sábado, 26 de junho de 2021

A luta pela igualdade entre homens e mulheres.

Uma mulher que matou o homem que a submeteu a anos de estupros e abusos foi condenada pelo júri, em julgamento na França, por assassinato premeditado. Mas ela não terá que passar mais tempo na cadeia.

O júri do tribunal de Chalon-sur-Saône, região central da França, deliberou por cinco horas na sexta (25) antes de rejeitar o argumento da defesa de Valerie Bacot de que ela não estava mentalmente sã no momento em que matou Daniel Polette.

Apesar de condenar Bacot por assassinato, a Justiça aplicou uma pena de prisão que pode ser totalmente abatida do período em que ela ficou provisoriamente presa. Com isso, Bacot deixou o tribunal em liberdade.

Abuso desde criança

Valerie Bacot tinha apenas 12 anos quando Daniel Polette, na época companheiro da mãe dela, começou a estuprá-la. Ele foi preso, mas depois voltou para a casa da família e supostamente retomou o abuso.

Bacot alega que Polette a forçou a se casar com ele. Eles tiveram juntos quatro filhos.

Bacot admite ter assassinado Polette em 2016, mas mais de 600 mil pessoas assinaram uma petição pedindo sua libertação.

Ela diz que atirou no marido durante um encontro em que ele a teria forçado a trabalhar como prostituta.

Bacot escondeu o corpo com a ajuda de dois de seus filhos, mas foi presa em outubro de 2017 e confessou o assassinato.

O julgamento ocupou grande espaço no noticiário na França e tem estimulado o debate público sobre a violência contra as mulheres.

O caso tem semelhanças com o de outra mulher francesa – Jacqueline Sauvage – que foi presa por matar seu marido abusivo, mas mais tarde recebeu um perdão presidencial.

Os advogados de Bacot disseram que "a violência extrema que ela sofreu por 25 anos e o medo de que sua filha fosse a próxima" a levaram a cometer o assassinato.

No mês passado, foi lançado um livro sobre a história de vida da mulher de 40 anos, no qual ela dizia que vivia "com medo o tempo todo" e "precisava dar um basta".

Bacot diz que Polette, que era 25 anos mais velho do que a mulher, começou a abusá-la sexualmente quando ela tinha apenas 12 anos.

Ele passou dois anos e meio na prisão pelas agressões na década de 1990, mas depois voltou para a casa da família e a engravidou pela primeira vez quando ela tinha 17 anos.

Bacot diz que Polette se casou com ela e tornou-se fisicamente abusivo, mais tarde forçando-a a se prostituir.

Ela admite tê-lo assassinado com a própria pistola dele, após um incidente envolvendo um cliente em março de 2016.

Os promotores argumentam que o assassinato foi premeditado, enquanto a defesa afirma que Bacot sentiu que tinha que matá-lo para proteger a si mesma e a seus filhos.

"Essas mulheres vítimas de violência não têm nenhuma proteção", disse a advogada Janine Bonaggiunta à AFP. "O judiciário ainda é muito lento, pouco reativo e muito leniente com relação aos perpetradores, que podem continuar a exercer seu poder violento."

"Isso é precisamente o que pode levar uma mulher desesperada a matar para sobreviver."

O julgamento foi realizado em Chalon-sur-Saône, na região central da França, a cerca de 165 km ao norte de Lyon. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã deste sábado (26).


Á você que está me lendo eu digo : Na primeira fase do feminismo, as mulheres lutavam contra os sentimentos de " ter" e "possuir" por parte dos homens. Na primeira fase do feminismo, as mulheres eram um objeto de posse da dominação masculina, não tendo direito ao trabalho, ao voto e tão pouco a viajar sem os consentimentos dos seus maridos.

A primeira fase do feminismo, lutava contra a dominação patriarcal dos maridos em relação as esposas. Na primeira fase do feminismo, as mulheres eram literalmente proibidas de trabalhar sem ter o consentimento dos seus respectivos maridos.

Na primeira fase do feminismo, as mulheres não tinham sequer o direito de abrir uma empresa ou partir para o empreendedorismo individual em uma sociedade majoritariamente conservadora.

O machismo se baseia na ideia da virilidade e da autossuficiência masculina na sociedade. No pensamento machista, o conceito intelectual se baseia na superioridade dos homens em relação as mulheres na sociedade.

O patriarcado se baseia no poder primário dos homens na sociedade. O patriarcado é um conceito filosófico que mantem os homens predominando sobre todos os cargos de liderança politica, baseado na autoridade moral, privilégio social e controle total sobre as mulheres e crianças.

A misoginia é ódio e a aversão dos homens as características e valores femininos. A aversão aos valores femininos se aplica com atitudes extremamente intolerantes e agressivas por parte dos misóginos, que visam a manutenção de desigualdades e hierarquia entre os gêneros. Ou seja. Os misóginos focam sua aversão aos valores femininos mantendo atitudes do machismo e do patriarcado.

O feminicidio é um crime de ódio baseado em questão de gênero. O Feminismo é um crime de ódio aonde a vitima é morta simplesmente por ser uma mulher. O feminicidio se caracteriza pelo ódio e aversão ao sexo feminino.

Na literatura moderna, o feminismo é um movimento intelectual que luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, por meio do empoderamento feminino. Muitos dizem que "infelizmente existe esse movimento feminista".

Contudo, como cidadão e jornalista eu digo. Ainda bem que esse movimento feminista existe. Ainda temos um longo caminho para rompermos com as estruturas do machismo e do patriarcado na sociedade. Ainda temos um longo caminho para rompermos com o " sentimento de posse" em relação as mulheres.

Por isso leitor (a), eu apoio o movimento  feminista. Os movimentos feministas devem continuar a luta intelectual pela igualdade de direitos. Feministas não são mocréias e tão pouco vadias. O feminismo envolvem mulheres com um altíssimo nível intelectual. 

A luta pela igualdade entre homens e mulheres ainda é árdua na sociedade.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Portal G1 da Rede Globo. 






 

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