segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Os projetos do governo de Jair Bolsonaro.


Segundo a matéria de hoje do Jornal Estado de São Paulo, a tese de que o Brasil vive uma fase de “semiparlamentarismo” encontra respaldo nos dados da Camara dos Deputados no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro.
Dos projetos votados em 2019,apenas 21 % tiveram como autor o Popder Executivo – a menor parcela,no primeiro ano de mandato desde o começo do governo Lula,em 2003,segundo afirma a reportagem do Estadão.
Analistas políticos começaram a falar em semiparlamentarismo quando diante da falta de articulação política do governo no legislativo,o presidente da Camara,Rodrigo Maia (DEM RJ),passou a definir a pauta de votações a revelia do Executivo,segundo afirma o Estadão na reportagem de hoje.
Em tese,o presidente da Câmara e os líderes partidários tem autonomia para escolher o que é ou não votado,Na prática,porém,o poder Executivo costuma impor sua agenda,segundo afirma a matéria de hoje no Estadão.
No ano inaugural do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva,por exemplo,68 % dos projetos votados eram de autoria do Executivo.No segundo ano,a taxa foi ainda maior: 86 %,segundo afirma a reportagem do Estadão.
O predomínio do governo se manteve no primeiro ano de Dilma Rouseff: 59 % dos projetos votados eram da autoria do Executivo.No segundo mandato,porém,a então presidente perdeu o comando da Câmara: apenas 26 % das propostas vieram do Palácio do Planalto,segundo cita o Estadão na reportagem de hoje.
Á você que está me lendo eu digo : Política politikos, significa " de, para, ou relacionado a grupos que integram a Pólis  denomina-se a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; a aplicação desta ciência aos assuntos internos da nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância,segundo uma reportagem  que eu vi na TV Cultura..
                     
A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em Pólis (cidades-estado), nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas europeias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência dos Estados",segundo a reportagem que eu assisti na TV Cultura.

O termo política é derivado do grego antigo  (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à Pólis, ou cidade-Estado grega. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana,segundo o relato da TV Cultura.

A política, como forma de atividade ou de práxis humana, está estreitamente ligada ao poder. O poder político é o poder do homem sobre outro homem, descartados outros exercícios de poder, sobre a natureza ou os animais, por exemplo. Poder que tem sido tradicionalmente definido como "consistente nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem" (Hobbes) ou, como "conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados",segundo o relato que eu assisti na TV Cultura.

Segundo o documentário da TV Cultura, a política é composta pelo poder econômico, poder ideológico e o poder político. O poder econômico é o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de necessidade para controlar aqueles que não os possuem. Consistente também na realização de um certo tipo de trabalho. A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que os têm em relação àqueles que os não têm: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de influenciar o comportamento de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens, segundo o relato do documentário da TV Cultura.

O poder ideológico se baseia na influência que as ideias da pessoa investida de autoridade exerce sobre a conduta dos demais: deste tipo de condicionamento nasce a importância social daqueles que sabem, quer os sacerdotes das sociedades arcaicas, quer os intelectuais ou cientistas das sociedades evoluídas. É por eles, pelos valores que difundem ou pelos conhecimentos que comunicam, que ocorre a de socialização necessária à coesão e integração do grupo.[4] O poder dos intelectuais e cientistas emerge na modernidade quando as ciências ganham um estatuto preponderante na vida política da sociedade, influenciando enormemente o comportamento das pessoas. A ciência se propõe a responder pelos mistérios da vida, o que na Idade Média era "mistério da fé”, segundo o documentário da emissora.

O poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce a força física: é o poder coator no sentido mais estrito da palavra.

A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso não significa que, ele seja exercido pelo uso da força, mas sim que haja a possibilidade do uso, sendo esta a condição necessária, mas não suficiente, para a existência do poder político.[4] A característica mais notável do poder político é que ele detém a exclusividade do uso da força em relação à totalidade dos grupos sob sua influência,segundo o documentário da emissora..

No poder político há três características. Uma delas é a Exclusividade, que trata da tendência de não se permitir a organização de uma força concorrente como, por exemplo, grupos armados independentes que ameacem o poder. Se encontra também a Universalidade, tratando-se esta da capacidade de se tomar decisões para toda a coletividade. E por último a Exclusividade, que é a possibilidade de intervir, de modo imperativo, em todas as esferas possíveis de atividades de membros do grupo e de encaminhar tais atividades aos fins desejados ou de desviá-las de um fim não desejado, segundo o documentário da TV Cultura.
Entretanto, também temos uma verdade absoluta na política. A política é uma ciência intelectual composta pela capacidade de negociação ( o que não tem absolutamente nada a ver com negociata).Historicamente a política sempre foi composta por representantes das diversidades existentes em uma sociedade,portanto, o poder é exercido pela capacidade constante da negociação para a minimização das diferenças de pensamento.
Historicamente “o homem de virtu” sempre foi aquele que tinha a capacidade necessária para permanecer no centro do poder político. Mas, entretanto, ao longo da história, o conceito sobre o que é ser o “homem de virtu” foi mudando conforme as mudanças de regime ao longo dos tempos.
Nos tempos contemporâneos em que vivemos hoje, ”o homem de virtu” é aquele que tem a capacidade constante de negociação com todas as correntes divergentes de pensamento para garantir a sustentabilidade do seu governo. Ou seja: Nos dias de hoje “o homem de virtu” é um hábil negociador para exercer o poder governamental por meio do seu intelecto.
Então podemos dizer que o Presidente Jair Bolsonaro não é “o homem de virtu” dos dias atuais. O atual mandatário não é um negociador hábil a nível intelectual para minimizar as diferenças de pensamento e garantir a governabilidade da nação tendo impacto mínimo na questão econômica.
A falta de um projeto para compartilhar com o Congresso Nacional impede que o atual mandatário brasileiro consiga ter a negociação política tão necessária aos “homens de virtu” nos dias atuais. O poder político nos dias de hoje é exercido pelo intelecto e não pelo extremismo xucro. Em tempos de Brexit e de uma provável turbulência global, falta ao Presidente Jair Bolsonaro a constante capacidade de negociação dos “homens de virtu” na política atual.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,por exemplo,tinha um conhecimento intelectual bem diferenciado. O ex-presidente soube exercer o poder político pela sua capacidade intelectual, e exatamente por isso,conseguiu aprovar a maioria das pautas econômicas do interesse do seus dois governos entre 2003 a 2010,se mantendo no poder com uma alta popularidade..
Lula conhece a política contemporânea na sua mais absoluta essência,e por isso,foi o “homem de virtu” nos seus dois mandatos na Presidência da República. O que fez do ex presidente Lula o “ homem de virtu”,foi a capacidade que ele tinha de exercer o poder político por meio da sua capacidade intelectual,minimizando diferenças de pensamento em nome da governabilidade.
O presidente Jair Bolsonaro não consegue exercer o poder político por meio do conhecimento intelectual, sendo adepto do extremismo para tentar impor o comando apenas  pela força,em total detrimento da capacidade intelectual, o que não lhe torna o "homem de virtu" na politica contemporânea nos dias atuais .



E assim caminha a humanidade.



Credito da Imagem :Revista Veja.



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