quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

O drama humanitário no Estado do Amazonas.

 "Em questão de 48h, 72h, esgotamos os leitos da rede particular de UTI, de enfermaria, e de internação. A gente está se virando como pode para receber os pacientes com Covid. (...) Muitos, muitos casos novos. E que infelizmente estão evoluindo para uma necessidade ventilatória mais avançada. É devastador não ter material suficiente, não ter leito para esse pessoal esperar (...)".

É desse jeito que começa o desabafo do médico Filipe Shimizu enviado ao G1. Nas redes sociais, um vídeo em que ele também aparece relatando a situação da pandemia no Amazonas neste fim de ano viralizou.

Com aumento de casos e internações por Covid, familiares de pacientes e funcionários também relatam a lotação e o clima tenso nas unidades. Até esta segunda (28), mais de 5,1 mil pessoas haviam morrido com a Covid, e mais de 600 encontravam-se internadas.

Filipe Shimizu é clínico geral e trabalha na linha de frente da pandemia do coronavírus. No vídeo, ele fala sobre o aumento no número de internações e óbitos, e narra as dificuldades vividas pela classe médica.

Em cinco minutos de desabafo, Filipe chega a se emocionar em alguns momentos e pede para que a população fique em casa, a fim de evitar uma piora no quadro da pandemia na cidade.

O médico compartilhou, ainda, alguns relatos de casos vividos durante esse período. Segundo ele, não existem palavras para descrever a tristeza de olhar para uma paciente e dizer se ela vai ou não acordar da entubação ou dar uma notícia de óbito para uma família.

Filipe também explicou que, com o agravamento da Covid-19 nos hospitais, criou-se um clima de hostilidade com a classe médica frente à demora nos atendimentos.

Por fim, o médico fez um apelo para que as pessoas fiquem em casa e só saiam para o extremo necessário. Ele também disse temer os reflexos da pandemia no futuro.

"Fiquem em casa, pelo amor de Deus. Só saiam para o extremamente necessário. [...] A Covid tá voltando com tudo, numa velocidade assustadora e eu tenho medo do futuro, dos reflexos da pandemia, do que ela pode gerar de resistência bacteriana, de bactérias resistentes a alguns antibióticos prescritos de maneira equivocada por colegas médicos, tomados de maneira equivocada pelas pessoas. Enfim, a única forma de combater isso é permanecer em casa, se cuidando, principalmente cuidando dos outros. Não tem mais leito, não tem mais UTI, não tem mais corredor", concluiu.

O número de pessoas vítimas da Covid-19 não para de crescer no estado. Na segunda-feira (28), o Amazonas registrou mais de 196 mil casos da doença e mais de 5 mil mortes.

Segundo a Prefeitura de Manaus, a média de enterros aumentou de setembro para cá, com a flexibilização das medidas de isolamento: de 30 pulou para cerca de 45 sepultamentos diários.

Mesmo com o aumento das vítimas, o governo do estado publicou um decreto que autoriza a reabertura do comércio não essencial. A decisão foi tomada depois de uma onda de protestos contra o fechamento de lojas durante o fim de semana.

Segundo o governo, dos 11 hospitais particulares da capital, sete estão com 100% dos leitos de UTI ocupados. Já os hospitais públicos estão com mais de 90% de taxa de ocupação de leitos.

No domingo (27), houve o registro de 95 novas hospitalizações em um único dia no estado. Em Manaus foram 88. Esse é o maior número de internações em um único dia desde o dia 15 de maio, quando foram registradas 82 hospitalizações.

Nesta terça-feira (29), dois hospitais de Manaus voltaram a montar tendas externas para triagem de pacientes. O objetivo das estruturas montadas nos prontos-socorros 28 de Agosto e Platão Araújo é melhorar o fluxo e agilizar o atendimento nos casos de urgência. Essas tendas já tinham sido usadas em unidades de saúde da capital amazonense no pico da pandemia, em abril e maio, quando o estado passou por colapsos nos sistemas de saúde e funerário. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã desta quarta feira (30).


Á você que está me lendo eu digo : O drama humano na linga portuguesa é um conjunto de significados dolorosos, difíceis ou tumultuados que pode ser algo que aflige. O drama humano é algo que causa muita dor e muito sofrimento a uma determinada coletividade existente no cotidiano.
Minhas sinceras condolências ao povo do estado do Amazonas. O estado amazonense tem vivido um drama humanitário com o avanço da pandemia do novo corona vírus no Brasil. No começo  da pandemia, entre Abri e Maio, o estado do Amazonas viveu um drama humanitário sem precedentes.
O Brasil se ressentiu de uma ação coordenada entre as autoridades publicas brasileiras no combate a pandemia no Brasil. O Governo Federal remou para um lado, enquanto Governadores e Prefeitos remaram para outro.
Espero sinceramente que o estado do Amazonas consiga se reerguer deste drama humanitário terrível vivido pelo povo amazonense. O Amazonas não é um estado rico, e sendo assim, teve poucos recursos no combate a pandemia no estado.
O drama humanitário vivido pelo estados do Amazonas apenas nos mostra o quanto é importante execremos o nosso voto com total consciência cívica. Ao eleger nosso representantes, estamos colocando o destino das nossas vidas e também destino das vidas dos nossos semelhantes. Minhas sinceros sentimentos ao povo amazonense.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Portal G1 da Rede Globo.








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