O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende abrir espaço para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na cúpula de sua campanha ao Planalto. A ideia é que o vice na chapa tenha protagonismo, indicando três nomes para a equipe de plano de governo e mais dois nomes para a coordenação política. Além do ex-governador, para reforçar o simbolismo de uma inflexão ao centro, a direção petista quer atrair nomes históricos do PSDB que permanecem filiados ao partido rival.
A ideia é arregimentar o apoio de tucanos que consideram prioridade uma aliança para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) mesmo que o PSDB mantenha candidatura própria ou se alie ao MDB e apoie oficialmente a senadora Simone Tebet (MS).
A chapa presidencial da aliança PT-PSB foi lançada sem que tenham sido apresentadas propostas claras para um futuro governo que conciliem as diferenças entre petistas e alckmistas. A busca por apoios entre os tucanos seria um meio de afastar a ideia de que o acordo com o ex-governador teria sido algo para “inglês ver”, uma mera aliança personalista.
PT e PSDB formaram a polarização hegemônica no período pós-redemocratização, com divergências principalmente sobre diretrizes econômicas. Lula defende a presença de Alckmin nas decisões da campanha para ter ao seu lado alguém que pense diferente dos companheiros e possa, segundo apurou o Estadão, adverti-los quando estiverem “fazendo bobagem”. De acordo com petistas, o núcleo da campanha terá dois grupos: uma coordenação executiva enxuta e uma coordenação-geral, com líderes de siglas aliadas.
“A expectativa é de que Geraldo tenha protagonismo na campanha, e não será só de fachada”, disse o advogado e coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, que integra o círculo mais próximo de Lula. Este grupo no entorno do petista deve ter, além de Alckmin, Luiz Dulci – que cuidará da agenda do candidato –, a deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann – coordenadora-geral da campanha –, Edinho Silva e Rui Falcão – que cuidarão da comunicação – e os ex-governadores Wellington Dias e Jaques Wagner, responsáveis pelos contatos políticos. Interlocutores de Alckmin confirmaram conversas com o PT para que ele esteja na cúpula da campanha.
Petistas e alckmistas também buscam atrair integrantes do PSDB que têm peso na opinião pública, acesso aos meios de comunicação e ao mercado. Esses nomes são apontados até como potenciais ministros ou colaboradores de um eventual governo: Aloysio Nunes Ferreira, José Aníbal, Marconi Perillo, Arthur Virgílio, Tasso Jereissati e Rodrigo Maia. Há esperança, ainda, de se contar com o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em um possível segundo turno da disputa prNa cúpula petista há um sentimento de resignação: integrantes da pré-campanha contabilizam o desconforto de terem menos espaço numa eventual gestão em troca da governabilidade. Já entre tucanos, além da resistência que veem em seus eleitores, há desconfiança sobre questões econômicas, como o compromisso do PT com responsabilidade fiscal e a divisão de atribuições no poder.
Mesmo assim, anteontem, o primeiro desses tucanos – Aloysio Nunes – assumiu ao Estadão o apoio a Lula já no 1.º turno. “O 2.º turno já começou e eu não só voto no Lula como vou fazer campanha para ele no 1.º turno”, disse ele à coluna da repórter Vera Rosa. Já houve encontros e conversas entre petistas e Aníbal e Jereissati.
O ex-governador de Minas Fernando Pimentel (PT) esteve com Lula na segunda-feira, em Belo Horizonte. “É difícil que o partido venha inteiro para nossa aliança, pois a legenda está nas mãos do (João) Doria e do Aécio (Neves)”, disse ele.
O apoio dos tucanos é visto também como forma de ajudar a reduzir resistências ao petismo na classe média e no eleitorado com maior escolaridade após os escândalos da Lava Jato e do mensalão. “São importantíssimos, ainda que o apoio seja a título pessoal”, destacou Pimentel. Quando prefeito de Belo Horizonte, ele fez acordo com o PSDB liderado por Aécio, mas a aliança na eleição municipal de 2008 fracassou. Para o petista, o apoio de Aloysio e outros tucanos pode indicar “participação em um futuro governo”. A informação é do Jornal Estado de São Paulo.
Á você que está me lendo eu digo : A Política é a geopolítica adotada pelos países visando administrar seus respectivos territórios. A Política é a ciência, enquanto direito, adotada pelos países para assuntos externos ( política externa) e assuntos internos (política interna). Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis participam da política na criação , elaboração e no desenvolvimento das leis. Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis, são participantes ativos na política, seja através do voto, do pensamento crítico e de sua militância política, por meio do sufrágio universal.
A Social Democracia é uma ideologia institucional, que apoia reformas econômicas no estado vigente, visando promover uma justiça social dentro de um sistema de mercado. A Social Democracia é uma política de centro e centro esquerda no espectro político, que envolve um estado de bem estar coletivo, incluindo sindicatos e regulamentação econômica, promovendo uma política de bem estar coletivo e uma democracia representativa. A Social Democracia é uma corrente originalmente de centro esquerda, que não atenta contra as instituições democráticas. A Social Democracia Institucional é o espectro politico base dos partidos de centro esquerda e esquerda no Brasil, PT, PDT, PC do B e PSOL. Os Sociais Democratas, na sua essência, são totalmente contrários aos radicalismos políticos, que ameacem a ordem democrática institucional com ideologias autoritárias contra o estado de direito.
A ciência politica aponta, que dentre os conceitos de direita e esquerda, existe o centro, a visão centrista. O centrismo se baseia dentre os conceitos de direita e esquerda no espectro politico. Os adeptos do centrismo, não são capitalistas extremados e nem totalmente socialistas. Os centristas são conhecidos por defenderem a economia de mercado, mas sem esquecer do lado social. Os centristas são conhecidos por serem pessoas conciliadoras e tolerantes no espectro político. Os centristas, na sua essência, também têm características sociais democratas na sua forma de governo.
A centro direita, também conhecida como direita moderada, descreve visões políticas apoiadas nos conceitos da hierarquia social da direita, mas em tese, mais próxima ao centro no espectro político, no espectro político mais moderado do que em variantes radicais da extrema direita. O liberalismo econômico ou liberalismo econômico é uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, rejeitando intervencionismo estatal, o que significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas pelas empresas e indivíduos e não pelo Estado ou por organizações coletivas. O liberalismo econômico é a característica de uma direita moderada, a chamada centro direita. Segundo a literatura do meu livro Opinião Pública, do autor Walter Lippmann.
O liberalismo social é um desenvolvimento do liberalismo tradicional no inicio do século XX. O liberalismo social, tal como o liberalismo tradicional, enxerga a liberdade individual como um objetivo central.
O liberalismo social enxerga a falta de oportunidades de emprego, falta de oportunidades na saúde, a falta de oportunidade na educação, como extremamente prejudiciais para a liberdade individual das pessoas. O liberalismo social enxerga o acesso das pessoas a educação, a saúde e o emprego, como fundamentais para a liberdade econômica de um país ou estado.
O liberalismo social, como o liberalismo econômico e social, é adotado por governantes de centro, centro direita e centro esquerda. O liberalismo social enxerga o acesso ao emprego e os serviços fundamentais do Estados, como algo fundamental para a liberdade econômica e das liberdades civis.
O liberalismo social enxerga o Estado como um moderador da liberdade econômica dentro do liberalismo econômico tradicional. O liberalismo social, dentro do liberalismo econômico, enxerga que o acesso dos cidadão nativos aos bens produzidos pelo Estado, é fundamental para a garantia da liberdade econômica tradicional, dentro do conceito clássico do liberalismo.
Contudo, no liberalismo social, o Estado não tem a obrigatoriedade de ser o total fornecedor do serviço público. O liberalismo social, prega que o Estado deve apenas garantir o acesso dos cidadãos aos serviços públicos essenciais, e isso independentemente da sua capacidade econômica.
O PT está no campo mais liberal dentro da Social Democracia. Os governos do ex presidentes Lula e Dilma Rouseff, foram governos sociais liberais, dentro do campo mais liberal de uma Social Democracia.
Entretanto, o ex presidente Lula é um político bastante perspicaz. O ex presidente Lula sabe perfeitamente do antipetismo que ainda existe na classe média tradicional no Brasil.
Sabendo do antipetismo na classe média, o ex presidente tem acenado para fora da sua base eleitoral, que se encontra nos campos mais liberais da Social Democracia.
O ex presidente Lula sabe que precisará driblar o antipetismo na classe média tradicional. E daí a sua tentativa de aliança com o ex governador Geraldo Alckmin.
Para driblar o antipetismo da classe média tradicional, o ex presidente Lula, de maneira pragmática, tem acenado para fora da sua base eleitoral, que se encontra na centro esquerda da Social Democracia.
Para vencer Jair Bolsonaro, o ex presidente Lula tem a seguinte leitura. Sendo um politico extremamente perspicaz, o ex presidente Lula sabe que a aliança com o centro, não aumentará seu capital político.
Mas, entretanto, sendo um político perspicaz, o ex presidente Lula sabe que uma aliança com o centro , lhe auxiliará a neutralizar o antipetismo na classe média mais alta.
E neutralizar o antipetismo na classe média alta, é absolutamente fundamental em uma eleição presidencial. E o ex presidente Lula, sabe perfeitamente disso, Lula sabe disso melhor do que ninguém.
Jair Bolsonaro tem uma base de apoio consolidada nas classes mais altas. O ex presidente Lula, sabe melhor que qualquer um de nós, que o antipetismo está justamente nas classes mais altas, justamente a base de apoio de Jair Bolsonaro.
O ex presidente Lula sabe, que para vencer Jair Bolsonaro, precisa conter o antipetismo nas classes mais altas. E daí a estratégia do ex presidente Lula em acenar ao centro.
O aceno ao centro, se faz absolutamente necessário, pois a extrema direita de Jair Bolsonaro (PL), tem uma base de apoio sólida. A realidade no Brasil de hoje, é absolutamente diferente dos tempos em que PT e PSDB exerceram a Presidência de República, nos mandatos dos ex presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
Na realidade do Brasil atual, existe uma extrema direita com enorme capacidade de mobilização. Na realidade do Brasil atual, existe uma extrema direita com enorme capacidade de mobilização nas ruas.
Na realidade do Brasil atual, existe uma extrema direita extremamente atuante nas redes sociais. E o ex presidente Lula, sendo inteligente como ele é, sabe perfeitamente disso, melhor do que qualquer um de nós.
E sabendo da enorme mobilização da extrema direita de Jair Bolsonaro (PL), o ex presidente Lula (PT), irá buscar o aceno ao centro, indo além do seu eleitorado Social Democrata.
E assim caminha a humanidade.
Imagem : Jornal Estado de São Paulo.
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