domingo, 14 de agosto de 2022

A necessária separação entre Igreja e Estado.

 A fé ultrapassou a pregação do altar para pautar discurso político na campanha eleitoral pelo Planalto – palácio “consagrado a demônios” antes da posse de Jair Bolsonaro (PL), segundo a primeira-dama Michelle. Manifestações da mulher do presidente e de aliados puseram em alerta analistas e políticos para os riscos da intolerância religiosa, enquanto o núcleo de campanha de reeleição de Bolsonaro tenta minimizar o impacto dos episódios.

Em um culto no domingo passado, Michelle afirmou que o Planalto “hoje, é consagrado ao senhor Jesus”. Dois dias depois, em uma rede social, compartilhou um vídeo que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no ano passado, em um ritual do candomblé, o que foi associado às “trevas”. “Isso pode, né? Eu falar de Deus, não”, escreveu.

Pela Constituição, Michelle pode falar de Deus, assim como os adeptos de quaisquer crenças têm o direito de professá-las. A própria primeira-dama já sofreu preconceito, quando, após aprovação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal, no ano passado, orou em línguas – uma expressão da fé pentecostal – e foi alvo de comentários pejorativos.

As declarações recentes, no entanto, indicam o uso de um equipamento da administração pública – no caso, o Planalto – com objetivos privados e eleitorais, o que, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, fere o Estado laico. Para o cientista político Vinicius do Valle, diretor do Observatório Evangélico, Michelle pôs a relação entre política e religião em um patamar inédito no Brasil.

“Em matéria de religião, ritualística é tudo”, afirmou Valle. “Ela (Michelle) faz um discurso com uma prosódia, um vocabulário, toda a performance de um pentecostal conduzindo o culto”, disse. Neste sábado, 13, a primeira-dama foi destaque em evento religioso no Rio. “O Estado é laico, mas eu sou cristã. Nós vamos, sim, trazer a presença do Senhor Jesus para o governo”, declarou Michelle ao participar da Marcha para Jesus ao lado de Bolsonaro.

Já o vídeo compartilhado por Michelle, segundo Valle, é uma tentativa de estimular eleitoralmente uma batalha espiritual. Nessa cruzada, ela não esteve só. Aliado do presidente, o deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP), que também replicou a gravação, escreveu que votar em Lula é fazer pacto com o maligno. Procurados, parlamentar e primeira-dama não responderam à reportagem.

Oscilante entre criticar Bolsonaro e buscar o apoio do presidente na corrida pelo Senado – uma iniciativa já frustrada –, a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB-SP) afirmou discordar dos posicionamentos de Michelle. “Tenho preocupação com o tom que a nossa primeira-dama está dando (à religião na campanha)”, disse ela, que é professora licenciada da USP, lecionou a disciplina Direito Penal e Religião e, mesmo em meio a embates com o presidente, disse poder votar em Bolsonaro neste ano.

Aliados, por sua vez, chancelaram o desempenho da primeira-dama, nos púlpitos e nas redes. O senador Guaracy Silveira (Avante-TO), líder da Igreja do Evangelho Quadrangular, afirmou que a liberdade a qualquer culto é garantida constitucionalmente, mas, sobre a declaração de Michelle em relação ao Planalto, disse que “todo obscurantismo não pode ser levado ao palácio”. “O palácio tem de ser abençoado por Deus, para que os líderes abençoados por Deus possam abençoar a Nação brasileira.”

Entidades religiosas querem retratação. O Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras (Idafro), em relação ao vídeo compartilhado, avalia cobrar responsabilização do caso, cuja competência de investigação é do Ministério Público. “Do ponto de vista jurídico, é inaceitável”, disse Hédio Silva Júnior, doutor em Direito e coordenador executivo do Idafro.

Para integrantes do QG de campanha de Bolsonaro, Michelle teria apenas manifestado sua fé. Segundo eles, pesquisas qualitativas mostraram a primeira-dama popular entre as mulheres – segmento no qual o presidente enfrenta dificuldades. Ela atua ainda entre o público evangélico, no qual Bolsonaro tem avançado. De acordo com aliados do presidente, a intenção não é travar batalhas religiosas.

Conselheiro de Lula na comunicação com religiosos, o pastor Paulo Marcelo Schallenberger afirmou temer violência. “A preocupação é virar uma nova intolerância, que vai além da política, e que tragédias como a de Foz do Iguaçu entrem no campo da religião”, disse, ao se referir ao homicídio do petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista José Guaranho.

O pastor discute com a campanha petista uma reação “urgente” ao avanço de Bolsonaro. Entre as propostas estão a realização de um culto pentecostal em São Paulo e uma live na qual Lula exporia ações em favor da liberdade religiosa.

As mulheres, hoje, são a maioria no eleitorado, e os evangélicos, cerca de 30% da população. Em Minas Gerais, o presidente reverteu, em um mês, empate técnico com Lula entre evangélicos e, segundo pesquisa Genial/Quaest, está 18 pontos porcentuais à frente.

A cientista política Silvana Krause, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), disse que a questão religiosa é decisiva. “Os neopentecostais têm sido muito mobilizados. Isso fica claro com Michelle Bolsonaro resgatando o bem e o mal, a terra prometida.” A informação é do Jornal Estado de São Paulo.










Á você que está me lendo eu digo : A Política é a geopolítica adotada pelos países visando administrar seus respectivos territórios. A Política é a ciência, enquanto direito, adotada pelos países para assuntos externos ( política externa) e assuntos internos (política interna). Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis participam da política na criação , elaboração e no desenvolvimento das leis. Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis, são participantes ativos na política, seja através do voto, do pensamento crítico e de sua militância política, por meio do sufrágio universal.
O Estado é uma instancia com poder soberano para comandar uma nação dentro de uma area territorial delimitada. O Estado é constituído de poder, povo, território, governo e leis.
O Estado se define pelo monopólio do uso da força dentro de determinados limites territoriais. O Estado e somente o Estado tem o poder de fiscalizar, cobrar, taxar e punir seus (suas) cidadãos (ãs).
Além de ser um prestador de serviços, o Estado é uma entidade política que exerce o poder soberano dentro  determinando território. O poder soberano do Estado é aceito com legitimidade pelas pessoas em um regime democrático e as pessoas se submetem ao Estado, dentro das instituições democráticas no império das leis.
Na era moderna, o Estado é constituído por instituições democráticas permanentes que organizam o funcionamento da sociedade. Os poderes executivo, legislativo e judiciário dividem entre si estas funções.
O poder executivo cumpre o papel de gerir os serviços públicos nas áreas da saúde, educação e executar as leis vigentes no país. O poder legislativo tem o poder de formular as leis e alterar algumas clausulas da Constituição, com exceção as clausulas constitucionais que não podem ser revogadas.
O poder judiciário cumpre o papel de supervisionar e julgar a aplicação das leis. A igreja é um templo religioso com a pregação dos ensinamentos da teologia cristã. A Igreja é um conjunto de fieis que se unem pela mesma crença teológica e que celebram a mesma religião.
A Igreja é um local aonde os fieis representam a mesma comunidade seguindo a mesma doutrina religiosa dentro de um conceito teológico.
A Constituição Brasileira circunscreve que o Brasil é um estado laico. A Constituição Federal no Brasil, afirma que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liberdades. Segundo as informações do meu livro sobre a Constituição Federal, do autor Guilherme Pena de Moraes.
Em uma democracia, é saudável que haja uma separação entre Igreja e Estado. Historicamente, a mistura entre Igreja e Estado jamais foi saudável em nenhum pais no mundo.
Independentemente da sua corrente política, um governante deve respeitar o estado laico, que é uma prerrogativa da Constituição Federal do Brasil.
A mistura entre Igreja e Estado, abre espaço para governantes populistas, que fazem discursos demagógicos pregando doutrinas teológicas. ( E isso independentemente da corrente política ok ?).
Em uma democracia, Igreja e Estado não podem ser misturados. A Constituição Federal de 1988, promulga o Estado Laico no Brasil.
A Constituição Brasileira circunscreve que o Brasil é um estado laico. A Constituição Federal no Brasil, afirma que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liberdades.
O estado laico, é o símbolo da democracia em qualquer país. Uma democracia madura, sabe perfeitamente respeitar a diversidade em uma sociedade constituída. Contudo, o Brasil ainda insiste em ser um país não civilizado na pluralidade.
A Constituição Brasileira circunscreve que o Brasil é um estado laico. A Constituição Federal no Brasil, afirma que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liberdades. Segundo as informações do meu livro sobre a Constituição Federal, do autor Guilherme Pena de Moraes.
Em uma democracia, é saudável que haja uma separação entre Igreja e Estado. Historicamente, a mistura entre Igreja e Estado jamais foi saudável em nenhum pais no mundo.
Independentemente da sua corrente política, um governante deve respeitar o estado laico, que é uma prerrogativa da Constituição Federal do Brasil.
Em um país verdadeiramente democrático. O Estado deve ser Laico.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Jornal Estado de São Paulo. 








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