sábado, 15 de novembro de 2025

Extremismo politico.

As  tarifas propostas por Donald Trump podem levar ao isolamento comercial dos Estados Unidos e a um cenário de protecionismo global, segundo analistas e reações de outros países. A estratégia visa proteger os produtores americanos, mas gera incerteza e retaliações internacionais. 

Potenciais Consequências e Impactos:

Retaliação Global: A imposição de tarifas americanas sobre produtos de países como Brasil, Canadá, México, China e União Europeia já provocou (ou deve provocar) respostas retaliatórias, com esses países impondo suas próprias tarifas sobre produtos dos EUA.

Isolamento Econômico: Analistas preveem que a política de "América First" pode danificar o sistema multilateral de comércio (OMC), resultando em um mundo comercialmente mais fragmentado e em blocos, onde os EUA se tornariam mais isolados.

Impactos na Economia Global e EUA: O aumento das tarifas pode reduzir o comércio mundial e o PIB de diversos países, incluindo os próprios EUA. Economistas alertam para o risco de aumento da inflação nos EUA, o que poderia levar o Federal Reserve a aumentar as taxas de juros.

Incerteza no Mercado: O "vai e vem" nas decisões tarifárias de Trump gera grande volatilidade e incerteza nos mercados financeiros globais, impactando investimentos e cadeias produtivas integradas.

Recuos Pontuais: Recentemente (novembro de 2025), Trump assinou ordens executivas para reduzir temporariamente as tarifas sobre certos produtos agrícolas, como café, carne bovina e frutas, beneficiando o Brasil, em movimentos que alguns veem como motivados por pressões domésticas. 

Em resumo, a política tarifária de Trump é vista como uma estratégia arriscada que pode levar a um cenário de "guerra comercial" e isolamento dos EUA, com consequências negativas para a economia global e doméstica. 

As  propostas de tarifas de Donald Trump podem causar inflação nos Estados Unidos, de acordo com a maioria dos economistas e instituições financeiras. A lógica é que as tarifas aumentam o custo dos produtos importados, repassando esse aumento para os consumidores finais. 

Aumento de preços: As tarifas elevam diretamente os preços de bens importados, como aço, alumínio, roupas, e até produtos agrícolas como café e carne bovina, como já foi observado no passado.

Pressão do consumidor: A pressão do consumidor americano, que arca com os custos mais altos, tem sido um fator que, inclusive, levou Trump a reduzir temporariamente algumas tarifas sobre certos produtos.

Riscos macroeconômicos: Especialistas e instituições como o Federal Reserve (Fed) e o Goldman Sachs alertam que um "tarifaço" generalizado pode levar a um cenário de maior inflação e desaceleração do crescimento econômico (potencialmente até recessão).

Possível resposta do Fed: Para combater uma inflação mais alta, o banco central dos EUA (Fed) poderia ser forçado a elevar as taxas de juros, o que tem outros impactos econômicos, como o aumento do desemprego.

Propostas alternativas de Trump: Trump argumenta que as receitas das tarifas poderiam ser usadas para dar dinheiro diretamente aos americanos, o que, segundo ele, ajudaria a mitigar o impacto financeiro nas famílias. 

Em suma, o consenso econômico é que as tarifas atuam como um imposto sobre os consumidores e empresas americanas, contribuindo para a inflação. 

iConfira o artigo do autor Rubens Augusto de Miranda .

oletim Informativo do Centro de Inteligência do Milho - Ano 10 - Edição 

95 - Dezembro de 2018 

 

  

INDICADORES DE TENDÊNCIA CIMILHO (95) 

Guerra Comercial Estados Unidos x China e o impacto na soja e no milho brasileiro 

Rubens Augusto de Miranda 

 

Pesquisador da área de Economia Agrícola da Embrapa Milho e Sorgo 

 

 Após um final de semana de negociações, no encontro dos países do G20 ocorrido na 

Argentina, os Estados Unidos (EUA) e a China anunciaram, no dia 3 de dezembro, que deram uma 

trégua na guerra comercial entre os países. Essa polêmica disputa comercial se iniciou há alguns 

meses e desde então vem estremecendo a economia global. 

 Aproximando-se do final do ano, já podemos quantificar alguns dos reflexos do referido 

conflito sobre as exportações brasileiras. Mesmo à margem da briga dos gigantes, a soja, principal 

commodity brasileira, vem sendo amplamente beneficiada. Contudo, para entender melhor, 

vamos à cronologia dos fatos. 

 Tudo começou no início de março de 2018, quando os Estados Unidos anunciaram que 

aplicariam uma sobretaxa ao aço e ao alumínio importados de vários países. Posteriormente, ficou 

claro que o alvo da manobra era a China, com quem o país possui um déficit comercial recorrente, 

na casa de centenas de bilhões de dólares. Assim, no dia 22 do mesmo mês, anunciaram que 

também aplicariam uma tarifa de 25% sobre um montante de US$ 50 bilhões em produtos 

chineses, com a alegação de ser uma medida defensiva contra violações de propriedade 

intelectual.  

 Reagindo à política protecionista norte-americana, a China anunciou no dia 2 de abril que 

aplicaria tarifas no mesmo valor sobre produtos importados dos Estados Unidos, iniciando então 

uma “guerra fria comercial” entre os dois países. Dentre as mercadorias que seriam taxadas pelos 

chineses, havia algumas de especial interesse pelo Brasil, como soja e carne.  

 Sem acordo, a guerra comercial EUA-China foi de fato oficializada a partir de 0h01 do dia 6 

de julho, com a entrada em vigor de tarifas de 25% sobre US$ 34 bilhões em mercadorias chinesas 

importadas. Apenas três horas após a entrada em vigor das tarifas americanas, Pequim anunciou 

que responderia de forma imediata com medidas tarifárias, no mesmo valor, sobre produtos 

norte-americanos. 

 

 Engrossando o discurso, na semana seguinte à entrada em vigor das tarifas, o Governo dos 

Estados Unidos anunciou que estava estudando uma lista de produtos chineses no valor de US$ 

200 bilhões para impor uma nova tarifa de 10%. A seguir, no dia 20 de julho, Donald Trump foi 

além e disse em entrevista a uma emissora americana que poderia sobretaxar todos os produtos 

chineses, na casa de US$ 500 bilhões. 

 Incapaz de bancar a aposta, pois tais valores ultrapassam as importações de produtos dos 

Estados Unidos, a China passou a estudar uma retaliação por medidas não tarifárias. Em outras 

palavras, com a ameaça, a Casa Branca esticaria a corda acima da capacidade chinesa numa 

disputa franca de tarifas. 

 No dia 23 de agosto, ocorreu de fato o segundo round da briga EUA-China. Os Estados 

Unidos adotaram uma tarifa de 25% sobre 279 produtos oriundos da China, sobre um montante 

no valor de US$ 16 bilhões. No mesmo dia, Pequim retaliou com a respectiva tarifa sobre idêntica 

quantia em dólares, mas abarcando 333 mercadorias dos Estados Unidos. 

 Olhando o quadro de forma mais ampla, a inclusão da soja pela China na primeira etapa da 

guerra comercial causou estranheza, pois a retirada da oleaginosa, de origem norte-americana, da 

equação do abastecimento do mercado chinês levantou questionamentos sobre a viabilidade da 

medida. Diversos analistas colocaram que poderia não haver quantidade suficiente de soja fora 

dos Estados Unidos para abastecer as necessidades da China, o que deixou os mercados 

apreensivos. 

 A China é o maior comprador de soja do mundo, respondendo por mais de 60% do 

mercado internacional da commodity. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados 

Unidos (USDA), o país importou, na safra 2017/18, 96 milhões de toneladas de soja in natura. 

Como não poderia deixar de ser, esse mercado é disputado pelos dois maiores produtores, sendo 

o Brasil o maior exportador, e os Estados Unidos, o segundo.  

 Os dados do comércio exterior apontam que dos 68,1 milhões de toneladas de soja grão 

exportadas pelo Brasil em 2017, 53,8 milhões foram para a China, sendo que o comércio com o 

país asiático envolveu o montante de US$ 20,29 bilhões (FOB). Em 2018, de janeiro a novembro, o 

Brasil já exportou 79,4 bilhões de toneladas de soja, sendo 64,9 bilhões de toneladas (no valor de 

US$ 25,8 bilhões) somente para a China. Tais valores já superam com boa margem os resultados 

de 2017, até então recordes. 

 Analisando o comportamento mensal das exportações, fica evidente o papel da guerra 

comercial nas vendas da soja brasileira. Entre janeiro e abril, as exportações de soja para a China 

tinham diminuído 1,26 milhão de toneladas em relação ao mesmo período de 2017, mas com o 

avanço da disputa comercial a situação mudou. De maio a novembro, as vendas de soja para a 

China aumentaram 14,5 milhões de toneladas em relação ao respectivo período de 2017.  

 Se de um lado a soja vem sendo amplamente beneficiada pelas vendas para a China, os 

dados de comércio exterior também indicam que o milho pode estar sendo prejudicado na 

disputa por espaço nos portos. Tradicionalmente, o milho para exportação é produzido na 

segunda safra. Assim, os embarques do cereal ganham força em julho e agosto, após a colheita, e 

perduram no decorrer do segundo semestre, passando a diminuir em fevereiro do ano seguinte, 

com o início dos carregamentos da safra colhida de soja. Por conseguinte, os embarques da soja 

aumentam até o pico em abril e maio, e depois passam a reduzir, dividindo os portos com o milho 

safrinha no segundo semestre. Porém, em 2018 especificamente, os embarques de soja têm sido 

maiores que os embarques de milho, algo que não ocorria em anos anteriores. 

 Nos relatórios de levantamento de grão publicados mensalmente pela Conab, até junho, 

apontavam-se estimativas para as exportações de milho da safra 2017/18 na ordem de 32 milhões 

de toneladas. Tais estimativas diminuíram sucessivamente até o relatório de novembro, quando 

ficaram em 23 milhões de toneladas.  

 Os dados do comércio exterior apontam que as reduções das exportações de milho foram 

“coincidentemente” quase equivalentes ao aumento das exportações de soja. De julho a outubro, 

as exportações de milho diminuíram 7,9 milhões de toneladas em relação ao respectivo período 

de 2017, enquanto na soja ocorreu um aumento de 8,6 milhões de toneladas, no mesmo período, 

em relação ao ano passado. 

 É importante frisar que as tarifas impostas na guerra comercial não constituem um 

impedimento ao comércio, não são uma proibição, mas uma barreira que diminui a 

competitividade da soja americana frente à brasileira no mercado chinês. As tarifas alteram os 

preços relativos, fazendo surgir uma nova situação de equilíbrio, com maior participação das 

exportações brasileiras.  

 A colheita da maior safra de soja da história dos Estados Unidos, 125,2 milhões de 

toneladas, somada ao conflito comercial com o maior comprador do mercado, era a receita de 

bolo para os preços despencarem. Desde o pico da cotação da soja em 2018, US$ 10,77 o bushel, 

no início de março, seguido do anúncio da sobretaxa do aço e alumínio no dia 8 do mesmo mês, os 

preços da oleaginosa despencaram, ficando abaixo de US$ 8,30 o bushel nos últimos meses. A 

baixa das cotações da soja em Chicago levou ao menor valor da commodity desde 2008.  

 Do outro lado da moeda, a pressão de demanda sobre a soja brasileira elevou os nossos 

preços domésticos no decorrer de 2018. A cotação média da saca de soja no País saltou de R$ 

61,95 em janeiro para R$ 79,53 na média de setembro (R$ 90,00 em Paranaguá), um aumento 

superior a 28%. Contudo, o câmbio que esteve cotado na média de R$ 3,213 em janeiro ficou R$ 

4,108 em setembro, representando uma depreciação de 27,86%, contrabalançando o aumento 

das cotações da soja no decorrer do ano e fazendo o produto continuar atrativo lá fora. 

 No mês de setembro, quando as cotações da soja no Brasil atingiram o pico, os preços nos 

Estados Unidos atingiram os menores valores. A tonelada métrica da soja nos Estados Unidos caiu 

de U$ 459,90 (na média) em abril para U$ 382,98 em setembro, essa redução de 16,7% ajudou a 

contrabalançar a tarifa de 25%, enquanto o aumento de preço da oleaginosa no Brasil foi 

compensado pela depreciação cambial. Assim, na ausência de novos fatos relevantes, a soja 

brasileira e a americana seriam novamente competitivas entre si na disputa pelo mercado chinês a 

partir de setembro, mas numa situação de equilíbrio de curto prazo com maior participação do 

Brasil.  

 

 A evolução das cotações em outubro e novembro corrobora esse argumento, pois as 

cotações no Brasil passaram a cair e as dos Estados Unidos, a aumentar. Não haveria uma 

reversão do comportamento das cotações após o início da guerra comercial se a soja dos dois 

países não estivesse competitiva nos novos patamares de preços. 

             Para 2019, cabe observar o desdobramento do conflito comercial. Caso ocorra algum 

acordo, a soja dos Estados Unidos aumentaria a sua participação no mercado chinês, dadas as 

baixas cotações. Por outro lado, se a situação de conflito persistir, deverá ocorrer um ajuste na 

oferta de soja pelos Estados Unidos, pois o produto está sobrando no país. O USDA projetou um 

aumento dos estoques de soja para a safra de 2018/19, no relatório de novembro, em 118%, 

passando de 11,92 milhões para 26 milhões toneladas. Assim sendo, nos resta agora esperar as 

próximas jogadas. O artigo do autor Rubens Augusto de Miranda .

O extremismo político é caracterizado pela identificação intensa e inflexível com uma ou mais ideologias políticas, onde o indivíduo ou grupo considera apenas o seu ponto de vista como válido e busca impor sua vontade, frequentemente, promovendo a intolerância ou a violência. 
Características Principais
Inflexibilidade Ideológica: A pessoa considera apenas sua visão como correta, desconsiderando a legitimidade de outras perspectivas no espectro político, seja ele de esquerda ou direita.
Intolerância: O extremismo opõe-se à tolerância, um fundamento da democracia, manifestando-se na crença de que apenas o pensamento do grupo extremista deve ser imposto aos demais, violando a diversidade e a pluralidade.
Busca por Privilégios: Grupos extremistas frequentemente buscam exercer seus direitos de forma a suprimir os direitos de outros, o que é incompatível com o princípio democrático da isonomia jurídica (todos têm os mesmos direitos fundamentais).
Uso de Violência: A violência é um método comum empregado por grupos extremistas para impor sua vontade sem debate, podendo levar a atos extremos.
Postura Anti-institucional: Frequentemente, os extremistas se colocam retoricamente contra as instituições e pontos do sistema representativo e pressupostos constitucionais.
Extremistas levam qualquer país a ruína. Mesmo a maior economia do mundo.

E assim caminha a humanidade

Imagem ; Portal Terra. .





 

 

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