sábado, 5 de março de 2022

O preconceito de marca no Brasil.

 Um adolescente da escola estadual Prof. Antônio Brasílio Menezes da Fonseca, localizada em Suzano (SP), foi imobilizado por três policiais militares e depois algemado. O caso ocorreu no dia 23 de fevereiro, quarta-feira, e foi registrado em vídeo por estudantes da escola.

Os três policiais se utilizam de técnicas de imobilização para colocar o adolescente contra a parede no corredor da escola. Os demais estudantes pedem para os agentes de segurança pública não agredirem o aluno.

A co-vereadora da Bancada Feminista, Paula Nunes, se disse "indignada" diante das imagens. "O que mais me indignou foi não só tentar entender a razão pela qual isso aconteceu, e a polícia foi chamada, mas principalmente o que justificaria uma atitude dessas da Polícia Militar dentro de uma escola".

"Eu não consigo conceber a entrada de policiais militares dentro da escola, sem que haja autorização da direção da escola, assim como eu não consigo conceber que a direção da escola autorize uma ação dessa, com esse nível de constrangimento, dentro de uma escola pública estadual", completa.

Apeoesp, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, enviou um ofício com pedido de reunião com a direção da escola e a Secretaria Estadual de Educação para dialogar sobre o fato. O sindicato também almeja entender como a polícia militar entrou na instituição e se houve consentimento por parte da direção da unidade de ensino. A Apeoesp propôs uma reunião para o dia 2 de março, quarta-feira, mas não obteve retorno da direção da escola.

Em nota enviada à Alma Preta Jornalismo, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirma repudiar "toda e qualquer forma de violência e lamenta o ocorrido na EE Prof. Antônio Brasílio Menezes da Fonseca". O órgão diz que o aluno foi transferido para outra escola da região, por escolha da mãe.

A Secretaria também indica que a equipe do Conviva, programa de convivência e segurança da Secretaria, "está à disposição para dar suporte ao aluno, caso a família opte pelo recurso, e o caso foi registrado no Placon, sistema que monitora a rotina das escolas da rede estadual".

O órgão, contudo, não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre o responsável pela autorização da entrada da polícia militar no espaço, os procedimentos da PM para a entrada em escolas, e as razões para a ação dentro da instituição de ensino.

Questionada sobre as razões da intervenção policial e a avaliação da conduta dos agentes de segurança pública, a Secretaria de Segurança Pública afirma não ter localizado o Boletim de Ocorrência do caso. O órgão aguarda um retorno da Polícia Militar desde 26 de Fevereiro para dar um posicionamento oficial sobre o fato. A informação é do Portal Terra, neste sábado (05).








Á você que está me lendo eu digo : O movimento negro no Brasil corresponde a uma série de movimentos realizados por pessoas que lutam contra o racismo e por direitos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu primeiro artigo, diz que "todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
Movimentos sociais expressivos envolvendo grupos negros perpassam toda a história do Brasil. Contudo, até a abolição da escravatura em 1888, estes movimentos eram quase sempre clandestinos e de caráter específico, posto que seu principal objetivo era a libertação dos negros cativos. Visto que os escravos eram tratados como propriedade privada, fugas e insurreições, além de causarem prejuízos econômicos, ameaçavam a ordem vigente e tornavam-se objeto de violência e repressão não somente por parte da classe senhorial, mas também do próprio Estado e seus agentes.
Depois da abolição da escravatura o movimento negro continuou em suas ações reivindicatórias, sempre enfrentando resistências, repúdio e incompreensão de vários setores da sociedade, ocorrendo fases de avanço e outras de recuo. , de acordo com uma das aulas de conceito histórico  para horas de atividades complementares, que eu tive durante o curso de Comunicação Social  na FIAAM FAAM, com a professora, doutora  e socióloga Lilian Torres.
O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata, imposto pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa publicada em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos
Com a chegada dos escravos africanos, a sociedade brasileira dividiu-se em duas porções desiguais, semelhante a um sistema de castas, formada por uma parte branca e livre e outra parte negra e escrava. Mesmo os negros livres não eram considerados cidadãos. O racismo no Brasil colonial não era apenas sistêmico, vez que também tinha base legal. Para ocupar serviços públicos da Coroa, da municipalidade, do judiciário, nas igrejas e nas ordens religiosas era necessário comprovar a "pureza de sangue", ou seja, apenas se admitiam brancos, banindo negros e mulatos, "dentro dos quatro graus em que o mulatismo é impedimento". Era exigida a comprovação da "brancura" dos candidatos a cargos.
Basicamente leitor (a),existem dois tipos de discriminação racial, o preconceito de marca e o preconceito de origem.
O Preconceito de marca é aquele que se relaciona ao fato de outros indivíduos não aceitarem aquela pessoa, tendo relação com o aspecto da cor da pele, se parece muito com as agressões á pessoas obesas, observadas como “diferentes”.
O preconceito de origem se aplica um grupo que descende de negros, como por exemplo, os negros  e seus descendentes sofrem com o preconceito e os nordestinos e seus descendentes sofrem com a xenofobia. Ou seja, o preconceito de origem se aplica basicamente como xenofobia.
No Brasil o preconceito de marca é praticado há séculos, e esse tipo de preconceito racial ficou mais forte no nosso país, pelo conceito de “hierarquia social” que se estabeleceu após o fim da escravidão.
No conceito de “hierarquia social", existe o conceito de “branqueamento", sendo assim, o negro primeiro é discriminando por não ter o diploma superior. Entretanto, quando consegue, acaba sofrendo pelo conceito típico da “hierarquia sócial”,simplesmente pelo fato de ser negro.
A origem do preconceito de marca no Brasil se deu com o inicio da escravidão, quando os primeiros navios negreiros começaram a trazer negros  da África para serem comercializados no Brasil. Durante o período da escravidão, os negros eram tratados como “diferentes", devido a cor da sua pele, podemos dizer      que na época da escravidão, com os primeiros navios negreiros, começava a ser implantados o conceito da “hierarquia social” no Brasil.
O conceito da “hierarquia social” ficou ainda mais forte com os negros escravos trancados em senzalas, sendo impedidos de comer a mesma comida dos seus senhores. Mesmo  o final do período da escravidão  no Brasil com a lei áurea, não libertou os negros da “hierarquia social", o conceito mais perverso da escravidão.
O final do período da escravidão no Brasil acabou coincidindo com os primeiros passos da revolução industrial, os negros libertos já sofriam os primeiros conceitos da “hierarquia social”, pois no tempo em que eram escravos, não tiveram qualquer acesso á educação, e depois de libertos, não estavam preparados para a era da grande industrialização, então podemos dizer que a herança dos negros nos dias atuais começou naquele tempo.
A herança que a população negra no Brasil carrega é extremamente cruel, primeiro o negro é discriminando por não ter o diploma superior como os brancos. Mas, no entanto, quando finalmente obtém o diploma universitário, os negros sofrem com a discriminação, simplesmente por serem negros, esse é o preconceito de marca, praticado há séculos e que persiste até hoje no Brasil. de acordo com uma das aulas de conceito histórico  para horas de atividades complementares, que eu tive durante o curso de Comunicação Social  na FIAAM FAAM, com a professora. doutora  e socióloga Lilian Torres.

E assim caminha a humanidade. 

Imagem : Portal Terra. 




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