de orelha
Pouco antes de seu discurso, Lula recebeu puxões de orelha de Paulinho, que disse que alguns no entorno do petista parecem achar que a eleição já está ganha. O presidente do Solidariedade também questionou a estratégia da campanha do petista e sugeriu que o ex-presidente evite desgastes, como a defesa da revogação da reforma trabalhista.
“Acho que temos perdido tempo com algumas coisas. Uma vaia dali, uma internacional (hino socialista) dali, reforma trabalhista. Esquece essa história de reforma trabalhista, ganha a eleição e eu resolvo com Marcelo Ramos na Câmara em dois meses. Você ganha a eleição e até abril do ano que vem nós resolvemos a situação dos trabalhadores do Brasil”, disse Paulinho.
O ex-presidente respondeu. “Eu não penso que já ganhei as eleições, porque se tem alguém nesse país que tem experiência de eleição presidencial sou eu. Mas eu posso dizer uma coisa: se prepare porque nós vamos tomar posse na Presidência da República no dia 1º de janeiro de 2022. E vamos ganhar para provar em alto e bom som: este país tem uma dívida muito grande, que não é dívida externa, que não é dívida para empresário, este país tem uma dívida que temos que assumir o compromisso de pagar, com o trabalhador”, disse.
Lula refutou a pecha de radical e disse que quer apenas cumprir as previsões constitucionais sobre política social. Elogiou José Sarney e falou de seu trabalho na Constituinte. “Nós queremos cumprir a Constituição”, disse Lula, que afirmou ainda que se cada um carregasse um exemplar da constituição “seria um revolucionário”. “Era só cumprir aquilo que já está determinado”, afirmou. A informação é do Jornal Estado de São Paulo.
Á você que está me lendo eu digo : A Política é a geopolítica adotada pelos países visando administrar seus respectivos territórios. A Política é a ciência, enquanto direito, adotada pelos países para assuntos externos ( política externa) e assuntos internos (política interna). Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis participam da política na criação , elaboração e no desenvolvimento das leis. Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis, são participantes ativos na política, seja através do voto, do pensamento crítico e de sua militância política, por meio do sufrágio universal.
A Social Democracia é uma ideologia institucional, que apoia reformas econômicas no estado vigente, visando promover uma justiça social dentro de um sistema de mercado. A Social Democracia é uma política de centro e centro esquerda no espectro político, que envolve um estado de bem estar coletivo, incluindo sindicatos e regulamentação econômica, promovendo uma política de bem estar coletivo e uma democracia representativa. A Social Democracia é uma corrente originalmente de centro esquerda, que não atenta contra as instituições democráticas. A Social Democracia Institucional é o espectro politico base dos partidos de centro esquerda e esquerda no Brasil, PT, PDT, PC do B e PSOL. Os Sociais Democratas, na sua essência, são totalmente contrários aos radicalismos políticos, que ameacem a ordem democrática institucional com ideologias autoritárias contra o estado de direito.
A ciência politica aponta, que dentre os conceitos de direita e esquerda, existe o centro, a visão centrista. O centrismo se baseia dentre os conceitos de direita e esquerda no espectro politico. Os adeptos do centrismo, não são capitalistas extremados e nem totalmente socialistas. Os centristas são conhecidos por defenderem a economia de mercado, mas sem esquecer do lado social. Os centristas são conhecidos por serem pessoas conciliadoras e tolerantes no espectro político. Os centristas, na sua essência, também têm características sociais democratas na sua forma de governo.
A centro direita, também conhecida como direita moderada, descreve visões políticas apoiadas nos conceitos da hierarquia social da direita, mas em tese, mais próxima ao centro no espectro político, no espectro político mais moderado do que em variantes radicais da extrema direita. O liberalismo econômico ou liberalismo econômico é uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, rejeitando intervencionismo estatal, o que significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas pelas empresas e indivíduos e não pelo Estado ou por organizações coletivas. O liberalismo econômico é a característica de uma direita moderada, a chamada centro direita. Segundo a literatura do meu livro Opinião Pública, do autor Walter Lippmann.
O liberalismo social é um desenvolvimento do liberalismo tradicional no inicio do século XX. O liberalismo social, tal como o liberalismo tradicional, enxerga a liberdade individual como um objetivo central.
O liberalismo social enxerga a falta de oportunidades de emprego, falta de oportunidades na saúde, a falta de oportunidade na educação, como extremamente prejudiciais para a liberdade individual das pessoas. O liberalismo social enxerga o acesso das pessoas a educação, a saúde e o emprego, como fundamentais para a liberdade econômica de um país ou estado.
O liberalismo social, como o liberalismo econômico e social, é adotado por governantes de centro, centro direita e centro esquerda. O liberalismo social enxerga o acesso ao emprego e os serviços fundamentais do Estados, como algo fundamental para a liberdade econômica e das liberdades civis.
O liberalismo social enxerga o Estado como um moderador da liberdade econômica dentro do liberalismo econômico tradicional. O liberalismo social, dentro do liberalismo econômico, enxerga que o acesso dos cidadão nativos aos bens produzidos pelo Estado, é fundamental para a garantia da liberdade econômica tradicional, dentro do conceito clássico do liberalismo.
Contudo, no liberalismo social, o Estado não tem a obrigatoriedade de ser o total fornecedor do serviço público. O liberalismo social, prega que o Estado deve apenas garantir o acesso dos cidadãos aos serviços públicos essenciais, e isso independentemente da sua capacidade econômica.
O PT está no campo mais liberal dentro da Social Democracia. Os governos do ex presidentes Lula e Dilma Rouseff, foram governos sociais liberais, dentro do campo mais liberal de uma Social Democracia.
Entretanto, o ex presidente Lula é um político bastante perspicaz. O ex presidente Lula sabe perfeitamente do antipetismo que ainda existe na classe média tradicional no Brasil.
Sabendo do antipetismo na classe média, o ex presidente tem acenado para fora da sua base eleitoral, que se encontra nos campos mais liberais da Social Democracia.
O ex presidente Lula sabe que precisará driblar o antipetismo na classe média tradicional. E daí a sua tentativa de aliança com o ex governador Geraldo Alckmin.
Para driblar o antipetismo da classe média tradicional, o ex presidente Lula, de maneira pragmática, tem acenado para fora da sua base eleitoral, que se encontra na centro esquerda da Social Democracia.
Para vencer Jair Bolsonaro, o ex presidente Lula tem a seguinte leitura. Sendo um politico extremamente perspicaz, o ex presidente Lula sabe que a aliança com o centro, não aumentará seu capital político.
Mas, entretanto, sendo um político perspicaz, o ex presidente Lula sabe que uma aliança com o centro , lhe auxiliará a neutralizar o antipetismo na classe média mais alta.
E neutralizar o antipetismo na classe média alta, é absolutamente fundamental em uma eleição presidencial. E o ex presidente Lula, sabe perfeitamente disso, Lula sabe disso melhor do que ninguém.
Jair Bolsonaro tem uma base de apoio consolidada nas classes mais altas. O ex presidente Lula, sabe melhor que qualquer um de nós, que o antipetismo está justamente nas classes mais altas, justamente a base de apoio de Jair Bolsonaro.
O ex presidente Lula sabe, que para vencer Jair Bolsonaro, precisa conter o antipetismo nas classes mais altas. E daí a estratégia do ex presidente Lula em acenar ao centro.
E assim caminha a humanidade
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