domingo, 22 de maio de 2022

Populismo ou não ? . Eis a questão.

 Em discurso para centenas de fiéis evangélicos na 28ª Marcha para Jesus em Curitiba, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a dizer que “só Deus” o tira da cadeira que ocupa e reforçou: “nosso exército é o povo brasileiro”. Sem citar o ministro Alexandre de Moraes, contra quem ajuizou notícia-crime por abuso de autoridade, Bolsonaro ressaltou que é sua função, como chefe do Executivo, “fazer com que todo aquele que esteja fora das 4 linhas” da Constituição “venha para dentro da mesma”.

O presidente acumula embates com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente com Moraes, a quem já chamou de “canalha”. Para ministros da Corte, as ameaças de Bolsonaro são parte de sua estratégia eleitoral.

No discurso em Curitiba, Bolsonaro voltou a falar sobre a liberdade - tema que invocou no encontro com o bilionário Elon Musk e se tornou ainda mais presente nos discursos do mandatário depois do perdão concedido ao deputado Daniel Silveira, condenado por ameaças à democracia e incitação à violência contra ministros do STF.

“Todos nós daremos a nossa vida pela nossa liberdade. Esse é o bem maior de um país que se diz democrático”, afirmou, do alto do carro de som. “É uma missão que eu tenho. E só Deus me tira daquela cadeira. Somos democratas, respeitamos a nossa Constituição. E é um dever meu, como chefe do executivo, fazer que todo aquele que esteja fora das quatro linhas da nossa Constituição venha para dentro da mesma”, disse.

Marcha para Jesus.

O presidente viajou para a capital paranaense na sexta-feira, 20, para participar da 28ª Marcha para Jesus. No início da manhã, ele se reuniu com líderes evangélicos no Teatro Guairinha, no centro da cidade. Em seguida, caminhou até a praça Santos Andrade e subiu no trio elétrico que deu início ao evento, onde seguiu por todo o percurso da marcha até a Praça 19 de dezembro.

Apoiadores exibiam bandeiras do Brasil e, entre elas, uma estampada com a palavra ‘liberdade’.

Na reunião com Musk, ontem, o chefe do Executivo disse que a possível compra do Twitter pelo magnata representa um “sopro de liberdade” para muitos usuários – Bolsonaro argumenta que a rede prejudica a liberdade de expressão com suas políticas de controle de conteúdo, e alega que correntes de pensamento à direita são especialmente atingidas.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a marcha em Curitiba é a primeira de uma série de grandes eventos evangélicos que Bolsonaro participará. Há previsão também de o presidente comparecer a um encontro semelhante ao da capital paranaense em Manaus (AM), no dia 28, e em Cuiabá (MT), em 18 de junho. A informação é do Jornal Estado de São Paulo.











Á voce que está me lendo eu digo : Populismo é um conjunto de práticas políticas que se justificam num apelo ao "povo", geralmente contrapondo este grupo a uma "elite". Não existe uma única definição do termo, que surgiu no século XIX e tem obtido diferentes significados desde então. Poucos atores políticos descrevem a si mesmos como "populistas", e no discurso político o termo geralmente é aplicado a outros pejorativamente. Em filosofia política e nas ciências sociais, diferentes definições de populismo têm sido usadas. O termo também é usado de forma variada entre países e contextos políticos diferentes.
Historicamente, o populismo tornou-se uma força importante na América Latina, principalmente a partir de 1930, estando associado à industrialização, à urbanização e à dissolução das estruturas políticas oligárquicas, que concentravam firmemente o poder político na mão de aristocracias rurais. No Brasil, a gênese do populismo está ligada à Revolução de 1930, que derrubou a República Velha oligárquica e colocou no poder Getúlio Vargas, que viria a ser a figura central da política brasileira até seu suicídio, em 1954. de acordo com a professora e historiadora Sandra Lima, durante o meu curso de Jornalismo na FIAAM FAAM.
Jair Bolsonaro nasceu de um sentimento de subversão da classe média a ordem nacional. Desde a sua redemocratização, em 1985, o Brasil sempre teve governos Sociais Democratas. Seja Sociais Democracias de centro ou centro esquerda.
A Social Democracia , é um espectro politico, que prega uma distribuição de renda sustentável a população em um sistema capitalista. A Social Democracia, encontrada em partidos de centro e centro esquerda, foca na distribuição de renda e bem estar social dentro de uma economia de mercado.
A Social Democracia, representada pelos campos de centro esquerda  e de centro, sempre regeu os governos de estado no Brasil desde a sua redemocratização. E nessa ordem Social Democrata Liberal, a classe média sempre esteve fragmentada entre os campos progressista e de centro.
A ascensão de Jair Bolsonaro, foi um subversão a ordem nacional vigente no Brasil. O ex capitão surfou na onda da aniquilação dos grandes partidos pela Operação Lava Jato. Governos populistas, nascem da descrença da população nos valores democráticos.
Os governos populistas se aproveitam de um sentimento de descrença para prometer um conceito imaginário de lei o ordem. O presidente Jair Bolsonaro, adotou um discurso subversivo, se vendendo a população como um politico fora das convecções da sociedade vigente, um típico outsider.
A demonização da politica, elege governos populistas, independentemente de corrente política. A demonização da politica, traz a esperança de um outsider para uma população. Ainda que o candidato tido como um outsider, seja na verdade, um governante extremamente arcaico.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Jornal Estado de São Paulo. 



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