ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE
Daniele Lopes Oliveira 1
key words: sustentalibilidade,
economy, development, social
and environment.
INTRODUÇÃO
A sustentabilidade é um desa
Gestão & Tecnologia - Faculdade Delta - ISSN 2176-2449
RESUMO: A sustentabilidade é
um desafio que se apresenta atual
mente, tanto na sua conceituação,
como para sua execução a susten
tabilidade é um conceito vasto e
ambíguo e um fenômeno que ne
cessita de ser estudado e aprofun
dado, por meio deste trabalho es
tudaremos a sustentabilidade e a
economia e as relações que se de
rivam dessas duas modalidades.
Palavras-chave: sustentalibilida
de, economia, desenvolvimento,
social e meio ambiente.
ABSTRACT: The sustainability
is a challenge that comes now,
so much in your conceituação, as
for your execution the sustenta
bilidade is a vast and ambiguous
concept and a phenomenon that it
needs to be studied and deepened,
through this work we will study
the sustentabilidade and the eco
nomy and the relationships that
are derived of those two modali
ties.
f
io que se apresenta atualmente,
tanto na sua conceituação, como
para sua execução a sustentabili
dade é um conceito vasto e ambí
guo e um fenômeno que necessita
de ser estudado e aprofundado.
De acordo com Myrdal (1978),
a econômia é sempre econômia
política na medida em que todo
ser humano pensa e age a partir
de uma escala de valores. Uma
economia política de sustentabili
dade pode ser entendida como um
problema de distribuição inter
temporal de recursos naturais fi
nitos, o que pressupõe a definição
de limites pra o seu uso em escala
comercial. Podemos observar que
os recursos são escassos e de acor
do com Moura (2003), as empre
sas dependem fundamentalmente
do meio ambiente, como fonte de
matérias primas e como receptá
culo de seus resíduos. Queremos
salientar que existe atualmente
uma má utilização e exploração
desses recursos.
Coutinho e Ferraz (1994) de
fenderam que as empresas que tra
tam com descaso seus problemas
ambientais tendem a incorrer em
custos mais elevados com multas,
sanções legais, além da perda de
competitividade de seus produtos
em um mercado cujos consumi
dores valorizam, cada vez, mais, a
qualidade de vida e, conseqüente
mente, produtos e processos pro
dutivos em harmonia com o meio
ambiente.
O paradigma técnico-indus
trial emergente tem mostrado que
as inovações tecnológicas trans
versais oriundas de outros setores
como aquelas das tecnologias de
informação e comunicação e mes
mo biotecnologia provocaram im
pactos profundos nas estruturas
1Daniele Lopes Oliveira Mestre em Ecologia e Produção Sustentável-UCG, Graduada em Direito-UCG, especialista em Docência Superior
Faculdade Lions e Professora da Faculdade Delta (danielelopes_oliveira@hotmail.com). UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS. Mestrado em
Ecologia e Produção Sustentável. Campus II, Cx Postal 86. Av. Engler, Setor Jardim Mariliza, CEP: 74.605-010. Goiânia, Goiás. Brasil. (meps@
ucg.br).
14
Edição III janeiro/fevereiro 2010
SUSTENTABILIDADE
produtivas exigindo novas for
mas de organização da produção
agroindustrial (BACKER, 1995).
Para Brandão (1999) o conceito
de sustentabilidade está ligado ao
uso racional dos recursos, evitan
do-se desperdícios adotando-se
processos de recuperação, recicla
gens de materiais e o uso e desen
volvimento de novas tecnologias,
procurando substitutos mais efi
cientes para os materiais esgotá
veis e melhor aproveitamento dos
insumos e o uso de novas fontes
de energia e novos procedimentos
que tratem os resíduos a ser des
cartado, como lixo biodegradável,
diminuindo o impacto ambiental.
A variável econômica está
sempre presente nessa interação,
pois a implantação de novas leis
as denúncias e pressões de consu
midores ou a própria consciência
dos empresários constituem-se em
fatores que forçam uma nova pos
tura e novas regras de conduta no
tocante as atividades industriais,
com repercussão sobre os cus
tos de produção (MAY PETER,
1994). Para Romeiro (1996) exis
te uma velocidade muito grande
de lançamento de novos produtos,
com o publico consumidor muito
ávido por novidades O consu
midor esta passando a valorizar
mais a empresa fabricante e não
apenas a marca do produto, res
saltando o comportamento ético
da empresa e o desempenho am
biental. A busca na melhoria do
desempenho ambiental vai desde
o projeto até a seleção de sistemas
e equipamentos e sua instalação e
operação. De acordo com Ridell
e Barbosa (2003) o crescimento
econômico somente pode ser fei
to dentro da visão de desenvolvi
mento sustentável, ou seja, manter
indefinidamente a disponibilidade
de um determinado recurso.
O conceito de desenvolvimen
to sustentável é amplo e ambíguo
“A humanidade tem a habilidade
para fazer o desenvolvimento que
satisfaça as necessidades do pre
sente sem comprometer as con
dições, das futuras gerações para
satisfazer as suas próprias neces
sidades”. Esta maleabilidade per
mite o incremento de programas
de ambiente e desenvolvimento:
locais, globais, institucionais, go
vernamentais, sociedade civil, ne
gócios e industriais para projetos
sobre as prerrogativas do desen
volvimento sustentável (KATES,
2001).
De acordo com o relatório de
Brundtland o meio ambiente não
existe como uma esfera separa
da das ações humanas, ambições
e necessidades. Ambiente é onde
nós vivemos é desenvolvimento
é o que todos nos fazemos ten
tando melhorar o nosso domici
lio. Os dois são inseparáveis. A
Conferência das Nações Unidas
em Ambiente e Desenvolvimento
(UNCED) no Rio de Janeiro em
1992 emitiu uma declaração deta
lhada de ações desejadas, acordos
internacionais em mudança de
clima e biodiversidade e florestas.
Em 2002 em Johannesburg, Áfri
ca do Sul foi reafirmado o com
promisso para desenvolvimento
sustentável. O desenvolvimento
sustentável como um conceito,
uma meta e uma expansão de mo
vimento rapidamente e é agora
a missão central de incontáveis
organizações internacionais, ins
tituições nacionais, empreendi
mento s incorporações, cidades
e sustentabilidade local (KATES,
2001).
A Comissão de Brundtland
declarou em relatório que as ne
cessidades humanas são básicas
e essenciais envolve crescimento,
mas também patrimônio liquido
para compartilhar recursos com
o pobre. O patrimônio liquido é
encorajado através da participa
ção efetiva. O conceito de desen
volvimento sustentável apresenta
limites, não limites absolutos,
mas limitações impostas pelo
estado presente de tecnologia e
organização social em recursos
ambientais e pela habilidade da
biosfera para absorver os efeitos
de atividades humanas. Nos anos
que seguem o relatório da Comis
são de Brundtland, a ambigüidade
criativa da definição padrão, en
quanto permitindo uma gama de
grupos discrepantes para ajuntar
debaixo do tema de desenvolvi
mento sustentável. Comissão de
Desenvolvimento Sustentável dos
EUA em seu relatório, a comissão
buscou sustentar e desenvolver. O
que será sustentado, a comissão
identificou bem três categorias,
natureza (principal), sistemas de
suporte a vida (intermediário) e
Terra, ambiente e culturas (KA
TES, 2001).
Em contraste, a literatura de
desenvolvimento sustentável ava
liou a pobreza para seu valor in
trínseco em lugar de sua utilidade
para seres humanos. Também ha
via paralelos que exigem susten
tar diversidade cultural, grupos,
lugares,
comunidades. Seme
lhante haveria três idéias bastante
distintas sobre o que deveria ser
desenvolvido: pessoas, economia
e sociedade. Mais recentemente
trocou a atenção do desenvolvi
mento humano, inclusive uma
ênfase em valores e metas, como
probabilidade de maior expectati
va de vida, educação, patrimônio
líquidos e oportunidade. Final
Edição III janeiro/fevereiro 2010
Gestão & Tecnologia - Faculdade Delta - ISSN 2176-2449
15
mente a comissão em Desenvol
vimento Sustentável também
identificou chamadas para desen
volver sociedade que enfatizou os
valores de segurança e bem-estar
de estados nacionais, regiões e
instituições como também o ca
pital social dede relações comuni
tárias. Em 2002 o ápice mundial
em desenvolvimento sustentável
marcou uma expansão adicio
nal da definição padrão como os
três pilares extensamente usados
de desenvolvimento sustentável:
econômico, social e ambiental. A
declaração de Johannesburg criou
“uma responsabilidade coletiva
para avançar e fortalecer e refor
çar os pilares mútuos de desen
volvimento econômico sustentá
vel, social e proteção ambiental a
níveis locais, nacionais regionais
e globais” (KATES 2001).
Gestão & Tecnologia - Faculdade Delta - ISSN 2176-2449
Nova Iorque, nas Nações Uni
das em 2000, a Assembléia Geral
da ONU adotou 60 metas relati
vas à paz, desenvolvimento, meio
ambiente, direitos humanos, fome
e pobreza. Em 1995 a Comissão
em desenvolvimento Sustentável
dos EUA buscou fazer o desen
volvimento sustentável mais sig
nificante para analise cientifica
e
contribuições.Grande Transi
ção do Grupo de Esboço Global.
Conclui que uma transição de
sustentabilidade é possível sem
uma revolução social ou um mi
lagre tecnológico. A chave para
tal futuro é a rejeição de consumo
material. Apesar da ambigüidade
do desenvolvimento sustentável,
os esforços mais sérios para de
f
inir os indicadores. Iniciativas
globais, nacionais e locais. Duas
observações principais emergem.
A primeira é a lista extraordina
riamente larga de artigos susten
táveis a ser desenvolvidos. Isto
reflete a maleabilidade do de
senvolvimento sustentável como
também as políticas internas dos
esforços de medir. A Comissão da
ONU em desenvolvimento sus
tentável usa alguns indicadores de
desenvolvimento humanos defini
dos em termos de uma única gera
ção (25 anos), o grupo de Enredo
Global quantifica suas metas por
duas gerações. A Pegada Ecoló
gica discute que a terra não pode
ser sustentada por muito tempo.
Valores como desenvolvimento
sustentável tem muitos significa
dos. Eles invocam sentimentos
definem metas, molda atitudes e
prove padrões para os indicado
res. Como tal sobrepõem metas
de sustentabilidade e indicadores.
Valores como: Liberdade, Igual
dade, Solidariedade, Tolerância,
Respeito à Natureza e Responsa
bilidade Compartilhada. A práti
ca inclui os muitos esforços para
estabelecer metas criando indica
dores e afirmando valores. O de
senvolvimento sustentável pode
ser visto como um movimento
social, um grupo de pessoas com
uma ideologia comum que ten
ta alcançar certas metas gerais.
Buscar expandir o conhecimento
energias e atividades de corpora
ções para melhor servir a natureza
e sociedade (KATES 2001).
Além dos esforços governa
mentais, o desenvolvimento sus
tentável emergiu nos organogra
mas de negócios, consultores e
expoentes de investimento.
Busca aumentar a contribui
ção de conhecimento e desenvol
vimento sustentável ao redor do
mundo. O conceito de desenvol
vimento sustentável tenta juntar
aspirações de desenvolvimento
com a necessidade de preservar
os sistemas básicos de suporte a
vida do planeta.
Os desafios concretos de de
senvolvimento sustentável são
pelo menos heterogêneos e com
plexos quanto à diversidade de
sociedades humanas e ecossiste
mas naturais ao redor do mundo.
Com um conceito maleável per
mite permanecer aberto, dinâmi
co e evoluindo idéias que podem
se adaptar para ajustar essas situ
ações muito diferentes e contex
tos por espaço e limpo. Também
a níveis múltiplos de local par
global, setores de atividade e em
instituições de governo, negó
cios e sociedade civil redefinir e
reinterpretar seu significado para
ajustar a sua própria situação As
sim o conceito de sustentabilidade
foi adaptado para endereçar desa
f
ios muito diferentes, enquanto
variando do planejamento de ci
dades sustentáveis, a agricultura
sustentável, pesca sustentável e
os esforços para desenvolver pa
drões comuns. No entanto uma
parte vital da evolução consciente
de desenvolvimento sustentável,
um conceito que no fim representa
esforços globais para imaginar e
ordenar uma visão positiva de um
mundo no qual são satisfeitos ne
cessidades humanas básicas sem
destruir ou degradar os sistemas
naturais. Os desafios concretos de
desenvolvimento sustentável são
pelo menos tão heterogêneos e
complexos quando a diversidade
de sociedades humanas e ecossis
temas naturais ao redor do mundo
(KATES 2001).
Trappmair (1998) afirmou que
a sustentabilidade envolve a idéia
de manutenção dos estoques da
natureza, ou a garantia de sua re
posição por processos naturais ou
artificiais, ou seja, tem que se estar
atento à capacidade regenerativa
da natureza e ao aperfeiçoamen
to das tecnologias extrativistas,
pois estima-se que a humanidade
16
Edição III janeiro/fevereiro 2010
esteja ultrapassando 20% dessa
capacidade de sustentabilidade
é do uso racional dos recursos.
Para Machado (2003) o desen
volvimento sustentável engloba
o desenvolvimento social, o eco
nômico, o ambiental, político e
tecnológico. De acordo com Reis
(1995) um gerenciamento, com
responsabilidade ambiental con
segue conciliar as necessidades
de crescimento econômico com
os requisitos de melhor qualidade
de vida.
Precisamos ter o apoio de po
líticas governamentais que in
centivem a produção sustentável
privilegiando empresas ético
biológicas que não são poluentes
utilizando instrumentos econômi
cos (taxas, impostos, bloqueios,
multas e sanções) a certos produ
tos e serviços forçando uma mu
dança no mercado, de forma que
os preços reflitam os prejuízos
que certos materiais causam ao
meio ambiente em detrimento dos
produtos ecologicamente corre
tos não poluentes e renováveis. A
convenção sobre diversidade bio
lógica afirmou que os Estados são
responsáveis pela conservação de
sua biodiversidade e pelo uso sus
tentável de seus recursos ambien
tais (SOARES, 2002). Quanto ao
desenvolvimento sócio econômi
co, existe uma busca por alterna
tivas que minimizem os impactos
negativos da atividade produtiva
a fim de motivar o setor indus
trial a investir em soluções, que
também se reflitam na economia
e na melhoria da competitividade
(ÁLVARO, 2002). Para Araújo
(2002) a adoção de estratégias de
prevenção é apresentada como a
alternativa mais adequada, porém
importantes práticas instituciona
lizadas devem ser modificadas,
assim como muitos paradigmas
consolidados devem se substituí
dos. A avaliação ambiental segun
do Abuguerque (1992) torna-se
cada vez mais valiosa e impor
tante, pois fornece bases para a
formulação de políticas, planos e
projetos que permitam o manejo
dos riscos e impactos das ativida
des produtivas aumentando a eco
eficiência da organização.
Carneiro (1993) especialistas
em desenvolvimento sustentá
vel pleitearam que o Brasil deixe
de ser um simples exportador de
matéria-prima e se converta num
porta-voz de uma nova economia
mundial, baseada no uso susten
tado dos seus recursos naturais,
agregando valor e compartilhan
do riquezas em todos os níveis
do processo produtivo. Muitos
produtos utilizados pela socieda
de contemporânea são fonte da
biodiversidade brasileira, como
alimentos, fibras, produtos farma
cêuticos, químicos, óleos naturais
essenciais, entre outros, além de
ser a principal fonte de informa
ção para o desenvolvimento da
biotecnologia
(FERNANDES,
1979).
Estudos de Almeida e Ribeiro
(1999) apontaram que, diversas
espécies de plantas de importân
cia econômica mundial são origi
nárias do Brasil. De acordo com
Silva (1999), há uma grande pro
cura internacional pelos produtos
da biodiversidade brasileira. A
região Centro-Oeste abriga entre
15% e 20% de todas as espécies
vegetais, animais e microorganis
mos do mundo, menos de 1% das
espécies nativas foram pesquisa
das geneticamente Sparemberger
(1998). A escala atual das ativida
des humanas independentemen
te das atividades respeitarem ou
não as regras ecológicas básicas,
levanta o problema do limite da
capacidade de suporte do planeta.
Nesse sentido buscamos enfati
zar a necessidade de não apenas
buscar uma melhor eficiência na
utilização dos recursos naturais,
reduzindo drasticamente ou eli
minando a poluição como tam
bém a necessidade de estabilizar
os níveis de consumo dos recur
sos naturais per capita dentro dos
limites da capacidade de suporte
do planeta.
ECONOMIA
A economia atual baseia-se na
dinâmica capitalista de acumula
ção, marcada pela criação através
do marketing da criação incessan
te de novas necessidades de con
sumo. Com a Revolução industrial
a capacidade humana de inter
venção na natureza deu um salto
e continuou a aumentar até hoje.
Além dos desequilíbrios ambien
tais decorrentes dessa capacidade
de intervenção o uso intensivo de
grandes reservas de combustíveis
fósseis abriu caminho para uma
expansão inédita do consumo em
escala e de atividades que pressio
nam a base dos recursos naturais.
Assim a capacidade de carga do
planeta está no limite. Como afir
mou Romeiro (2001), é preciso
criar o quanto antes às condições
socioeconômicas, institucionais e
culturais que estimulem não ape
nas o rápido progresso tecnológi
co poupador de recursos naturais,
como também uma mudança nos
padrões de consumo.
Contrariando a lógica capita
lista teríamos que passar da “ci
vilização do ter” para “civilização
do ser” Romeiro (2001). Dentro
da economia há duas principais
correntes teóricas que tratam dos
problemas de sustentabilidade: a
economia ambiental (neoclássica)
Edição III janeiro/fevereiro 2010
Gestão & Tecnologia - Faculdade Delta - ISSN 2176-2449
17
sustentabilidade e a economia e
as relações que se derivam dessas
duas modalidades.
Para Montibeller (2004, p.
60):
O crescimento das atividades
econômicas e da população, nos
níveis e padrões de consumo atu
ais, tende a degradar e destruir o
meio ambiente e os recursos na
turais, levando, no futuro, a um
estrangulamento das possibili
dades de desenvolvimento e a um
comprometimento da qualidade
de vida da população.
Gestão & Tecnologia - Faculdade Delta - ISSN 2176-2449
e a economia ecológica. A econo
mia Ambiental considera que os
recursos naturais não representam
a longo prazo.As teorias clássicas
do desenvolvimento econômico,
foram elaboradas principalmente
nas décadas de 1950 e 1960, são
teorias conflitantes entre si dentro
de uma ótica ecológica e capita
lista, a teoria Ricardiana de David
Ricardo, é a busca do equilíbrio
da economia com elevado grau
de desenvolvimento porem estag
nada, esta teoria faz uma critica
ecológica. Na teoria de Schum
peter a evolução do capitalismo
se da através dos desequilíbrios,
nessa teoria não há nada relacio
nado a degradação ambiental, a
natureza é encarada como fonte
de matéria prima , o limite eco
lógico refere-se ao bloqueio final,
ao desenvolvimento econômico
na medida em que se esgotam
reservas capazes de serem explo
radas, agora a teoria Marxista se
contrapõem as demais teorias faz
critica ao sistema e busca formas
de supera-lo a economia avança
devido a evolução tecnológica
e há uma desconsideração para
com o meio ambiente. A inclusão
da problemática ambiental nas te
orias econômicas, a degradação
ocorreu principalmente na expan
são do capitalismo. A economia
global foi formada por forças de
mercado e não por princípios de
ecologia.
ECONOMIA E SUSTENTABI
LIDADE
A sustentabilidade é um desa
f
io que se apresenta atualmente,
tanto na sua conceituação, como
para sua execução, a sustentabili
dade é um conceito vasto e ambí
guo e um fenômeno que necessita
de ser estudado e aprofundado. A
Assim está o caso do desma
tamento da Amazônia, de entrada
parecia um ótimo negócio econô
mico, mas com o passar de alguns
anos veio a resposta do que parecia
rentável, uma grande degradação
ambiental naquela área. Os cerra
dos do Centro-Oeste brasileiro es
tão ameaçados em decorrência do
processo de ocupação de seu solo
com produtos voltados para a ex
portação decorrente do desenvol
vimento da região assim descreve
Moysés (2007, p. 1):
A produção de commodities
substituiu sua vegetação natural
por gramíneas como o da soja,
do milho, do sorgo e das pasta
gens as quais, por não cumprirem
a função de retro-alimentadoras
dos lençóis freáticos dos Cerra
dos, provocou o desaparecimen
to de mais de 300 cursos d’água.
Cabe ressaltar dois momentos
distintos que marcam a ocupação
do Centro-Oeste: 1970-1980 pe
ríodo em que as transformações
econômicas impuseram um pro
cesso de ocupação perversa do
bioma Cerrado, resultante da mo
dernização da produção agrope
cuária, e década de 1990 quando
os efeitos dessa ocupação, asso
ciada às transformações ocorri
das na produção decorrente da
globalização, se manifesta de for
ma mais contundente provocando
um processo de concentração ur
bana de grandes proporções.
No mundo em desenvolvimen
to, vários são os fatores que con
tribuem para a degradação am
biental: além da industrialização
tem que se observar o crescimen
to populacional, a urbanização
acelerada, a poluição, e também
há que se notar o esgotamento
dos recursos naturais. Aí é que
surge nos países industrializados,
uma maior pressão social sobre
os problemas ambientais, isso
devido aos índices de poluição e
seus efeitos nocivos à saúde e aos
ecossistemas.
As nações devem visar um tipo
de desenvolvimento que integre
a produção com a conservação
e ampliação dos recursos, e que
vincule aos objetivos de dar a to
dos uma base adequada de subsis
tência e um acesso eqüitativo aos
recursos. O conceito de desenvol
vimento sustentável fornece uma
estrutura para a integração de po
líticas ambientais e estratégias de
desenvolvimento.
Desenvolver de forma sus
tentável é controlar o crescimen
to econômico de forma que não
comprometa a biodiversidade lo
cal. Detalha Santos (p. 1):
A partir da segunda metade do
século XIX começou-se a perce
ber em nível planetário a degra
dação ambiental e suas catastró
ficas conseqüências, originando
estudos e as primeiras reações no
sentido de se conseguir formu
las e métodos de diminuição dos
danos ao ambiente. Resultado
18
Edição III janeiro/fevereiro 2010
disto foram os estudos do Clu
be de Roma, liderado por Den
nis L. Meadows, culminado com
a publicação do livro “Limites
de crescimento” (The limits to
growth), que fez um diagnóstico
dos recursos terrestres concluin
do que a degradação ambiental
é
resultado principalmente do
descontrolado crescimento po
pulacional e suas conseqüentes
exigências sobre os recursos da
terra, e que se não houver uma
estabilidade populacional, eco
nômica e ecológica os recursos
naturais que são limitados serão
extintos e com eles a população
humana. Estes estudos lançaram
subsídios para a idéia de se de
senvolver mas preservando.
Foi proposto pela Comissão
que o desenvolvimento econômico
fosse integrado à questão ambien
tal, surgindo assim a forma deno
minada desenvolvimento susten
tável. Quanto às recomendações
para um efetivo desenvolvimento
sustentável, podemos dizer que o
relatório Brundtland apresentou
uma lista geral de medidas que
os Estados deveriam tomar, que
são as seguintes: limitação do
crescimento populacional; garan
tia de alimentação a longo prazo;
preservação da biodiversidade e
dos ecossistemas; diminuição do
consumo de energia e desenvol
vimento de tecnologias que ad
mitem o uso de fontes energéticas
renováveis; aumento da produção
industrial nos países não-indus
trializados à base de tecnologias
ecologicamente adaptadas; con
trole da urbanização selvagem e
integração entre campo e cidades
menores; as necessidades básicas
devem ser satisfeitas.
Podemos elencar recomen
dações: em nível internacional
(política externa): cooperação e
solidariedade internacionais com
efetivas ações; criação de um
ambiente econômico dinâmico e
propício as novas políticas am
bientais; apoio recíproco entre co
mércio e meio ambiente; estimular
políticas macroeconômicas mais
favoráveis ao meio ambiente. E
em nível nacional (política inter
na): desenvolver uma adequada
educação ambiental nas escolas
públicas e privadas do país; esta
belecer um plano nacional e mes
mo internacional de intercâmbio
de conhecimentos técnicos espe
cíficos na área ambiental; forta
lecer as instituições públicas que
tem o poder-dever de fiscalizar a
preservação do meio ambiente;
rever a legislação, adequando-a
à nova realidade e aos anseios
mundiais de preservação ambien
tal; desenvolver amplos estudos
dos recursos naturais existentes,
instituindo parques e reservas
ecológicas, conservando e dando
meios aos já existentes, fortale
cendo suas condições de sustento;
estimular os meios de comunica
ção no sentido de divulgação de
matérias ambientais ou correla
tas; direcionar o desenvolvimen
to industrial mediante incentivos
f
iscais, propiciando a criação
de pólos industriais em áreas de
menos impacto ambiental possí
vel;
desenvolver uma educação
sexual adequada aos parâmetros
atuais de ocupação demográfica;
incentivar práticas agrícolas que
preservem o meio ambiente, for
necendo condições especiais de
f
inanciamento e escoamento dos
produtos, criando simultaneamen
te órgãos fiscalizadores efetivos
e atuantes para a realização dos
projetos, evitando assim desvio
de finalidade. a utilizar na agri
cultura do sistema de rodízio de
áreas pré-determinadas, evitando
o esgotamento da terra e a deser
tificação; elaborar planos nacio
nais de ocupação territorial para
as comunidades marginalizadas
e carentes, observando as regras
básicas de preservação; estudar e
refazer a política indigenista para
que os “povos da floresta” pos
sam viver em seus ambientes na
turais, sem que sejam afetados ou
desrespeitados em sua dignidade,
bem como respeitada a sua cul
tura; desenvolver o turismo eco
lógico com visitas monitoradas
às áreas naturais, incentivando a
atividade privada na criação de
projetos conservacionistas neste
sentido; diminuir gradativamente
as agressões dos agentes poluido
res ao meio ambiente, mediante
estudos técnicos e específicos,
utilizando a mais modernas tecno
logias; incentivar no meio social a
criação de sociedades não gover
namentais de proteção ambiental
(ONGs), com incentivos fiscais.
Isso é tentar desenvolver uma
sociedade mais saudável e ga
rantida em seu futuro, cabendo a
cada um de nós dar sua contribui
ção para que isso ocorra, já que
o futuro da humanidade depende
da criação de uma nova socieda
de; de uma nova filosofia de vida,
sem a qual a raça humana estará
fadada a sucumbir.
Agricultura Familiar. E um
exemplo de técnica tida como
ecologicamente correta e que
estaria cumprindo com o desen
volvimento sustentável. A ECO
92 definiu a agricultura familiar
como aquela ecologicamente sus
tentável, economicamente viável,
socialmente justa, culturalmen
te adaptada, que se desenvolve
como um processo, numa condi
ção democrática e participativa.
Economia Solidária.
Alternativa que pode superar a lógica
capitalista de concentração de
riquezas e exclusão social. Ela
está associada a ações de consu
mo, comercialização, produção e
serviços em que se defende em
graus variados, a participação
coletiva, autogestão, democracia,
igualitarismo, cooperação e in
tercooperação, auto-sustentação,
a promoção do desenvolvimento
humano, responsabilidade social
e a preservação do equilíbrio dos
ecossistemas.
Praticando consumo solidá
rio. De acordo com Mance (2006,
p.):
Gestão & Tecnologia - Faculdade Delta - ISSN 2176-2449
O ato de consumo trata-se de
um exercício de poder pelo qual
efetivamente podemos apoiar a
exploração de seres humanos, a
destruição progressiva do plane
ta, a concentração de riquezas e a
exclusão social ou contrapor-nos
a esse modo lesivo de produção,
promovendo, pela prática do con
sumo solidário, a ampliação das
liberdades públicas e privadas, a
desconcentração da riqueza e o
desenvolvimento ecológica e so
cialmente sustentável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que o desafio da
sustentabilidade não tem como ser
enfrentado a partir de uma pers
pectiva teórica que desconsidera
as dimensões culturais, éticas no
processo de tomada de decisão. É
necessário observar a capacidade
de intervenção humana na nature
za e a noção de limites. Mais do
que políticas públicas e leis que
resguardem o meio ambiente é
necessário em primeira instancia
solidificar o conceito de sustenta
bilidade é a partir daí estabelecer
regras que devem ser respeitadas
por todos os países, afinal este
não é um problema isolado, mas
um problema de âmbito mundial.
Contar somente com um setor
produtivo eficiente não é mais o
suficiente. As estratégias com
petitivas dependem de viabilizar
meios e estratégias para reagir
a mudanças no meio ambiente e
aproveitar oportunidades de lu
cro.
É preciso gerir sistemas produ
tivos dentro da ótica sistêmica que
a visão moderna requer, através de
uma estratégia ofensiva, que vise
à oferta de novos produtos e ainda
uma inovação nos procedimentos
para melhorar a posição na com
petição pelo mercado. Inovar sig
nifica obter produtos e processos
que tragam maior competitivida
de para a cadeia produtiva.
É evidente a falta de iniciativa
e de apoio à preservação do meio
ambiente, e a urgência de alterna
tivas para contrapor o desenvol
vimento predatório e excludente
que se instala. Assim temos que
buscar mudar as dinâmicas de
mercado, oferecendo produtos
diferenciados, substituindo os já
escassos, também deve-se barrar
o avanço capitalista, consumista
que não corresponde a ótica sus
tentável. Não existe apenas uma
solução, mas um conjunto de fa
tores que apontam o caminho a
ser trilhado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRA
FICAS
ALBUGUERQUE, L. G. Com
petitividade e recursos humanos.
São Paulo: USP, 1992. v 27, n 4.
16-29 P.
ALMEIDA, S.P, RIBEIRO, J.F.
Cerrado: Espécies vegetais úteis.
Planaltina: EMBRAPA-CPAC –
DF, 1998. 464p.
ALVARO, L. V. M. Impacto Am
biental: aspectos da legislação
brasileira, ed 2º. São Paulo: Jua
rez de Oliveira, 2002. 20p.
ANTUNES, P. B. Direito Am
biental. Rio de Janeiro: Lúmen
Júris, 1998. 50 p.
ARAÚJO, Massilom Junior. Fun
damentos de Agronegócio. 1. ed.
São Paulo: Atlas, 2002.152 p.
BACKER, L. O. Gestão Ambien
tal e administração verde. Rio de
Janeiro: Quallymark, 1995. 24p.
BARBOSA, E. A. A avaliação de
impacto ambiental como instru
mento paradgmatico da susten
tabilidade ambiental no direito
brasileiro: Dissertação (mestrado) –Pontificia Universidade Católica
do Paraná Curitiba, 2006, 173 f.
BATALHA, M. O. Gestão Agroin
dustrial. 2 e 3 ed ,1 e 2 v. Brasília:
Atlas, 1998. 692 -388 p.
BRANDÃO, H P, GUIMARÃES,
T. A. Gestão de competências e
gestão de desempenho: tecnolo
gias distintas ou instrumentos de
um mesmo construto? In: Anais
ENAN RHO, 1999.415p.
CAPORAL, F. R, COSTABE
BER, J. A Agroecologica: en
foque cientifico e estratégico.
Agroecologia e Desenvolvimento
Rural Sustentável. v 3, n 2. Porto
Alegre, 2002.13-16p.
CARNEIRO, M. Agricultura fa
miliar e grandes projetos no Mara
nhão na década de 90: Resultados
e perspectivas. Fórum Carajás:
São Luís, 1999.
20
Edição III janeiro/fevereiro 2010
and Economic Research: 1-23.
COUTINHO, L. FERRAZ, J. C.
Estudo da Competitividade da
Indústria Brasileira. Campinas,
1994. 22p.
ESPINDOLA, C. R. UNICAMP.
Engenheiro Agrônomo Doutor em
Agronomia,FARINA, E.M.M.Q.
Competitividade e Coordenação
dos
Sistemas Agroindustriais.
In: SAES, São Paulo: Milkbiss,
1999. 6-36p.
FERNANDES, A. R., SILVA, C.
A B. Projetos de empreendimen
tos agroindustriais. 1 ed. UFV,
2001. 144p.
KATES, B. R. W., PARRIS, T. M.
LUSERAWITZ, A. A. What is
Sustainable development?Goals,
Indicators, values, and practica.
Environment: 2001.47:8-21.
LAWSON, T. 1999.Sustanaible
Development in Brazil. –Social
Science 410.
LOPEZ, F. Sustainable develop
ment and institutional failure the
case of Ecuador. The Independent
:2005. Review 9: 339-351.
MACHADO, P. A. L. Direito
Ambiental Brasileiro. 11.ed. São
Paulo: Malheiros, 2003. 87p.
MAY PETER, H., SERÔA, M.,
RONALDO (org.). Valorando a
natureza: Analise econômica para
o desenvolvimento sustentável.
Rio de Janeiro: Campus, 1994.
23p.
MOTIBELLER FILHO, G. As
teorias clássicas do desenvolvi
mento econômico examinadas
sob a ótica ecológica. In:______.
O mito do desenvolvimento sus
tentável. Meio ambiente e custos
sociais no moderno sistema pro
dutor de mercadorias. Santa Ca
tarina: Editora da UFSC. 2001,
306p.
MOURA, L. A. A. Economia Am
biental: Gestão de Custos e Inves
timentos. 2.ed. São Paulo: Juarez
de Oliveira, 2003. 1-195p.
MOYSES, A., SILVA, E. R. Ocu
pação e Urbanização dos Cerra
dos do Cento –Oeste e a formação
de uma rede urbana concentrada
e desigual. Trabalho em Grupo
apresentado em Seminário da Dis
ciplina Política Econômica e De
senvolvimento Urbano do Cento
Oeste. São Paulo: Instituto de
Econômica da UNICAMP.2002.
MYRDAL, G. Institucional eco
nomics. Jornal of Economic Is
sues, v. 12, 1978.
PEARCE, D. and ATKINSON,
G. 1991. Are national economies
sustainble?Measuring sustenaible
developemnt –Centre for Social
REIS, Mauricio. J. L. ISSO 14000.
Gerenciamento Ambiental. Rio de
Janeiro: Quallymark, 1995. 56p.
RIEDELL, M., BARBOSA, M.
Turismo Rural Tendências e Sus
tentabilidade. São Paulo: Edu
misc, 2003. 240p.
ROMEIRO, A. R, et al. Economia
do Meio Ambiente: teorias, políti
cas e a gestão dos espaços regio
nais. São Paulo: Unicamp, 1996.
1-22p.
ROMEIRO, A. R. Econo
mia ou economia política da
sustentabilidade?Unicamp, Cam
pinas, n. 102, set. 2001.
S
SILVA, O. F.. Direito Ambiental
e Ecologia. São Paulo: Manole,
1999. 152 p.
SOARES, G. F. S. A Proteção In
ternacional do Meio Ambiente.
São Paulo: Manole, 2002. 24p.
SPAREMBERGER, R.F.L. AU
GUSTIN, S. Direito Ambien
tal e Bioética.São Paulo: Educs,
1998.197 p.
TRAPPMAIR, H. Metodologias
Simples Para Pesquisar O Meio
Ambiente. Rio Claro, 1998.45p. A dissertação da autora Daniele Lopes Oliveira.
A economia sustentável é necessária para equilibrar as necessidades humanas com os limites do ecossistema, garantindo a preservação dos recursos naturais para as gerações futuras, a viabilidade a longo prazo das empresas e uma sociedade mais justa e saudável. A sua importância reside em manter a qualidade de vida, reduzir custos gerados pela degradação ambiental, assegurar a disponibilidade de recursos e promover o bem-estar social e ambiental.
Por que a economia sustentável é fundamental?
O modelo atual de exploração intensiva de recursos causa um grande impacto no ecossistema, gerando escassez e deficiências. A economia sustentável busca o uso racional dos recursos, dando ao planeta tempo para se regenerar.
A exploração excessiva de recursos tem custos elevados para as empresas, como multas e indenizações, além do risco de escassez dos próprios insumos. A sustentabilidade pode reduzir despesas e garantir a continuidade do negócio.
A sustentabilidade não se limita ao ambiente, engloba também as pessoas. Ela busca o bem-estar social, o desenvolvimento humano e a dignidade, colocando-os no centro do processo de desenvolvimento econômico.
Uma economia sustentável busca um desenvolvimento competitivo que não ocorra à custa do desequilíbrio social ou ambiental. Ela incentiva a justiça no mercado e o bem-estar de toda a sociedade. Segundo especialistas nos veículos de imprensa no Brasil.
Confira a noticia na Folha de São Paulo.https://www1.folha.uol.com.br/
E assim caminha a humanidade.
Imagem ; Site Gazeta do Povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário