quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A exclusão social no Brasil . Um marco da nossa história.

Um levantamento feito pelo Instituto de Estudos Avançados da USP revelou que 85% dos educadores do estado de São Paulo acreditam que os alunos estão aprendendo menos ou muito menos do que aprendiam antes da pandemia. A avaliação compara o atual formato de aulas mediado pela tecnologia com o modelo regular. A pesquisa foi realizada pelo programa USP Cidades Globais e contou com a participação de cerca de 19 mil professores da rede estadual, segundo a informação do Portal G1 da Rede Globo.
Apesar da percepção de baixo aprendizado, 62% dos entrevistados citaram sentimentos classificados como positivos. Para 30% as palavras desafio, aprendizado e inovação são as principais vantagens da nova metodologia de aulas. Cerca de 80% e 68% afirmam, respectivamente, que a atuação como docente e a Educação em sentido mais amplo vão mudar para melhor no período pós-pandemia, segundo a reportagem do Portal.
Para os pesquisadores responsáveis pelo estudo, essa percepção de defasagem na aprendizagem é significativa porque não depende da idade ou das etapas de ensino em que atuam os docentes. A desigualdade de acesso às aulas, o desinteresse dos estudantes, as dificuldades relacionadas à tecnologia e a insegurança sobre as mudanças são apenas alguns dos inúmeros fatores que podem ter afetado a percepção dos professores, segundo o estudo do programa USP Cidades Globais, segundo o relato do veiculo.
"A maior parte das respostas citava a preocupação com a dificuldade de acesso à tecnologia por parte dos alunos, como simplesmente ter um celular ou internet em casa, ou dominar o uso dos equipamentos. Além disso, muitos também apontaram que nem todos os estudantes têm a estrutura ou ambiente familiar necessários para fazer as atividades em casa”, disse Edson Grandisoli, do Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP), segundo o relato da reportagem na manhã de hoje.
“Embora a aprendizagem nesse período não esteja sendo efetivamente avaliada, isso precisa ser levado em consideração para que novas estratégias de ensino possam ser implementadas”, afirmou Grandisoli de acordo com o Portal.
O levantamento revelou também que embora 70% dos educadores sintam-se aptos a desempenharem suas funções durante a pandemia, a maior parte deles ainda se sente insegura. 30% dos educadores se disseram afetados de alguma forma pela pandemia, o que pode corresponder a cerca de 55 mil profissionais da rede de ensino de SP, de acordo com o G1 nesta quinta feira (12).
Medo, tristeza, insegurança, ansiedade, angústia e incerteza são os principais sentimentos associados à pandemia e somam 48,1% das respostas. Além disso, cerca de 53% dos entrevistados se consideram muito ou totalmente vulnerável a contrair o vírus causador da Covid-19, de acordo com a reportagem do veiculo.


Á você que está me lendo eu digo :A exclusão social é um neologismo que denota um processo caracterizado pelo afastamento de pessoas de todas as instâncias da vida social. Por ser, no entanto, um processo polissêmico e bastante subjetivo, dificilmente há um consenso sobre o que realmente seria a exclusão social. No contexto histórico, muitas vezes está intrinsecamente ligado ao capitalismo, sendo uma condição tardia ou falha de organização social que poderia ser evitada com políticas de inclusão social. Porém, outros autores e estudiosos defendem que não se trata de um produto capitalista, mas sim de uma condição da vida em comunidade e social.
Durante o período colonial, entre 1500 a 1822, o Brasil foi colônia de exploração da coroa portuguesa. Durante esses 322 anos, os lusos proibiram completamente a construção de escolas e universidades no Brasil. Os brasileiros mais abastados iriam estudar no exterior, enquanto os demais brasileiros ficavam a mercê da exclusão e da desigualdade. Ou seja: A própria história do Brasil ajuda a explicar a desigualdade educacional que temos no país.
De certa forma, a pandemia do corona vírus, apenas potencializou a exclusão educacional que sempre marcou a história do Brasil. E para piorar, ainda temos bolsonaristas irresponsáveis, que querem aumentar a exclusão social que temos potencialmente no Brasil, como uma forma de hierarquia social. 
Os países da Europa são as potencias que são devido ao alto índice educacional que temos nesses países. Uma população com alto índice educacional, se torna  mais produtiva economicamente. O Brasil ainda tem um alongo caminho a percorrer. Algo que levará séculos talvez.

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Portal G1 da Rede Globo.



Professor ministra aula online durante a pandemia em São Paulo. — Foto: Reprodução EPTV/Paulo Chiari

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