Patrimonialismo ou Estado patrimonial é uma forma de organização política onde a autoridade estatal é fundamentada principalmente no poder pessoal exercido pelo governante (ou corporação) sobre suas propriedades. Foi comum tanto nas monarquias quanto nas repúblicas pré-modernas.
O patrimonialismo foi implantado no Brasil pelo Estado colonial português quando o processo de concessão de títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado não se distingue perante as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando mesmo à República Velha (1889–1930) a confusão entre o público e o privado.
O patrimonialismo foi aplicado pelo sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil, para explicar a diferença entre a administração patrimonial e a burocrática no Brasil:
No Brasil, onde imperou, desde tempos remotos, o tipo primitivo da família patriarcal, o desenvolvimento da urbanização [...] ia acarretar um desequilíbrio social, cujos efeitos permanecem vivos até hoje.
Não era fácil aos detentores das posições públicas de responsabilidade, formados por tal ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre os domínios do privado e do público. Assim, eles se caracterizam justamente pelo que separa o funcionário "patrimonial" do puro burocrata conforme a definição de Max Weber. Para o funcionário "patrimonial", a própria gestão política apresenta-se como assunto de seu interesse particular; as funções, os empregos e os benefícios que deles aufere relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos, como sucede no verdadeiro Estado burocrático, em que prevalecem a especialização das funções e o esforço para se assegurarem garantias jurídicas aos cidadãos. A escolha dos homens que irão execer funções públicas faz-se de acordo com a confiança pessoal que mereçam os candidatos, e muito menos de acordo com as suas capacidades próprias. Falta a tudo a ordenação impessoal que caracteriza a vida no Estado burocrático. O funcionalismo patrimonial piode, com a progressiva divisão das funções e com a racionalização, adquirir traços burocráticos. Mas em sua essência ele é tanto mais diferente do burocrático, quanto mais caracterizados estejam os dois tipos.
No Brasil, pode dizer-se que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente próprio em círculos fechados e pouco acessíveis a uma ordenação impessoal. Dentre esses círculos, foi sem dúvida o da família aquele que se exprimiu com mais força e desenvoltura em nossa sociedade. E um dos efeitos decisivos da supremacia incontestável, absorvente, do núclero familiar [...] está em que as relações que se criam na vida doméstica sempre forneceram o modelo obrigatório de qualquer composição social entre nós. [...]
Holanda, Sérgio Buarque de (2016). «O homem cordial». Raízes do Brasil. [S.l.]: Companhia das Letras.
O Brasil, é um país com um traço patrimonialista muito profundo. No patrimonialismo no Brasil, exite uma total falta de distinção dos nossos governantes entre os patrimonios público e privado em um govenro de determinada sociedade.
Em um país com um traço patrimonialista tão profundo, como no Brasil, os nossos governantes consideram o Estado como seu patrimonio pessoal, em uma total falta de distinção entre o que significa o público e o privado, em um conçeito que prevaleçe no Brasil, desde o seu descobrimento por Pedro Alvares Cabral, em 22 de Abril de 1500.
No combate ao patrimonialismo, os seus combates estão por meio por ministério público, o tribunal de contas, os poderes executivo, legislativo e judiciário, além do controle popular dos próprios cidadãos, por meio dos respectivos portais da transparencia, que foram os fatores decisivos para operar as mudanças na administração pública, para implantar as melhoras do estado social e do estado democrático de direito.
Sim leitor (a). A corrupção de partidos de centro e centro esquerda, foram trazidas a tona pela Operação Lava Jato. Contudo. A Operação Lava Jato, da forma com a qual seus procuradores atuaram, elegeram um presidente fascista e de extrema direita no Brasil.
Fascismo é uma ideologia política ultranacionalista e autoritária caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e forte arregimentação da sociedade e da economia.
Os efeitos colaterais da Operação Lava Jato, foi a negação da política, o que nos trouxe um presidente que não tem a menor compaixão por vidas humannas. O ex presidente Jair Bolsonaro (PL).
Assim como voce leitor (a). Eu também sinto indignação com um Brasil, cujo seus governantes pluri partidários, não fazem qualquer distinção entre o público e privado na administração pública.
Contudo. Isso não é justificativa para se eleger um governante fascista como Jair Bolsonaroi (PL), que matou pouco mais de 700. 000 brasileiros (a), durante a pandemia da Covid 19 no Brasil.
Mesmo em um país com um traço patrimonialista tão profundo como o Brasil, o moralismo cego, é o maior inimigo do pensamento crítico.
Uma suposta honestidade de um governante. Não é salvo conduto, para que este governante, possa trabalhar para corroer o estado democrático de Direito no Brasil.
Uma suposta honestidade de um governante. Não é salvo conduto, para que este governante, possa provocar mortes e mais mortes, durante uma pandemia, em um suposto e imaginário conceito de defender a liberdade individual.
Uma suposta honestidade de um governante. Não é salvo conduto, para que este governante, estimule em sua militancia, todos os preconceitos de religião, cor raça e etnia.
Uma suposta honestidade de um governante. Não é salvo conduto, para que este governante, possa conseguir votos ,estimulando a intolerancia religiosa na sua base eleitoral no Brasil.
Assim como voce leitor (a). Também fico muito indignado, com um patrimonislismo no Brasil, em que governantes pluri partidários, se apropriam do estado como seu patrimonio pessoal.
Ainda assim. A suposta honestidade de um governante. Não é um salvo conduto, para que este governante, utilize o poder executivo para corroer as instituições democráticas.
Confira a noticia no Portal G1 da Rede Globohttps://g1.globo.com/politica/
E assim caminha a humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário