terça-feira, 12 de janeiro de 2021

A inflação e a desvalorização econômica no Brasil.

 O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, fechou 2020 a 4,52%. Esse é o maior nível para um ano desde 2016, quando foi de 6,29%. Em 2019, a inflação foi de 4,31%.

O resultado ficou acima do centro da meta do governo para o ano passado, que era de 4%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,5%) ou para cima (5,5%).

Em dezembro, a inflação acelerou para 1,35%, após ficar em 0,89% em novembro. Foi a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e a maior para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.

Quando a pandemia se abateu sobre a economia, provocando a recessão global, o IPCA chegou a registrar taxas negativas. Com as atividades paradas, os preços, especialmente de serviços, despencaram nos primeiros meses de isolamento social. Todas as previsões apontavam, na época, para um IPCA abaixo da meta do BC no ano passado.

O cenário virou a partir de meados do ano passado. Com a concentração da demanda em itens básicos e a alta do dólar, os alimentos para consumo no domicílio começaram a encarecer rapidamente. Além disso, o cenário foi influenciado pelo pagamento do Auxílio Emergencial.

A alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas pesou no bolso dos brasileiros em 2020. O aumento —o maior desde 2002 (19,47%).

Os preços do óleo de soja (103,79%) e do arroz (76,01%) dispararam no acumulado do ano passado. Outros itens importantes na cesta das famílias também tiveram altas expressivas:

leite longa vida (26,93%); frutas (25,40%); carnes (17,97%); batata-inglesa (67,27%) e tomate (52,76%).

Em dezembro (1,74%), os alimentos apresentaram desaceleração frente ao mês anterior (2,54%). Contribuíram para isso a queda nos preços do tomate (-13,46%) e as altas menos intensas nos preços das carnes (3,58%), do arroz (3,84%) e do óleo de soja (4,99%), cujas variações em novembro haviam sido de 6,54%, 6,28% e 9,24%, respectivamente.

Por outro lado, as frutas passaram de 2,20% para 6,73%.

A inflação do ano passado também foi puxada pelo grupo Habitação (5,25%). De acordo com o instituto, a alta foi puxada pelo aumento da energia elétrica (9,14%).

No mês passado, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu adotar bandeira vermelha - uma taxa extra na conta de luz para compensar o maior uso de usinas térmicas, mais caras. A taxa adicional no custo da eletricidade foi anunciada no início de dezembro e, portanto, já estava na conta dos economistas antes do anúncio do IPCA do mês.

Os artigos de casa também pesaram mais, afirmou o IBGE, por causa do efeito dólar sobre os preços dos eletrodomésticos, equipamentos e artigos de TV, som e informática.

Em conjunto, alimentação e bebidas, habitação e artigos de residência responderam por quase 84% da inflação de 2020.

Os Transportes, que têm segundo maior peso na composição do IPCA, fecharam o ano com alta de 1,03%.

"Tivemos quedas fortes, em abril e maio, por conta do preço da gasolina, que fechou o ano em queda (-0,19%), apesar das seis altas consecutivas de junho e dezembro. As passagens aéreas tiveram uma queda de 17,15% no acumulado ano, ajudando a puxar o resultado para baixo", afirmou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE.

Segundo o IBGE, a alta dos preços em 2020 foi generalizada em todas as 16 localidades pesquisadas. O município de Campo Grande (6,85%) teve a maior variação do ano, por conta das carnes e da gasolina. Em seguida, acima da média nacional (4,52%), ficaram.

Rio Branco (6,12%), Fortaleza (5,74%), São Luís (5,71%), Recife (5,66%), Vitória (5,15%), Belo Horizonte (4,99%) e Belém (4,63%).

Por outro lado, o menor índice ficou com Brasília (3,40%), com quedas nos preços das passagens aéreas (-20,01%), dos transportes por aplicativo (-18,71%), dos itens de mobiliário (-7,82%) e de hospedagem (-6,26%), informou o instituto.

Desde que o encarecimento dos alimentos entrou no radar em meados de 2020, economistas vêm apontando para o caráter temporário da alta. Mesmo que a inflação de alimentos venha se prolongando - o que afeta, sobretudo, as famílias mais pobres -, esse caráter temporário segue no cenário dos analistas. O mesmo vale para a conta de luz, já que a taxa adicional da Aneel se deve ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas por falta de chuvas.

Tanto que, para 2021, as projeções apontam para um IPCA anual de 3,30%, diante de uma meta do BC mais baixa que a deste ano, de 3,75%, com a mesma margem de 1,5 ponto. A informação é do Jornal Estado de São Paulo, na manhã desta terça feira (12).


Á você que está me lendo eu digo : A Inflação é o nome dado ao aumento de produtos e serviços.  A inflação se calcula pela média dos preços, que são chamados de índices de inflação.
Na economia, a demanda é a procura dos consumidores por determinados serviços ou produtos por determinado preço de mercado. O importante é ressaltar que demanda não significa consumo. Memso com a procura por determinados serviços, as pessoas podem não consumir por determinados motivos. Como por exemplo, a alta dos preços no mercado.
A importação é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer determinado serviço ou produto para o pais de referencia.
A exportação é a saída de bens e produtos comerciais do pais de origem para o mercado externo. A pandemia teve efeitos econômicos devastadores no Brasil.
A desvalorização do real aumentou a demanda de exportações dos nossos produtores de alimentos. A demanda excessiva do mercado externo somada a alta do dolar, aumentou os custos para os nossos produtores de alimentos. Assim, passamos ter a alta nos alimentos nos nossos supermercados.
Para voce ter uma idéia leitor (a). Na manhã desta terça feira (12), o dólar está custando R$ 5,47 centavos no Brasil. A alta do dolar vai aumentar os custos de produção de alimentos e serviços, e a alta do custo de produção, será repassada aos consumidores com o aumento dos preços. Por isso leitor (a), a vacinação em massa é fundamental no Brasil.
A economia brasileira precisa retomar o crescimento. E isso somente será possível com a vacinação leitor (a).

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Site Capital Research 




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