segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Violência politica .

 A violência política refere-se a qualquer uso intencional de força, ameaça ou poder que vise prejudicar, limitar ou impedir o exercício pleno dos direitos políticos de indivíduos ou grupos, ou deslegitimar as causas que promovem. Pode assumir diversas formas, como agressões físicas, psicológicas, morais, sexuais e digitais. 

Tipos e Manifestações

A violência política se manifesta de várias maneiras, incluindo:

Agressões físicas: Atentados contra a integridade e vida de políticos, candidatos ou eleitores.

Ameaças e assédio: Ameaças de morte, estupro, intimidação e humilhação pública, muitas vezes direcionadas a candidatas e detentoras de mandato.

Violência política de gênero: Ações ou omissões baseadas no gênero que prejudicam os direitos políticos das mulheres, como a restrição da fala em debates, a ridicularização pública, a sub-representação em cargos de decisão e a fraude em cotas de candidaturas.

Violência digital: Uso de aplicativos e redes sociais para constranger, assediar, manipular imagens ou incitar ódio contra figuras políticas.

Danos materiais: Atentados contra bens e propriedades, como encontrar caixões em frente a residências de candidatos. 

Cenário no Brasil

A violência política é um problema grave no Brasil, que tem registrado um aumento expressivo de casos, especialmente em anos eleitorais. 

Aumento de Casos: Levantamentos recentes apontam um número recorde de casos de violência política e eleitoral em 2024, superando os anos anteriores. Entre janeiro e agosto de 2024, foram registrados 145 casos, com 76 assassinatos de lideranças políticas ao longo do ano.

Vítimas Frequentes: Mulheres, pessoas negras, indígenas e transgêneras são desproporcionalmente afetadas por essa violência, que tem como objetivo limitar sua participação no espaço público.

Contexto: O cenário é agravado pela intolerância política e, em alguns casos, pela influência do crime organizado nas instituições. Segundo a Jornalista, Mestra e Doutora Nadini de Almeida Lopes, no Oitavo e Ultimo Semestre da Habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM)

Confira o artigo do Prof. Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco  

Horário: Quinta-feira, das 13 às 16 horas 

Consultas: A combinar com o professor 

 

A Violência na Teoria Política (3 créditos) 

 

Prof. Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco  

Horário: Quinta-feira, das 13 às 16 horas 

Consultas: A combinar com o professor 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

om o intuito de promover uma reflexão sobre a natureza e os fundamentos da violência, investiga-se a 

tese segundo a qual o poder e a violência seriam fenômenos correspondentes. A concepção de que o 

fundamento do poder seja a violência é discutida à luz de distintas matrizes do pensamento político. Um dos 

eixos principais do curso propõe-se a uma investigação sobre a relação entre poder e violência. A partir da 

distinção conceitual entre esses dois conceitos, são estabelecidas as bases teóricas para a discussão de 

diferentes acontecimentos políticos, a exemplo de guerras, revoluções e movimentos sociais em distintos 

regimes.    

Pensar a violência sempre representou um desafio para a teoria política. A toda concepção política subjaz o 

irremediável problema da violência e de suas distintas formas de configuração. O curso tem por escopo 

examinar a forma pela qual a violência se manifesta em diferentes concepções políticas. Para tanto, convém 

analisar as distinções entre os conceitos de poder, política, conflito, e violência. Cabe, também, perscrutar a 

diferença entre os conceitos do político, da política, de antagonismo e agonismo articulados com o fenômeno 

da violência tanto em regimes ditatoriais quanto liberais ou democráticos. A violência é um fenômeno 

indissociável à reflexão política e suas diversas manifestações se relacionam com diferentes fatores, como o 

progresso técnico, a sociedade industrial, o controle da vida pelo poder, os estados de exceção, a globalização, 

a internacionalização do mercado financeiro, o Estado etc. A finalidade, portanto, é estabelecer diferenciações 

capazes de contribuir com o exame do papel desempenhado pela violência em teorias políticas cujo teor trata 

das condições de possibilidade da soberania do Estado e das diferentes manifestações das ações políticas na 

contemporaneidade.   

A violência é um fenômeno enraizado na dimensão do político cujo entendimento não pode prescindir de suas 

distintas formas de manifestação. A fim de compreender modos de configuração da violência política e 

apolítica, busca-se estudar sua relação com o Estado, a revolução, a luta de classes e pensar as diferentes 

formas de luta na contemporaneidade.   

Introdução 

1ª Sessão: A violência como fenômeno indissociável do pensamento político e a necessidade de 

estabelecer distinções entre poder (Macht) e violência (Gewalt)  

BENJAMIN, Walter. (2012), “Sobre a crítica do poder como violência”. In: O anjo da história. Belo 

Horizonte: Autêntica, pp. 59-82.   

Primeira Parte  Política, poder, tecnologia e violência 

2ª Sessão: Guerra, poder e política: a guerra como continuação da política por outros meios?  

CLAUSEWITZ, Carl von. (1996), Da guerra. (2ª ed.). São Paulo: Martins Fontes (primeira parte – livro I – A 

natureza da guerra, pp. 7-87).    

FOUCAULT, Michel. (1990), “Aula de 7 de janeiro de 1976”. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins 

Fontes, pp. 3-26.  

___. (1990), “Aula 14 de janeiro de 1976”. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, pp. 27-48.   

3ª sessão: Progresso técnico, violência e o cerne do político 

HANNAH, Arendt. (2009), Sobre a violência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.  

4ª sessão: Técnica, ciência, ideologia e política  

HABERMAS, Jürgen. (2011), Técnica e ciência como “ideologia”. Lisboa: Edições 70.  

5ª Sessão: O conceito do político X o conceito de conflito  

SCHMITT, Carl. (1993), Conceito do político. Rio de Janeiro: Vozes.  

SIMMEL, Georg. (1955), Conflict: the web of group-affiliations. Glencoe, Illinois: The Free Press, Chapter 

One: The Sociological Nature of Conflicts, pp. 13-55.  

6ª Sessão: Formas legítimas de violência, burocracia e tecnologias do poder   

WEBER, Marx. (2000), “Sociologia da dominação: estruturas e funcionamento da dominação.” In: Economia 

e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Ed. UnB, cap. IX, pp. 187-233. 

FOUCAULT, Michel. (1999), Vigiar e punir. Petrópolis, RJ: Vozes.  

7ª Sessão: Mutações da guerra  

SCHMITT, Carl. (2014), “A guerra com os modernos meios de aniquilação”. In: O Nomos da Terra. Rio de 

Janeiro: Contraponto, pp. 336-351.  

___. (2008), O conceito do político e teoria do partisan. Belo Horizonte: Del Rey.  

8ª Sessão: Espetacularização da violência: terrorismo e guerra 

VIRILIO, Paul. (1993), Guerra e cinema. São Paulo: Página Aberta.  

Segunda Parte – Revolução, violência e política 

9ª Sessão: Luta de classes e violência  

SOREL, Georges. (1993), Reflexões sobre a violência. Petrópolis, RJ: Vozes, 287p. 

10ª Sessão: Filosofia da História, política e revolução  

ARENDT, Hannah. (1990), Da revolução. (2ª ed.). São Paulo: Ática; Brasília: Ed. UnB, pp. 9-46.   

LENIN, Vladimir Ilitch [1917], “O Estado e a Revolução”. In: V. I. Lenine. Obras Escolhidas. São Paulo: Alfa

Ômega, pp. 219-305. 

Terceira Parte  Violência, totalitarismo e banalidade do mal  

10ª e 11ª Sessões: Direitos humanos e Estado totalitário 

ARENDT, Hannah. (1989), As origens do totalitarismo: anti-semitismo, imperialismo e totalitarismo. São 

Paulo: Companhia das Letras (parte II, 5, O declínio do Estado-nação e o fim dos direitos do homem, pp. 

300-336) e (parte III, 4, Ideologia e terror: uma nova forma de governo, pp. 512-531).  

___. (2007), O que é política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.  

12ª Sessão: Tecnologia do totalitarismo 

NEUMANN, Franz. (1966), Behemoth: the structure and practice of national socialism 1933-1944. New 

York: Harper & Row, pp. 37-61.  

13ª Sessão: Estado, exceção e violência   

AGAMBEN, Giorgio. (2007), Estado de exceção: homo sacer, II. São Paulo: Boitempo, 142 p.  

DERRIDA, Jacques. (2010), Força de lei. São Paulo: Martins Fontes.  

Quarta Parte  Soberania e biopoder  

14ª Sessão: Mutações da soberania e o biopoder  

FOUCAULT, Michel. (1990), “Aula de 17 de março de 1976”. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: 

Martins Fontes, pp. 285-331. 

15ª sessão: Formas de antagonismo e debate sobre o curso 

MOUFFE, Chantal. (1996), O regresso do político. Lisboa: Gradiva.  

___. (2005), On the political. New York: Routledge.  O artido do Prof. Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco  

Horário: Quinta-feira, das 13 às 16 horas 

Consultas: A combinar com o professor 

Confira a noticia no UOL                                 https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2025/11/02/violencia-politica-em-bangladesh-deixou-quase-300-mortos-desde-o-ano-passado.htm

E assim caminha a humanidade.

Imagem ; Site Oficial do Tribunal Regional do Paraná.







 

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