terça-feira, 17 de maio de 2022

A questão do PT.

 BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - PT e PSD superaram um dos principais obstáculos para a consolidação de uma aliança em Minas Gerais que irá oferecer ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva um lugar no palanque do ex-prefeito Alexandre Kalil no segundo maior colégio eleitoral do país.

O avanço das negociações se deu após os petistas mineiros cederem e abrirem mão de indicar o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) para a disputa por uma vaga ao Senado na chapa encabeçada por Kalil.

Em troca, o PT de Minas Gerais vai poder indicar o nome para a vaga de vice-governador na chapa. Ainda não há definição de nomes.

A disputa pelo Senado era o principal entrave para a aliança, pois o nome do PSD é o do atual senador Alexandre Silveira (PSD-MG), presidente do partido em Minas Gerais e secretário-geral nacional do PSD.

Silveira ainda é aliado próximo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e conta com apoio da bancada de deputados da sigla comandada por Gilberto Kassab.

Nos últimos dias, haviam até surgido rumores de que Silveira poderia aceitar convite para se tornar o líder do governo Jair Bolsonaro (PL) no Senado, uma movimentação que era vista nos bastidores como forma de pressionar o PT.

Na contramão, petistas chegaram a sugerir uma aliança com o atual governador de Minas gerais, Romeu Zema (Novo). Nos bastidores, no entanto, havia o entendimento de que PT e PSD precisam um do outro.

Ao mesmo tempo em que Lula busca palanque em Minas Gerais, as pesquisas de intenção de voto no estado colocam Kalil na segunda colocação.

Na última pesquisa da Quaest em Minas Gerais, Zema aparece em primeiro lugar, com 41% das intenções de voto. Kalil vem em segundo, com 30%. No entanto, quando recebe apoio do ex-presidente, o ex-prefeito de Belo Horizonte avança no levantamento.

Na corrida presidencial, a pesquisa em Minas Gerais traz Lula com 44% das intenções de votos no estado, contra 28% de Bolsonaro.

No início deste mês, Lula esteve em Minas Gerais e não se encontrou com Kalil devido ao impasse na possível aliança estadual entre PSD e PT.

Depois disso, em sabatina realizada pela Folha, o ex-prefeito de Belo Horizonte cobrou uma aliança formal entre os dois partidos.

"O que o candidato Alexandre Kalil quer é uma aliança formal com o presidente Lula. Isso eu quero deixar muito claro. Não tenho problema nenhum em andar com o presidente Lula", afirmou.

Os dois lados vão manter a negociação nos próximos dias para acertar os últimos detalhes e anunciar em breve um possível acordo. Dirigentes do PSD afirmam que a indicação para a vice em Minas Gerais não será uma carta-branca e caberá ao partido e a Kalil aceitarem a indicação.

Lopes foi escolhido para coordenar a campanha de Lula no estado e, assim, resolver o impasse com o PSD. "Vou desenhar o palanque que for melhor para a eleição do Lula em nome do Brasil", respondeu Lopes à Folha ao ser questionado sobre a possibilidade de ser vice de Kalil na disputa.

Como coordenador da campanha presidencial do PT em Minas Gerais, caberá a Lopes negociar a montagem do palanque pelo partido em interlocução com o PSD. O nome escolhido para compor a chapa com Kalil deverá ser de consenso entre os dois partidos.

Com o acordo iminente, Silveira deve novamente se afastar do Palácio do Planalto. O senador, que substituiu Antonio Anastasia, que deixou o Senado para uma vaga no TCU (Tribunal de Contas da União), foi convidado por Bolsonaro ainda em janeiro para ser líder do governo, mas acabou recusando.

Uma nova sondagem surgiu por parte de ministros bolsonaristas nos últimos dias, o que foi visto como uma aposta para afastar PT e PSD, tendo em vista as eleições de outubro.

Na quarta-feira da semana passada, Silveira chegou a ter uma reunião com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em uma sala da presidência do Senado.

O cargo de líder do governo segue vago desde dezembro do ano passado, após a renúncia de Fernando Bezerra (MDB-PE), que foi abandonado pelo governo e saiu derrotado na disputa por uma vaga no TCU.

Seguem como candidatos à vaga de líder do governo Marcos Rogérios (PL-RO) e o atual líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (PL-TO). A informação é do Jornal Folha de São Paulo.












Á você que está me lendo eu digo : O petismo é o movimento de simpatizantes e membros do PT ( Partido dos Trabalhadores) que se opões a falsidade demagógica dos partidos liberais de centro e centro direita, cujo o movimento por direitos econômicos e os direitos sociais dos menos favorecidos economicamente.
O surgimento do petismo se deu pela contestação de de militantes de oposição a Ditadura Militar no Brasil, iniciada em 1964, por sindicalistas intelectuais, artistas e católicos ligados a Teologia da Libertação. Contudo, em 10 de Fevereiro de 1980, o Partido dos Trabalhadores teve seu nascimento oficializado.
O PT integra um dos maiores movimentos de centro esquerda e esquerda da América Latina. Em Dezembro de 2021, o PT contava com 1.606.892 filiados, sendo o segundo maior partido político do Brasil, atrás apenas do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Na legislatura atual (2019-2022), o PT tem a segunda bancada na Câmara dos Deputados, atrás apenas do União Brasil (UNIÃO) e a quarta maior do Senado Federal, junto ao União Brasil (UNIÃO), Progressistas (PP) e Partido Liberal (PL), cada uma com 7 senadores.
O PT é um partido hegemônico nos campos de centro esquerda e esquerda. O PT tem uma expressiva bancada com 53 deputados federais e 85 deputados estaduais. Mesmo com a prisão do ex presidente Lula, o PT elegeu 04 governadores em 2018.
Mas, entretanto, o PT também sofreu com um antipetismo atípico nas eleições em 2018. O antipetismo atípico, foi um fardo muito pesado para o ex prefeito Fernando Haddad nas eleições de 2018.
O PT tem um eleitorado consolidado nos campos de centro esquerda e esquerda. Entretanto, ainda sofre com um antipetismo na classe média mais alta. Não por acaso, o ex presidente Lula, conhecendo muito a fundo o fenomeno antipetista , tem acenado ao centro, com o ex tucano e ex governador Geraldo Alckmin na sua chapa.
O PT sofre muito com o antipetismo fora da sua base eleitoral. O PT ainda padece com o antipetismo nas classes mais altas. Não por acaso, o ex presidente Lula já enquadrou a direção petista.
O PT é um partido muito forte nos campos de centro esquerda e esquerda. Mas, entretanto, o PT precisa se comunicar com outros campos nas redes sociais. Redes Sociais que são o reduto forte de Jair Bolsonaro (PL).
E assim temos o PT. Um PT que precisa acenar para conter o antipetismo fora do seu eleitorado de centro esquerda e esquerda. Este é o grande dilema do PT em 2022.

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Site Oficial do Partido. 



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