quarta-feira, 10 de março de 2021

A polarização no Brasil.

 Erra quem pensa que a decisão de Edson Fachin que tornou o ex-presidente Lula elegível agradou ao Palácio do Planalto.

Bolsonaro e assessores foram pegos totalmente de surpresa pela manobra do ministro do Supremo Tribunal Federal, que chegou ao Palácio pela imprensa. Entre ministros militares próximos ao presidente, a reação foi de espanto e preocupação. Desta vez, nem as habituais galhofas que costumam acompanhar os comentários sobre adversários do ex-capitão foram ouvidas nos gabinetes do terceiro andar. A notícia de que a "jararaca" poderia estar de volta ao páreo trouxe um clima soturno ao Palácio.

Lá, a avaliação até ontem era que o PT iria de Fernando Haddad —e que Haddad não iria muito longe. Os olhos dos assessores presidenciais estavam voltados para o nome que poderia unir o centro, captando forças da direita e da esquerda para fazer frente a Bolsonaro.

Mas com Lula no radar tudo muda de figura.

Entre os aspectos benignos considerados pelo Planalto na nova configuração está o de que a provável candidatura do ex-presidente petista, dono de rejeição maior que a de Haddad, pode trazer de volta ao colo de Bolsonaro parte dos seguidores de classe média que ficaram pelo caminho. Como lembra um assessor, "os moristas, por exemplo, não engolirão Lula".

A desvantagem é o aumento do risco de derrota.

Haddad, ex-prefeito de São Paulo, é um candidato bem mais fácil de vencer do que Lula (foi fartamente lembrada ontem a pesquisa do Ipec, Inteligência em Pesquisa e Consultoria, publicada no último fim de semana dando conta de que, entre dez nomes de presidenciáveis lembrados por eleitores, o do ex-presidente é o único que supera o de Bolsonaro em aceitação).E, se na classe média e média alta, a ideia da volta da "jararaca" pode fortalecer Bolsonaro, o mesmo não necessariamente ocorre nas classes D e E.

É lá que, desde a primeira rodada do auxílio emergencial, encontra-se boa parte dos eleitores de Bolsonaro. E é esse segmento que o ex-capitão será forçado a dividir com Lula caso a candidatura do petista se confirme.

Nessa disputa, Bolsonaro encontra-se em franca desvantagem. Hoje, o que o presidente tem a oferecer aos eleitores mais pobres é um país em que o preço do feijão aumenta a cada dia e o valor do auxílio emergencial encolhe para menos da metade.

Já a imagem de Lula continua associada aos tempos de bonança. Antes do Bolsa Família, o Nordeste chegou a ter 66% de sua população vivendo abaixo da linha de pobreza. Entre 2003 e 2013, a região teve um índice de crescimento de 4,1% ao ano, quase um ponto percentual acima do crescimento do país. Em 2012, a economia local cresceu o triplo da brasileira. Difícil esquecer o quanto esses números significam quando eles se traduzem em comida na mesa.

Na fotografia de hoje, portanto, Bolsonaro oferece um país mergulhado numa crise sanitária e econômica e Lula acena com a promessa da volta dos bons tempos.

Como a nostalgia quase sempre é superior à realidade, o risco é o de que o ex-capitão passe a competir com o petista em "bondade", ou seja, gastança — caso em que só restará aos brasileiros apertar os cintos para suportar as turbulências populistas que devem vir por aí. O relato é da Jornalista THAÍS OYAMA, no Portal UOL, na manhã desta quarta feira (10).


Á você que está me lendo eu digo : Analisemos as correntes politicas do momento polarizado do país. O bolsonarimso é uma corrente de politica de extrema direita, no alto grau do aspecto do direitismo na corrente ideológica.
A extrema direita bolsonarista tem total desprezo por politicas progressistas da social democracia, se apegando ao conceito de superioridade hierárquica de determinados grupos sobre outros. O bolsonarismo aceita a ideia de promover politicas genocidas contra grupos considerados inferiores, em nome do conceito de "seleção natural" entre os indivíduos. 
A Social Democracia Institucional é uma corrente politica de centro esquerda. A Social Democracia Institucional é uma corrente politica que prega regulamentação econômica, envolvendo a classe trabalhadora, sindicatos e os donos do capital, em nome de uma politica de renda sustentável para toda a sociedade, visando uma politica de bem estar coletivo em um sistema  de mercado capitalista.
Os Sociais Democratas Institucionais, na sua essência, são totalmente contrários a regimes autoritários e radicalismos políticos, que possam atentar contra o  estado de direito. Sim leitor (a). A Social Democracia Institucional, é o pilar politico central  dos partidos da esquerda atual no Brasil leitor (a). Conforme eu disse ontem, temos uma polarização entre os Sociais Democratas Institucionais e a Extrema Direita.
O centrismo se baseia no conceito ideológico, dentro de uma coexistência da direita e a esquerda no espectro politico. Se para alguns, somente existem a direita e a esquerda no espectro politico. Os estudos científicos apontam, que dentre os conceitos de direita e a esquerda, existe a visão centrista, utilizada por indivíduos moderados no campo politico.
Um partido de centro, teoricamente, não é um capitalista extremado, nem um socialista. Os centristas defendem a economia liberal. Ao mesmo tempo em que defendem aspectos da Social Democracia Institucional dos partidos da esquerda contemporânea.
Contudo, PSDB e MDB, teoricamente partidos de centro, migraram para a centro direita, após serem sangrados pela Lava Jato ( A centro direita, é uma direita moderada, descrevendo posições liberais capitalistas, ainda baseadas no conceito da hierarquia social capitalista. ) . Ou seja leitor (a). A politica brasileira ainda segue com a polarização entre os Sociais Democratas Institucionais e a Extrema Direita.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Dicionário On line de Português. 


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