SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de São Paulo investiga um caso de racismo que teria ocorrido em um vagão da Linha 1-Azul do Metrô no início da noite desta segunda-feira (2). O episódio provocou protestos e princípio de tumulto na estação Ana Rosa, na Vila Mariana, zona sul da capital.
Segundo as informações registradas em boletim de ocorrência, a vítima, Welica Ribeiro, estava com a família, que é do Rio de Janeiro, quando uma mulher branca e loira pediu para ela afastar a cabeça porque o cabelo poderia "passar alguma doença".
O irmão de Welica questionou a mulher e gravou parte da discussão. Outros passageiros ficaram indignados e protestaram na estação Ana Rosa gritando "racista, racista". A mulher branca saiu do local escoltada por seguranças e todos foram para o 27º DP (Distrito Policial), no Campo Belo, também zona sul, prestar depoimento.
Em nota, o Metrô informou que duas passageiras se desentenderam e uma delas foi acusada de injúria racial. "Os agentes de segurança do Metrô atuaram na proteção das partes. A PM foi acionada e as encaminharam para a delegacia".
Imagens gravadas por passageiros mostram que os seguranças precisaram conter algumas pessoas para que a suspeita de ter praticado racismo não fosse agredida enquanto era retirada da estação. Com celulares nas mãos e aos gritos, dezenas de pessoas acompanharam a mulher até a saída. Ela cobriu o rosto no trajeto.
No dia 26 de abril, um torcedor do Boca Juniors (ARG) foi detido na Neo Química Arena, em Itaquera, após ser flagrado fazendo um gesto racista contra a torcida do Corinthians, durante partida pela fase de grupos da Copa Libertadores.
O comerciante argentino Leonardo Ponzo, 42, não pagou a fiança de R$ 3 mil imposta a ele. O valor foi quitado pelo consulado argentino em São Paulo.
Ponzo foi filmado por torcedores do Corinthians fazendo gestos de macaco em direção aos brasileiros e depois identificado pelas câmeras de segurança do estádio.
Ao retirarem Ponzo da arquibancada, os policiais foram aplaudidos pelo público na Neo Química Arena. A informação é do Jornal Folha de São Paulo.
Á você que está me lendo eu digo : O movimento negro no Brasil corresponde a uma série de movimentos realizados por pessoas que lutam contra o racismo e por direitos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu primeiro artigo, diz que "todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
Movimentos sociais expressivos envolvendo grupos negros perpassam toda a história do Brasil. Contudo, até a abolição da escravatura em 1888, estes movimentos eram quase sempre clandestinos e de caráter específico, posto que seu principal objetivo era a libertação dos negros cativos. Visto que os escravos eram tratados como propriedade privada, fugas e insurreições, além de causarem prejuízos econômicos, ameaçavam a ordem vigente e tornavam-se objeto de violência e repressão não somente por parte da classe senhorial, mas também do próprio Estado e seus agentes.
Depois da abolição da escravatura o movimento negro continuou em suas ações reivindicatórias, sempre enfrentando resistências, repúdio e incompreensão de vários setores da sociedade, ocorrendo fases de avanço e outras de recuo. , de acordo com uma das aulas de conceito histórico para horas de atividades complementares, que eu tive durante o curso de Comunicação Social na FIAAM FAAM, com a professora, doutora e socióloga Lilian Torres.
O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata, imposto pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa publicada em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos
Com a chegada dos escravos africanos, a sociedade brasileira dividiu-se em duas porções desiguais, semelhante a um sistema de castas, formada por uma parte branca e livre e outra parte negra e escrava. Mesmo os negros livres não eram considerados cidadãos. O racismo no Brasil colonial não era apenas sistêmico, vez que também tinha base legal. Para ocupar serviços públicos da Coroa, da municipalidade, do judiciário, nas igrejas e nas ordens religiosas era necessário comprovar a "pureza de sangue", ou seja, apenas se admitiam brancos, banindo negros e mulatos, "dentro dos quatro graus em que o mulatismo é impedimento". Era exigida a comprovação da "brancura" dos candidatos a cargos.
Basicamente leitor (a),existem dois tipos de discriminação racial, o preconceito de marca e o preconceito de origem.
O Preconceito de marca é aquele que se relaciona ao fato de outros indivíduos não aceitarem aquela pessoa, tendo relação com o aspecto da cor da pele, se parece muito com as agressões á pessoas obesas, observadas como “diferentes”.
O preconceito de origem se aplica um grupo que descende de negros, como por exemplo, os negros e seus descendentes sofrem com o preconceito e os nordestinos e seus descendentes sofrem com a xenofobia. Ou seja, o preconceito de origem se aplica basicamente como xenofobia.
No Brasil o preconceito de marca é praticado há séculos, e esse tipo de preconceito racial ficou mais forte no nosso país, pelo conceito de “hierarquia social” que se estabeleceu após o fim da escravidão.
No conceito de “hierarquia social", existe o conceito de “branqueamento", sendo assim, o negro primeiro é discriminando por não ter o diploma superior. Entretanto, quando consegue, acaba sofrendo pelo conceito típico da “hierarquia sócial”,simplesmente pelo fato de ser negro.
A origem do preconceito de marca no Brasil se deu com o inicio da escravidão, quando os primeiros navios negreiros começaram a trazer negros da África para serem comercializados no Brasil. Durante o período da escravidão, os negros eram tratados como “diferentes", devido a cor da sua pele, podemos dizer que na época da escravidão, com os primeiros navios negreiros, começava a ser implantados o conceito da “hierarquia social” no Brasil.
O conceito da “hierarquia social” ficou ainda mais forte com os negros escravos trancados em senzalas, sendo impedidos de comer a mesma comida dos seus senhores. Mesmo o final do período da escravidão no Brasil com a lei áurea, não libertou os negros da “hierarquia social", o conceito mais perverso da escravidão.
O final do período da escravidão no Brasil acabou coincidindo com os primeiros passos da revolução industrial, os negros libertos já sofriam os primeiros conceitos da “hierarquia social”, pois no tempo em que eram escravos, não tiveram qualquer acesso á educação, e depois de libertos, não estavam preparados para a era da grande industrialização, então podemos dizer que a herança dos negros nos dias atuais começou naquele tempo.
A herança que a população negra no Brasil carrega é extremamente cruel, primeiro o negro é discriminando por não ter o diploma superior como os brancos. Mas, no entanto, quando finalmente obtém o diploma universitário, os negros sofrem com a discriminação, simplesmente por serem negros, esse é o preconceito de marca, praticado há séculos e que persiste até hoje no Brasil. de acordo com uma das aulas de conceito histórico para horas de atividades complementares, que eu tive durante o curso de Comunicação Social na FIAAM FAAM, com a professora. doutora e socióloga Lilian Torres.
E assim caminha a humanidade.
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