Um homem, de idade não divulgada, foi preso em flagrante,
nesta terça-feira (5), em Parapuã, por violência doméstica, ameaça lesão
corporal e posse ilegal de arma de fogo, com numeração suprimida. A vítima é
sua ex-mulher,segundo a reportagem de hoje do Portal G1 da Rede Globo.
A Polícia Militar foi acionada e informada sobre um
desentendimento entre casal e que o homem estaria em posse de arma de fogo.
Policiais foram até a casa da vítima e ela contou que estava em sua residência,
quando por volta das 17h seu ex-marido apareceu em sua rua e pediu para que
algumas crianças a chamasse,de acordo com o relato do veiculo.
A vítima atendeu ao chamado e foi até uma esquina para que
conversassem.
De acordo com a Polícia Militar, o homem exigiu que mulher
embarcasse em sua motocicleta e a levou para debaixo de um viaduto existente
nas proximidades, onde agrediu a vítima com socos, chutes e um pedaço de
madeira, deixando-a com lesões nos braços, pernas, cabeça e abdômen,segundo o
relato da reportagem nesta quarta feira (6).
Já eram cerca de 20h quando a mulher foi “liberada” pelo
ex-marido. Quando ela chegou em casa, seus familiares ligaram para a polícia,de
acordo com o que afirma o Portal.
A vítima ainda informou que, em seguida, o indivíduo
aparentemente havia retornado para a cidade de Bastos, onde reside atualmente,
e que ele possuía duas armas de fogo dentro de casa,segundo o G1.
Foi solicitado apoio das viaturas da cidade de Bastos e a
casa do indivíduo foi vistoriada. Ao averiguar a posse de armas, a PM encontrou
no guarda-roupas uma caixa com um simulacro de pistola e um revólver de calibre
38, além de nove munições também de calibre 38,de acordo com a reportagem do
Portal.
O indivíduo estava em casa e recebeu voz de prisão em
flagrante. Ele foi conduzido à Delegacia da Polícia Civil, onde foi registrado
o Boletim de Ocorrência com as naturezas de violência doméstica, ameaça, lesão
corporal e posse ilegal de arma de fogo,segundo cita o G1.
O homem permaneceu à disposição da Justiça.
O caso será investigado pela Polícia Civil.
Á você que está me lendo eu digo :Um tema muito espinhoso que
temos no Brasil é patriarcado que ainda temos no Brasil em pleno século 21.
A reflexão me veio novamente a mente pelo fato de eu ter tido
a oportunidade de visitar a Suíça e a Itália em 2013,e também pela noticia que foi destaque
nessa semana,com o goleiro Jean acusado de agredir sua esposa nos
Estados Unidos. Durante minha visita a esses dois países, eu pude questionar os
suíços e italianos que falavam português sobre o que é feminismo. Aliás, um,
questionamento que também fiz a alguns brasileiros informalmente.
Todos os suíços e italianos que eu entrevistei em 2013,me
disseram que o feminismo é um conjunto de movimentos
políticos,sociais,ideologias e filosofias que tem como objetivo direitos iguais
entre homens e mulheres em uma vivencia humana por meio do empoderamento
feminino,consequentemente,a libertação dos padrões patriarcais baseados nas
normas de gênero.
Bom meus queridos (as) leitores (as):Segundo o que estudei no
curso de Jornalismo no FIAAM FAAM nas aulas de atividades complementares
,segundo Maggie Humm e Rebecca Walker,a história do feminismo pode ser divida
em três fases.A primeira fase teria acontecido no século XIX,a segunda fase nas
décadas de 1960 e 1970 e a terceira fase na década de 1990 até os dias de
hoje,de acordo com um documentário da TV Cultura exibido durante o meu curso de
Jornalismo na FIAM.
A primeira fase do feminismo se refere a um período extenso
da atividade feminista que ocorreu durante o século XIX e inicio do século XX
no Reino Unido e nos Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na promoção
da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e
mulheres,na oposição da casamentos arranjados da propriedade de mulheres
casadas por seus respectivos maridos,de acordo com o documentário da emissora.
Podemos dizer historicamente, que nessa primeira fase do
feminismo, uma das grandes lutas das mulheres, foi contra o conceito do “ter”
e do “possuir” em relação aos corpos das
mulheres. O ativismo feminista passou a lutar contra o conceito do “direito” e
da “posse” dos homens em relação as mulheres em uma sociedade extremamente
machista.
Entretanto, no fim do século XIX,o ativismo passou a focar
principalmente na conquista do poder político,pois nessa primeira fase do feminismo,sempre
se afirmou que as mulheres não tinham a capacidade intelectual para o exercício
da atividade política. Também nessa primeira fase do feminismo, feministas como
Voltairine de Cleyre e Margaret Sanger já faziam campanhas pelos direitos
sexuais,reprodutivos e econômicos das mulheres nesta época.
No Reino Unido,as lutas das intelectuais feministas,teve como
resultado,a aprovação do direito ao voto para as mulheres acima dos 30 anos de
idade que possuíam uma ou mais casas. Em 1928,este direito foi estendido a
todas as mulheres acima dos 21 anos de idade.
A primeira fase do feminismo se concentrou basicamente na
luta contra o direito do “ter” e “possuir” dos homens em relação as mulheres em
uma sociedade extremamente conservadora.Nos Estados Unidos,líderes dos
movimentos e pensamentos intelectuais do feminismo,como Lucretia Mott,Lucy
Stone,Elizabeth Cady Stanton e Susan B Anthony,lutaram muito contra a
escravidão antes de defender o direito ao voto por parte das mulheres.
Susan B Anthony sempre lutou contra os conceitos do “ter” e
“possuir” dos homens em relação as mulheres.Susan sempre defendeu que a mulher
tinha pleno direito em relação ao seu próprio corpo,que ela via como um
elemento na prevenção de gravidez indesejada,através do uso do método contraceptivo.
Já no século XX,tivemos a segunda fase do feminismo.No século
XX,em alguns países europeus,as mulheres ainda não tinham direitos importantes.
As intelectuais feministas ainda lutavam pelo direito ao voto e da ascensão
econômica das mulheres.
Para você ter uma ideia leitor (a): Na Suíça,as mulheres
conquistaram o direito ao voto em eleições federais apenas em 1971 e no cantão de Appenzell Interior as mulheres
conquistaram o direito ao voto em questões locais apenas em 1991,quando o
cantão foi obrigado a fazê-lo pelo
Supremo Tribunal Federal da Suíça.
Entretanto, nessa segunda fase do feminismo, ainda tivemos
lutas das mulheres contra os valores patriarcais, como os conceitos da “posse”
e dos “direitos” dos homens em relação as mulheres. As intelectuais do
movimento feminista lutavam pela reforma dos direitos da família que davam aos
maridos o controle absoluto sobre as
suas esposas.Sim leitor (a): Para você ter uma ideia,as mulheres não podiam
viajar e nem abrir uma conta no banco sem autorização dos seus respectivos
maridos.Ou seja: Mais uma vez os conceitos do “ter” e “possuir” pesavam sobre
as mulheres.
A segunda fase do feminismo foi marcada pela abolição dos
direitos dos homens sobre as mulheres no século XX no Reino Unido e nos Estados
Unidos,embora em muitos dos países da Europa continental,as mulheres casadas
ainda tivessem poucos direitos.
Na França, as mulheres receberam o direito de
viajar,trabalhar e abrir contras em bancos sem a autorização dos seus maridos
apenas em 1965. Na segunda fase do feminismo,as mulheres lutavam, pela punição
dos maridos que estupravam as suas esposas.
A terceira fase do feminismo começou no começo da década de
1990, como uma resposta as alegadas falhas na segunda fase do movimento. O
feminismo na terceira fase visa contrapor ou evitar aquilo que vê como as
definições essencialistas da feminilidade feitas pela segunda fase.
A terceira fase do feminismo foi marcada pela luta das
mulheres pela educação e pela luta política para as conquistas das cotas
reservada as mulheres nos parlamentos. Na terceira fase do feminismo, as
intelectuais feministas passaram a lutar pela igualdade política, econômica e
intelectual entre os homens e as mulheres por meio de uma reforma política e
legal, sem necessariamente afetar a coletividade contemporânea.
Também tivemos grupos feministas mais específicos na terceira
fase, como o feminismo lésbico, que luta pelos direitos plenos das mulheres
homossexuais na sociedade. Como também tivemos o feminismo negro, lutando pela
ascensão intelectual e econômica das mulheres negras.
Bom caro (a) leitor (a):Mas,voltando ao inicio desse artigo.
Todos os suíços e italianos que eu entrevistei em 2013, me disseram que o
feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e
filosofias que tem como objetivos direitos iguais entre homens e mulheres em
uma vivencia humana por meio do empoderamento feminino, consequentemente, a
libertação dos padrões patriarcais baseados nas normas de gênero.
Já aqui no Brasil, eu ouvi comentários do tipo, ”as
feministas são mulheres mal amadas, que estão em guerra contra os homens”. Caro
(a) leitor (a): Em pleno século 21, ainda temos no Brasil,a lutas das mulheres
feministas da primeira fase do feminismo. Os casos de feminicidio que temos
tido no Brasil, revelam os conceitos patriarcais do “possuir” e do “ter” em
relação as mulheres.
Mesmo nos dias de hoje, o Brasil ainda não rompeu com
tradições patriarcais do “possuir” e do “ter” que ainda pesa muito sobre as
mulheres brasileiras. Apesar de alguns avanços, o Brasil ainda é um país
patriarcal e extremamente machista com relação as mulheres. A triste realidade
do patriarcado no Brasil, é que nosso país é um dos cinco países no mundo aonde mais se mata mulheres no mundo nos dias
de hoje.
Essa realidade se refere no conceito do “direito”, da
“posse”.No Brasil,ainda estamos nos atrasos da primeira fase do feminismo,aonde
se lutava contra o “possuir” e o “direito de ter “ em relação á
mulher,conceitos machistas que ainda persistem nos dias atuais. Precisamos
romper com esses conceitos patriarcais no Brasil para que tenhamos o direito de
construir uma sociedade melhor para as futuras gerações.
É inadmissível termos conceitos extremamente patriarcais em
um Brasil que é considerado uma das dez maiores economias do mundo. E assim
esse jornalista foca se despede de vocês queridos leitores (a).
E assim infelizmente caminha a humanidade.
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