O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia
Civil do RJ prenderam nesta quinta-feira (7) Gabriell Neves, ex-subsecretário
estadual de Saúde, e mais três pessoas, segundo a reportagem de hoje no Portal
G1 da Rede Globo.
Além de Gabriell, foram presos Gustavo Borges da Silva e
Aurino Batista de Souza Filho -- o nome do quarto não foi divulgado,segundo
relata a reportagem.
O grupo é suspeito de ter obtido vantagens na compra
emergencial de respiradores para pacientes de Covid-19 no estado. Uma quinta
pessoa era procurada até a última atualização desta reportagem,de acordo com o
relato do Portal nesta quinta feira (7).
Aurino faz parte da A2A, uma empresa de informática que
ganhou contrato para fornecer respiradores,de acordo com o relato do Portal.
Neves foi exonerado pelo governador Wilson Witzel no dia 20
de abril justamente por suspeita de irregularidades -- os contratos
questionados somaram R$ 1 bilhão, entre respiradores, máscaras e testes rápidos
comprados sem licitação,segundo afirma o G1.
Equipes do Grupo de Atuação Especializada no Combate à
Corrupção (Gaecc/MPRJ) e da Delegacia Fazendária também cumprem 13 mandados de
busca e apreensão no Município do Rio de Janeiro,de acordo com o G1.
Á você que está me lendo eu digo: O patrimonialismo é a
característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do
público e os limites do privado. Foi comum em praticamente todos os regimes
autocráticos .
No Brasil, o patrimonialismo fora implantado pelo Estado
colonial português, quando o processo de concessão de títulos, de terras e
poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática
político-administrativa em que o público e o privado não se distingue perante
as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período colonial
(1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando mesmo à
República Velha (1889–1930) a confusão entre o público e o privado.
O patrimonialismo como traço histórico da sociedade
brasileira permanece na crença de que o poder político é a via de acesso ao
poder econômico. O patrimonialismo começou no Brasil quando os portugueses
proibiram a construção de escolas e universidades no Brasil,pois nosso país
servia apenas para enriquecer a coroa portuguesa.Ou seja: No período colonial
brasileiro não havia qualquer distinção entre o público e o privado.
A cultura
patrimonialista no Brasil começou no período colonial,quando o país foi
totalmente explorado pela coroa portuguesa. De certa forma,a mistura entre o
público e o privado começou no período colonial.
Historicamente o Brasil nunca conseguiu separar o publico do
privado na administração pública. Em todos os regimes governamentais, ainda que
o país tenha tido algum progresso com a revolução industrial, o Brasil nunca
conseguiu se livrar da praga patrimonialista herdada do período colonial.
Eu estive na Suíça e na Itália em 2013.Na Suíça há uma clara
distinção entre o público e o privado na administração pública.O parlamento
suíço funciona basicamente em três princípios fundamentais,transparência,educação
e igualdade. Na Suíça não existe espaço para as delinquências da corrupção que
temos no Brasil. Na Suíça os parlamentares tem custo praticamente zero e sabem
a diferença entre o publico e o privado.
O patrimonialismo brasileiro trabalha com a ideia de que o
poder político é o acesso ao poder econômico. Durante os 322 anos do período
colonial em que não tivemos escolas e universidades no Brasil, o patrmonialismo
começou a ser colocado como um meio de ascendência econômica no alto baronato.
O patrimonialismo impediu com que o Brasil tivesse de fato
fundado uma República em 1889. O termo “república” deriva do latim Res Publica
e significa, literalmente, “coisa pública”, isto é, aquilo que diz respeito ao
interesse público de todos os cidadãos.
No Brasil temos certamente uma República das Bananas. Sim
querido (a) leitor (a): O conceito republicano na sua absoluta essência não
trabalha com o principio de que o poder político é o acesso ao poder econômico.
A verdadeira estrutura republicana trabalha como os princípios de
transparência, educação e igualdade, valores absolutamente fundamentais do parlamento da
Suíça.
O Brasil é considerado uma das dez maiores economias do
mundo. Nosso paias tem potencial natural o suficiente para ser uma superpotencia.
Entretanto,talvez precisaria de uma grande revolução. O Brasil talvez precisasse
ser refundado para separar claramente o público e o privado na administração
pública.
A Suíça não é um país culturalmente patrmimonialista. Na
Suíça não existe espaços para crimes de colarinho branco como no Brasil. A
república suíça separa claramente os conceitos público e privado. Infelizmente
o Brasil nunca conseguiu resolver essa questão desde o inicio da sua história.
E assim infelizmente caminha a humanidade.
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