O Partido dos Trabalhadores (PT) perdeu força política e eleitoral após as revelações da Operação Lava Jato. Embora o partido tenha reconquistado a Presidência da República em 2022, os efeitos negativos da operação ainda se manifestam, especialmente em resultados eleitorais a nível local.
As principais consequências para o PT incluíram:
Crise de imagem: Os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras, que vieram à tona com a Lava Jato a partir de 2014, atingiram a credibilidade do partido. A percepção pública sobre a corrupção foi amplificada, e o PT foi associado a um esquema de desvio de dinheiro em larga escala.
Perda de filiados: O PT registrou a maior perda de filiados de sua história nos anos subsequentes ao início da operação.
Desempenho eleitoral em declínio:
Eleições de 2016: O partido teve um desempenho eleitoral ruim nas eleições municipais, perdendo redutos históricos como São Bernardo do Campo e caindo de 630 para 256 prefeituras.
Eleições de 2024: O resultado das eleições municipais de 2024 demonstrou a dificuldade persistente do partido em recuperar a força local. Na Grande São Paulo, berço político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT conquistou apenas uma das 38 prefeituras e perdeu redutos importantes.
Impacto no berço político: A perda de influência foi particularmente notável no ABC Paulista, onde o partido perdeu a eleição em cidades-chave e teve dificuldades para chegar ao segundo turno em outras, reforçando a ideia de que o partido ainda não se recuperou da operação em seu próprio reduto.
Recuperação parcial no cenário nacional
Apesar das perdas, o PT demonstrou uma recuperação no cenário nacional com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência em 2022. No entanto, a legenda continua sem força no Congresso Nacional e tem dificuldades de eleger prefeitos em grandes cidades, dependendo mais da figura de Lula do que da estrutura partidária para obter vitórias. ]
,A Operação Lava Jato enfraqueceu o PT ao expor esquemas de corrupção que corroeram sua imagem e resultaram em perdas significativas de votos e filiados, principalmente no âmbito local. Embora o partido tenha demonstrado capacidade de recuperação a nível federal, os resultados eleitorais mais recentes indicam que o impacto da operação ainda afeta a força do partido nas disputas municipais.
Confira no Nexo Jornal .https://www.nexojornal.com.br/
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Confira o artigo do autor Wanderley Guilherme dos Santos
A LAVA JATO E O PARTIDO DOS
TRABALHADORES
Wanderley Guilherme dos Santos
Segunda Opinião, 7.8.2015
A novidade política da Lava Jato é a revelação de que o Partido dos
Trabalhadores cedeu à tentação de patrocinar e se beneficiar das relações
espúrias entre interesses de grupos privados e iniciativas públicas. Faz parte da
história intestina de todas as sociedades acumulativas o vírus da predação, do
suborno, do saque, da extorsão e da violência em busca de vantagens além dos
méritos competitivos. O Império inglês foi assim construído, incluindo
associações clandestinas com piratas e corsários, no século XVIII, e escândalos
internos sem fim desde o XIX; a riqueza das cidades hanseáticas e italianas que
financiaram os jardins artísticos do Renascimento, seus pintores, arquitetos e
escultores, essa riqueza foi obtida mediante fraude e corrupção de bandidos
inescrupulosos e violentos, organizados em poderosas companhias de negócios.
A grande arte flamenga e espanhola é rebento da generosa dissipação de
recursos de ladrões e assassinos em versão marqueteira de mecenas. O
extraordinário progresso material norte-americano a partir de meados do XIX
colocou na galeria cívica do país os “robber barons”, sabidos e consabidos
corruptos, genocidas, paradigmas das administrações libertinas e extorsivas das
grandes cidades contemporâneas como Chicago, Nova York, Los Angeles ou
Kansas City, sempre com a cobertura midiática de campanhas moralizadoras. As
fraudes eleitorais são discutidas tão abertamente quanto o financiamento de
campanha e não é segredo que a vitória democrata de John Kennedy contra
Richard Nixon nada teve de católica (acobertada pela patranha midiática de que
Nixon perdeu por causa do último debate na televisão), com os Republicanos
dando troco na roubalheira da Flórida que deu a vitória a Bush Junior sobre Al
Gore. Tudo supervisionado pelas autoridades eleitorais. Ninguém chia, trata-se
de assunto exclusivo entre eles: dos roubos econômicos aos roubos eleitorais. O
vírus está lá, agora protegido nos portfólios do sistema financeiro mundial.
A história recente do Brasil não fica a dever. A começar pelas obras marcantes
da ditadura, de onde brotaram progresso material, liquidação física dos
opositores e mágicos milionários, de sucesso inexplicável. Da tolerância
democrática de José Sarney restou a criminosa entrega da propriedade pública
das comunicações a um prático monopólio de golpistas centenários, corruptor de
jornalistas, escritores, artistas, políticos. O monopólio das comunicações é
atualmente o único poder irresponsável no País, exercido com brutalidade e a ele
se curvam os demais, inclusive o poder judiciário. Fonte de corrupção
permanente, manteve como assunto inter pares os escândalos financeiros do
governo Fenando Henrique Cardoso, as trapaças das privatizações e a meteórica
transformação de bancários em banqueiros, tendo o BNDES como rampa de
lançamento. Assim como guarda no porão do noticiário a ser mobilizado, caso
necessário, os rastilhos da política tucana em Minas Gerais e em São Paulo.
Todos, juízes, ministros, políticos, procuradores, cantores, atrizes, narradores de
futebol, são todos terceirizados do Sistema Globo de Comunicação.
Nesse País, por surpreendentes acasos, todas as investigações envolvendo os
companheiros da boa mesa, pecaram por vícios de origem e devidamente
esquecidas. Menos a Lava Jato, que segue aparentemente de acordo com as
rigorosas regras judiciais, de que dá testemunho o Ministro Teori Zavaski. Qual é
a novidade?
A novidade não é o roubo nem as relações ilegítimas entre agentes privados e
públicos. Todos os consultores, projetistas, jornalistas, escritórios de advocacia
econômica, todos que fingem ultraje ao pudor sempre foram não só cientes
como, no todo ou em parte, beneficiados pelo sistema virótico da sociedade
acumulativa brasileira. Enriqueceram e vivem como parasitas do sistema
nacional de corrupção. A novidade é que o Partido dos Trabalhadores entrou
como sócio, apresentando como cacife os milhões de votos daqueles que nunca
foram objeto de atenção. Candidatou-se ao suicídio.
A caça ao intruso foi imediata. A cada política em benefício dos miseráveis, mais
se acentuava a perseguição ao novo jogador, insistindo em reclamar parte do
botim tradicional da economia brasileira. A penetração do PT na associação das
elites predadoras era encoberta pelo compromisso real de muitos de seus
quadros com o destino dos carentes. E assim como os grandes capitães de
indústria, pelo mundo a fora, os nossos também cobraram uma exploração extra,
uma vantagem desmerecida, uma nova conta na Suiça em troca dos empregos
criados, da produção aumentada, do salário menos vil. Mas assim também como
os operadores tradicionais, os petistas se entregaram à sedução da sociedade
acumulativa: o roubo com perspectiva de impunidade.
A Lava Jato revelou a tragédia da vitória do capitalismo sobre a liderança dos
trabalhadores. Os grandes empresários e as grandes empresas, ao fim e ao cabo,
vão se safar, com os acordos de leniência e as delações premiadas, reservas que
fazem parte de suas mochilas de sobrevivência. Serão nossos “robber barons” do
futuro. Não assim a destroçada elite petista, à qual não resta senão acrescentar o
opróbrio da traição à vergonha da confissão.
A vítima ensanguentada dessa caçada é o eleitorado petista. Muito além dos
militantes, todos aqueles que saudaram e apoiaram a trajetória de crescimento
de um partido que, claramente, era o deles. Os que suportaram os preconceitos,
que resistiram às pressões e difamações e que viam nas políticas sociais o
cumprimento de promessas nunca realizadas. Esses estão hoje expostos à
brutalidade dos reacionários e fascistas, ao escárnio, aos xingamentos e ofensas.
O eleitorado petista não é criminoso, criminosos são os fascistas que os
perseguem nas ruas, nos lugares públicos, sem que as autoridades responsáveis
tenham a decência de garantir-lhes a inocência.
Presidente Dilma Rousseff: é de sua responsabilidade e de seu Ministro da Justiça
sair desse palácio de burocratas e meliantes suspeitos e garantir, e fazer
governadores e prefeitos garantirem, por atos enérgicos, a integridade física e
moral dos milhões de brasileiros inocentes que acreditaram na sinceridade dos
membros do seu Partido. Os ladrões estão no seu Partido, O artigo do autor Wanderley Guilherme dos Santos.
A base social do Partido dos Trabalhadores (PT) é historicamente composta por trabalhadores da classe baixa, sindicatos e movimentos sociais, embora tenha se expandido para incluir outros setores ao longo do tempo.
Fundado em 1980, o Partido dos Trabalhadores (PT) surgiu dos sindicatos de metalúrgicos do ABC paulista, com a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva. Os operários foram a base inicial e central do partido, e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) esteve intimamente ligada ao partido.
Movimentos sociais: O partido sempre manteve forte conexão com diversos movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o movimento por moradia (MTST), grupos de direitos LGBTQIA+ e organizações estudantis.
Católicos e intelectuais: No início, o PT atraiu apoio de setores ligados à Teologia da Libertação dentro da Igreja Católica, além de intelectuais de esquerda e acadêmicos.
Funcionários públicos e classes médias: Com o tempo, o partido cresceu e sua base se diversificou, incorporando uma parcela significativa de funcionários públicos e da classe média assalariada, especialmente após assumir cargos eletivos.
Expansão para a população mais pobre: Ao chegar à presidência em 2003, o PT expandiu sua base eleitoral de forma significativa, atraindo um apoio massivo da população mais pobre, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, devido a programas sociais como o Bolsa Família.
Perda de apoio após crises: O apoio ao partido caiu drasticamente após escândalos de corrupção e a crise econômica iniciada em 2014, resultando na perda de mandatos e impopularidade.
A eleição de Lula em 2022 marcou um ponto de virada, demonstrando a resiliência do Partido dos Trabalhadores e de sua base. O partido recompôs sua aliança com diferentes setores, incluindo partidos de centro e até de direita, para formar uma frente ampla. No entanto, a base principal de apoio popular e de movimentos sociais continua sendo fundamental para a sua mobilização.
A eleição de 2022 mostrou que o apoio a princípios democráticos foi um fator decisivo na escolha do voto, o que ajudou a solidificar a base do Partido dos Trabalhadoeres contra a extrema-direita.
: O governo de 2025 demonstra um esforço contínuo para fortalecer o diálogo com movimentos populares. A nomeação de Guilherme Boulos, ex-coordenador do MTST, para o Ministério da Secretaria-Geral é vista como uma estratégia para mobilizar a base social para a campanha de reeleição em 2026.
Desde a Operação Lava Jato. O Partido dos Trabalhadores tem tiido dificuldades para além de suia base social.
Recompor o Partido dos Trabalhadores (PT). Passa pela escolha do Ministro do Supremo Tribuna Federal.
Confira a noticia na Folha de São Paulo .https://www1.folha.uol.com.br/
E assim caminha a humanidade,
Imagem ; Site Oficial do Partido dos Trabalhadores
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