O racismo estrutural é o racismo que está presente na própria estrutura social. Segundo essa concepção, o racismo não seria uma anormalidade ou "patologia", mas o resultado do funcionamento "normal" da sociedade. Deste modo, nas palavras de Silvio Almeida, a sociedade seria uma "máquina produtora de desigualdade racial".
O termo foi desenvolvido em parte para ajudar as pessoas que trabalham em prol da equidade racial a enfatizar a ideia de que o racismo na sociedade é um sistema, com uma estrutura clara e com múltiplos componentes. O conceito de racismo estrutural é também usado para a defesa de ações afirmativas, como a implementação de cotas raciais em universidades, pois, se a própria estrutura da sociedade é racista, a desigualdade racial tenderá a se repetir e perpetuar, caso algo não seja feito a respeito.
Racismo institucional é qualquer sistema de desigualdade que se baseia em raça que pode ocorrer em instituições como órgãos públicos governamentais, corporações empresariais privadas e universidades (públicas ou particular). O termo foi introduzido pelos ativistas Stokely Carmichael e Charles V. Hamilton do movimento Black Power no final de 1960. A definição dada por William Macpherson em seu relatório sobre o assassinato de Stephen Lawrence é "o fracasso coletivo de uma organização em fornecer um serviço adequado e profissional às pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica" .A força do racismo institucional está em capturar as maneiras pelas quais sociedades inteiras, ou seções delas, são afetadas pelo racismo, ou talvez por legados racistas, muito tempo depois dos indivíduos racistas terem desaparecido.
Pesquisa do IBGE mostra que, em 2021, considerando-se a linha de pobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporção de pessoas pobres no país era de 18,6% entre os brancos e praticamente o dobro entre os pretos (34,5%) e entre os pardos (38,4%). Os dados são do estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
“As populações preta e parda representam 9,1% e 47% da população brasileira, respectivamente. Mas, nos indicadores que refletem melhores níveis de condições de vida, a participação dessas populações é mais baixa”, diz o analista do IBGE João Hallak. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
Na taxa de pobreza, o IBGE considerou a linha de U$$ 5,50 diários (ou R$ 486 mensais per capita). Na linha da extrema pobreza, (US$ 1,90 diários ou R$ 168 mensais per capita), as taxas foram de 5% para brancos, contra 9% dos pretos e 11,4% dos pardos. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
“Em 2021, havia 8,4% da população na extrema pobreza. O percentual da população branca estava abaixo dessa média. Já as populações preta e parda tinham proporções acima da média e dos brancos”, diz o analista André Simões. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
O levantamento mostra ainda que, em 2021, a taxa de desocupação também era maior entre os pretos e pardos. Enquanto entre a população branca era de 11,3%, para a preta ficou em 16,5% e para a parda, em 16,2%. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
A taxa de subutilização era de 22,5% entre os brancos, enquanto era de 32% entre os pretos e 33,4% entre os pardos. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
“A taxa composta de subutilização considera, além da desocupação, a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas e quem estava na força de trabalho potencial. Entre os brancos, essa taxa era inferior às das populações preta e parda, e isso não muda conforme o nível de instrução. A distância varia um pouco, mas em todos os níveis de instrução a população branca tem uma taxa de subutilização inferior à da preta ou parda”, diz Hallak. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
Enquanto os brancos representavam 43,8% da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), os pretos eram 10,2% e os pardos, 45%. Mas os percentuais de pretos e pardos são mais altos entre os desocupados: 12% e 52%, respectivamente. Já os brancos eram 35,2% dos desocupados em 2021. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
A informalidade também atinge mais pretos e pardos do que brancos. Em 2021, a taxa entre a população ocupada ficou em 40,1%, sendo 32,7% para os brancos, 43,4% para os pretos e 47% para os pardos. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
Já o rendimento médio dos trabalhadores brancos (R$ 3.099) superava o de pretos (R$ 1.764) e pardos (R$ 1.814) em 2021. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
Por hora, no ano passado, o rendimento médio dos ocupados brancos era de R$ 19. Já para os pretos era de R$ 10,9, e para os pardos, de R$ 11,3. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
O estudo aponta que os rendimentos são maiores entre aqueles que têm maiores níveis de instrução, mas as diferenças por cor ou raça permanecem nesse recorte. As pessoas brancas com ensino superior completo ou mais ganharam em média 50% a mais do que as pretas e cerca de 40% a mais do que as pardas. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
Levando em conta o rendimento de todas as fontes, incluindo trabalho, aposentadoria e pensão, o rendimento médio domiciliar per capita da população branca, de R$ 1.866, era quase o dobro do verificado entre a população preta (R$ 964) e parda (R$ 945), diferença que se mantém desde o início da série histórica, em 2012, aponta o IBGE. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
Os rendimentos foram os mais baixos da série, com maior queda entre os pretos (-8,9%) e pardos (-8,6%). Entre os brancos, a redução de rendimento frente ao ano anterior foi de 6%. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
Além disso, mais da metade (53,8%) dos trabalhadores do país em 2021 eram pretos ou pardos, mas esses grupos, somados, ocupavam apenas 29,5% dos cargos gerenciais, enquanto os brancos ocupavam 69% deles. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
Na classe de rendimento mais elevada, somente 14,6% dos ocupados nesses cargos eram pretos ou pardos, enquanto entre os brancos essa proporção era de 84,4%. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo em Novembro de 2022.
No Brasil, as quotas raciais[ou cotas raciais[ são as reservas de vagas em instituições públicas ou privadas para grupos específicos classificados por etnias, na maioria das vezes, negros e indígenas.
No Brasil, as cotas raciais em instituições públicas ou privadas, foram um marco para combater a desigualdade racial no Brasil. As cotas raciais, são uma forma do Brasil reparar os negros, devido a herança maldita dos anos de escravidão.
Confira a reportagem da BBC News Brasil.https://www.bbc.com/
E assim caminha a humanidade.
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