terça-feira, 10 de agosto de 2021

Um pais extremamente xenófobo e racista.

O número de denúncias por discriminação racial recebidas pela Ouvidoria da Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo saltaram de 21 para 39 entre 1º de janeiro e 28 de julho de 2020 e deste ano. O aumento é de 86%, segundo levantamento do órgão obtido exclusividade pela GloboNews.

"Aumentou principalmente pelo nosso trabalho de divulgação da existência da Comissão Especial, da existência da legislação do estado de SP, que foi pioneiro de punição para quem pratica preconceito étnico racial. Este ano, 1 a cada 5 dias, a Secretaria recebeu uma denúncia de preconceito racial", explicou o secretário Fernando José da Costa.

De acordo com a Secretaria da Justiça e Cidadania, as denúncias são recebidas pela Ouvidoria por e-mail ou por telefone. A partir dos relatos enviados, a Comissão Especial - Discriminação Racial, órgão interno da Secretaria, avalia se abre ou não um processo administrativo para apurar casos de racismo. Esses processos podem ter como alvo tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas.

A GloboNews revelou na segunda-feira (9) que a Secretaria da Justiça e Cidadania decidiu abrir um processo administrativo para investigar o caso no qual um homem negro foi obrigado a tirar a roupa para provar que não roubou em um supermercado de Limeira (SP), na sexta-feira (6). "Existiam câmeras? As câmeras, em algum momento, detectaram ele colocando algum produto daquele estabelecimento comercial no corpo dele? É essa investigação que a gente vai fazer aqui administrativamente", completou o responsável pela pasta.

Segundo o registro policial, o homem foi abordado por dois seguranças que suspeitaram que o cliente havia furtado produtos da loja na tarde de sexta. O caso ocorreu na rede atacadista Assaí, que fica no Centro da cidade. Outros clientes filmaram trechos da abordagem e o momento em que ele tira a roupa. O Ministério Público do Estado de São Paulo também já investiga o caso por meio de um inquérito civil instaurado nesta segunda-feira.

Com isso, até momento, já há três investigações diferentes acerca do caso: um inquérito policial aberto pela Polícia Civil, o processo administrativo da Secretaria da Justiça e Cidadania e o inquérito civil do Ministério Público Estadual.

Mais de 200 processos em 11 anos

Desde 2010, a Secretaria da Justiça e Cidadania instaura e instrui processos administrativos por discriminação racial com base na Lei Estadual nº 14.187/2010, que regulamenta esse assunto. De lá para cá, houve 217 processos administrativos abertos com base nessa lei.

Em 2020, foram instaurados 21 processos administrativos. Em 2021, foram seis (até a presente data). Conforme determina a Lei, as sanções previstas no artigo 6º são aplicadas de acordo com a gravidade do caso, podendo a pessoa ser condenada em advertência, multa, suspensão e/ou cassação da licença estadual de funcionamento.

Racismo em Limeira

Um caso envolvendo um homem negro num supermercado em Limeira, interior de São Paulo, repercutiu nas redes sociais e levantou novamente a discussão sobre racismo estrutural. Na última sexta-feira (6) ele foi obrigado por funcionários da rede varejista Assaí a tirar a roupa para provar que não roubou produtos do estabelecimento.

O caso foi registrado inicialmente pela Polícia Civil como constrangimento ilegal, mas a delegacia informou que irá também apurar se houve crime de racismo ou injúria racial contra o metalúrgico Luiz Carlos da Silva, de 56 anos.

Outros clientes filmaram trechos da abordagem e o momento em que ele tira a roupa no supermercado, que fica no Centro da cidade 

Segundo a polícia, Luiz foi abordado por dois seguranças que suspeitaram que o cliente havia furtado produtos da loja na tarde de sexta. As imagens mostram o homem em um canto da loja, somente de cueca, muito nervoso. Ele começou a chorar e precisou ser acalmado pelos próprios funcionários.

A Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) também abriram investigações sobre o caso. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã desta terça feira (10).


Á você que está me lendo eu digo : A lei brasileira sobre crime de racismo, foi assinada em 5 de Janeiro de 1989, pelo então Presidente da República José Sarney.

A lei brasileira sobre crime de racismo, define a punição para os crimes resultantes de de discriminação ou preconceito de cor, raça, etnia, religião ou procedência nacional. A lei brasileira sobre racismo, diz que entre esses crimes, estão impedir o acesso de uma pessoa devidamente habilitada a um cargo público, ou negar emprego na iniciativa privada. A lei brasileira prevê, que tais crimes, podem render pena de dois a cinco anos de reclusão.

A lei brasileira preve que o crime de racismo é caracterizado por uma conduta discriminatória dirigida  a um determinando grupo ou coletividade. O crime de racismo não depende da representação da vitima, podendo a denuncia ser feita pelo Ministério Público.

A injuria racial é a ofensa á honra de uma pessoa. A injuria racial é uma ofensa que utiliza elementos com raça, cor, etnia, religião etc... A injuria racial pede uma representação da vitima. Isso segundo as informações sobre legislação brasileira, no meu livro sobre a Constituição Federal, do autor Guilherme Pena de Moraes.

O Preconceito de marca é aquele que se relaciona ao fato de outros indivíduos não aceitarem aquela pessoa, tendo relação com o aspecto da cor da pele, se parece muito com as agressões á pessoas obesas, observadas como “diferentes”.

O preconceito de origem se aplica um grupo que descende de negros, como por exemplo, os negros  e seus descendentes sofrem com o preconceito e os nordestinos e seus descendentes sofrem com a xenofobia. Ou seja, o preconceito de origem se aplica basicamente como xenofobia.

O Brasil é um pais extremamente racista. O Brasil é um pais racista e extremamente xenófobo. O preconceito e a intolerância coletiva, fazem com que o Brasil pratique ao mesmo tempo, os preconceitos de marca de origem na sociedade.

Como jornalista e cidadão, eu fico muito triste em viver em um pais racista. Os preconceitos de marca e origem praticados no Brasil, fazem com que o país não consiga cumprir o que já estabelece as leis brasileiras sobre discriminação de ordem racial.

Como jornalista e cidadão, eu fico muito triste, em vivem em um pais em que se torna normal, a pratica tão nefasta dos preconceitos de marca e de origem dentro do país.

Preconceitos raciais, seja de marca ou de origem, em nada combinam com os conceitos éticos e coletivos de uma sociedade coletiva. Essa é a triste realidade de um país extremamente racista. Um pais racista, aonde preconceito de marca e origem, são coisas tão banalizadas na sociedade. Muito triste isso.

E assim caminha a humanidade.  

Imagem : Revista Veja Saúde.





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