sábado, 18 de fevereiro de 2023

Os pecados do verão passado.

 BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem repetido a aliados não querer enfrentar outro escândalo como o do mensalão ?principal caso de corrupção do primeiro mandato do petista e até hoje uma fonte de desgaste para o partido.

Lula tem feito a avaliação reservada a assessores próximos. Nessas conversas, ele pede empenho na fiscalização e controle do governo; e também destaca que todos têm responsabilidade no combate à corrupção.

Segundo pessoas que acompanham o petista, Lula tem demonstrado a intenção de consolidar sua biografia com o terceiro mandato à frente do Planalto, tentando se firmar como o líder popular que derrotou a extrema direita no país e reduzir o peso eleitoral que antigos casos de corrupção tradicionalmente impõem ao PT.

A pretensão do presidente, no entanto, pode esbarrar na aliança que ele firmou com o centrão, o que inclui a nomeação em postos-chave em empresas que já foram alvo de denúncias de irregularidades

Petistas reconhecem que corrupção é um flanco do partido. O tema, segundo membros da legenda, teve peso na votação apertada em outubro, quando Lula venceu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por 50,9% dos votos válidos contra 49,1%

A reportagem ouviu relatos de pessoas próximas ao presidente, que tiveram conversas reservadas com ele durante a formação do novo governo e no início da gestão.

Nas conversas, o presidente reconhece que houve erros nas gestões anteriores. Na opinião de aliados, o terceiro mandato é fundamental para que casos de corrupção como o mensalão se descolem da imagem de Lula.

Hoje com 77 anos, ele tem dito que não há espaço para erros nessa etapa da sua trajetória.

O mensalão foi um esquema ilegal de financiamento político em troca de apoio parlamentar no primeiro mandato de Lula (2003-2006). Foi revelado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. O discurso do presidente foi se ajustando ao longo do tempo até que ele passou a admitir os erros no governo, mas sem apontar culpados.

Adversários de Lula usam frequentemente denúncias de corrupção nos governos do PT em especial o mensalão e o petrolão? como munição para atacar o petista.

Na campanha de 2022, uma das principais estratégias de Bolsonaro foi associar Lula a casos de corrupção, esperando com isso aumentar a rejeição do petista. O ex-mandatário e aliados frequentemente se referem a Lula como "ex-presidiário", em referência aos 580 dias que o petista permaneceu preso em decorrência de condenação na Lava Jato ?posteriormente anulada.

Como resposta, a estratégia eleitoral do PT foi defender mecanismos anticorrupção criado nos governos Lula e Dilma Rousseff.

Durante a campanha, Lula foi questionado sobre o mensalão no Jornal Nacional. Na ocasião, ele insistiu no discurso de que o governo petista criou mecanismos de investigação que expuseram casos de corrupção.

Durante a campanha, Lula inclusive chegou a apresentar medidas de Dilma e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como suas. É o caso da Lei Anticorrupção, que responsabiliza empresas por crimes contra a administração pública, sancionada por Dilma em 2013.

Outro exemplo é a criação da CGU (Controladoria-Geral da União), fundada pelo tucano em 2001.

Hoje, esses dois instrumentos ?CGU e Lei Anticorrupção? devem ser usados para reforçar o sistema de fiscalização do governo. Uma ideia é ampliar a atuação do órgão de controle, que tem escritórios em todos os estados, em investigações da Polícia Federal.

Integrantes do governo Lula têm a visão de que, ao ampliar as investigações, haverá uma inibição a práticas ilícitas, além de aumentar as chances de acordos de leniência e denúncias de irregularidades.

Em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (16), Lula foi questionado sobre qual será o critério para decidir se um integrante do governo será exonerado ou não quando houver denúncia de irregularidades.

O presidente ressaltou a importância da CGU nesse processo.

"Para mim, todos, sem distinção, terão direito à presunção de inocência. Na hora em que houver uma denúncia, vamos ver internamente, através da CGU, a investigação [do caso] para saber se tem procedência a denúncia", declarou o presidente

Se tiver culpa, a pessoa simplesmente sairá do governo", completou.

Na mesma entrevista, ele minimizou o elo da ministra Daniela Carneiro (Turismo) com milicianos da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Para ampliar a base do governo, Lula tem feito negociações com o centrão e distribuído cargos em estatais, como a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), que é investigada por suspeita de corrupção em obras de pavimentação.

O governo petista também fez um acordo com Arthur Lira (PP-AL) para que parte da verba de ministérios seja usada para bancar emendas de deputados novatos que ajudaram a reeleger o presidente da Câmara.

Quando o esquema do mensalão foi revelado, Lula primeiramente insinuou em uma entrevista em Paris que o caixa dois eleitoral era disseminado entre partidos no país.

Semanas depois, pressionado, fez um pronunciamento ao lado de ministros dizendo que estava indignado com as "revelações que chocam o país".

Com o passar dos anos, mudou o tom. Em 2010, ainda como presidente, classificou a crise política vivida como uma "tentativa de golpe".

O Supremo concluiu o julgamento do mensalão em 2013, condenando 25 pessoas, incluindo o ex-ministro José Dirceu, coordenador da vitoriosa campanha de 2002. Entre os condenados, também estavam dois líderes de partidos hoje ligados ao bolsonarismo: Jefferson, do PTB, e Valdemar Costa Neto (PL).

Após anos longe dos holofotes, Dirceu tem sido reabilitado por lideranças do PT. No ato em comemoração aos 43 anos do PT, nesta semana, o ex-ministro recebeu uma saudação de Lula.

"Companheiros e companheiras, eu quero agradecer cada um de vocês, mulheres e homens. Companheiro José Dirceu, agradecer a você porque eu sei o quanto você foi solidário ao que eu passei. Quero agradecer a todos os presidentes do partido e aqui estou vendo a Gleisi e o Rui Falcão, José Dirceu e eu mesmo já fui presidente [do partido]", disse. A informação é do Jornal Folha de São Paulo.







Á  você  que está me lendo eu digo : O governo Lula, Teve como principais marcas a manutenção da estabilidade econômica, a retomada do crescimento do país e a redução da pobreza e da desigualdade social. O governo Lula registrou a maior média de crescimento do PIB em duas décadas, de em torno de 4,1%, e o crescimento total ficou em 32,62%. A renda per capita cresceu 23,05%, com média de 2,8%.[9] O crescimento foi puxado pela alta das commodities, a demanda doméstica, ajudada por programas como o Bolsa Família e a redução das taxas internacionais de juros.] Apesar do crescimento econômico, a produtividade não aumentou junto. Lula assumiu com a inflação em 12,53% e entregou a 5,90%. De acordo com os veiculos de imprensa no Brasil.
O PIB no Governo Lula apresentou expansão média de 4% ao ano, entre 2003 e 2010. O desempenho superou o do governo anterior, Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que mostrou expansão média do PIB de 2,3% ao ano. O número médio dos oito anos ficou, porém, abaixo da média de crescimento da economia brasileira do período republicano, de 4,55%, e colocou o Governo Lula na 19ª posição em ranking de 29 presidentes, conforme estudo do economista Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ.[57] Quando se divide o período por dois mandatos, a média foi de 3,5%, no primeiro (2003-2006), e de 4,5%, no segundo (2007-2010). De acordo com os veiculos de imprensa no Brasil. De acordo com os veiculos de imprensa no Brasil.
Após a posse de Lula, porém, um relatório do IBGE, do fim de novembro de 2007, afirmou que o governo do presidente Lula estaria fazendo do Brasil um país menos desigual. Com base no PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a FGV divulgou estudo mostrando percentuais comparando desde o ano em que Lula tomou posse. De acordo com os veiculos de imprensa no Brasil.
Nos governos do presidente Lula, o PT teve sim seus maiores acertos. Contudo, os governos do PT, também cometeram erros graves com corrupção.
Os escandalos do mensalão e do petrolão, ainda trazem um antipetismo muiuto forte. Antipetismo, que foi a causa da eleição aperatada em Outubro do ano passado.
O bolsonarismo ainda mantém sua força política. O bolsonarismo ainda mantem uma capacidade de mobilização, principalmente pelo discurso antipetista.
O petismo é movimento de esquerda dos simpatizantes e membros do PT (Partido dos Trabalhadores) que se opõe a falsidade demagógica dos chamados partidos neoliberais de centro e centro direita. O petismo se relaciona na luta por direitos económicos e sociais dos cidadãos menos favorecidos no campo económico.
O surgimento do petismo se deu pela contestação dos militantes de oposição a ditadura militar, que se iniciou com o golpe de 1964, por sindicalistas, intelectuais, artistas e católicos ligados a Teologia da Libertação. No dia 10 de Fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores teve seu nascimento oficializado.
Os pecados petistas no verão passado, como os escândalos do mensalão e do petrolão, ainda trazem um antipetismo na classe média alta, um eleitorado que se move do centro para a direita.
A classe média, em sua boa parte, ainda tem em mente os pecados petistas no verão passado. Pecados que não podem se repetir neste verão presente.
Confira a o ranking de partidos políticos no Brasil.https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_partidos_pol%C3%ADticos_do_Brasil


E assim caminha a humanidade.

Imagem : Revista Oeste.











 


 









 




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