O "Centrão" é um termo usado no Brasil para designar um bloco parlamentar informal e fisiológico de deputados e senadores de diversos partidos, que não tem um centro ideológico claro, mas atua conjuntamente para negociar apoio ao governo em troca de cargos e verbas, visando à sustentação do poder e à aprovação de suas agendas no Congresso Nacional.
É formado por membros de diferentes partidos políticos, unindo-se por interesses comuns, não por alinhamento ideológico.
Geralmente apoia o governo em exercício, seja de esquerda ou de direita, buscando benefícios em troca.
A principal característica é a busca por vantagens e cargos políticos, em vez de uma plataforma programática.
É uma maioria informal que detém poder de vetar avanços democráticos e negociar pautas importantes para a aprovação de agendas presidenciais.
Os partidos que compõem o Centrão não têm uma ideologia definida e os membros podem mudar de posição dependendo do contexto.
A atuação do Centrão é fundamental para a governabilidade, garantindo a estabilidade e o funcionamento do sistema político brasileiro através de negociações.
A expressão surgiu na Assembleia Constituinte de 1987-1988 para descrever os parlamentares que, sem um partido específico, uniram-se para formar maioria e influenciar o texto da nova Constituição.
Desde então, o termo passou a designar o grupo de parlamentares que se organiza para apoiar ou fazer oposição aos governos, dependendo dos interesses e benefícios oferecidos.
No cenário político brasileiro, o termo Centrão refere-se a um conjunto de partidos políticos que compuseram uma aliança informal durante a Assembleia Constituinte de 1987 com o objetivo de implementar no texto da Constituição as propostas ligadas ao presidente da República, José Sarney (PMDB), e combater a linha política progressista defendida pelo Presidente da Assembleia Constituinte, Ulysses Guimarães (PMDB).
Após a promulgação da Constituição de 1988, esses partidos pararam de se identificar publicamente com o termo "Centrão". Desde então, o vocábulo passou a ser utilizado como um adjetivo para denominar partidos políticos que não possuem uma base ideológica clara e que frequentemente se aproximam do Poder Executivo apenas para tentar adquir privilégios em troca do apoio ao executivo federal, independentemente de princípios, para assegurar práticas políticas clientelistas e fisiológicas. Por conta disso, o Centrão acabou sendo conhecido popularmente como um grupo de partidos interesseiros, sem propostas de fato e apenas em busca de interesses, o que com o tempo também levou a ganhar a má fama de serem berços de políticos corruptos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário