terça-feira, 7 de julho de 2020

O poscionamento do hexacampeão Lewis Hamilton contra o racismo.

Lewis Hamilton - Biografia, Notícias, Fotos e Videos


Credito da Imagem : Site Motorsport .Portal UOL


Recentemente leitor (a), tivemos o ativismo do hexacampeão mundial Lewis Hamilton nas últimas semanas. O ídolo da Formula 1 tem sido marcado pelo ativismo na luta contra o racismo.

Caro (a) leitor (a) : Antes de mais nada, vou retomar o conceito histórico do racismo no Brasil.

O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata imposta pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa publicada em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos. Para a maioria dos 15 mil entrevistados, a diferença entre a vida dos brancos e de não brancos é evidente no trabalho (71%), em questões relacionadas à justiça e à polícia (68,3%) e em relações sociais (65%). O termo apartheid social tem sido utilizado para descrever diversos aspectos da desigualdade econômica, entre outros no Brasil, traçando um paralelo com a separação de brancos e negros na sociedade sul-africana, sob o regime do apartheid. O resultado da pesquisa, elaborada em 2008, demonstra que, apesar de compor metade da população brasileira, os negros elegeram pouco mais do que 8% dos 513 representantes escolhidos na última eleição.



De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Emprego de 2015, os trabalhadores negros ganharam, em média, 59,2% do rendimento que os brancos ganham o que também pode ser explicado pela diferença de educação entre esses dois grupos. Além disso, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de negros assassinados no país é 132% maior que o de brancos.

Durante 322 anos, entre 1500 a 1822, o Brasil foi uma colônia de exploração de Portugal. Durante esses anos, os portugueses proibiram a construção de instituições de ensino no Brasil. Os mais abastados iam estudar na coroa portuguesa e em países europeus.
Durante 322 anos, entre 1500 a 1822, o Brasil foi uma colônia de exploração da coroa portuguesa. Nesses 322 anos, os lusos estavam interessados apenas em subtrair todas as riquezas naturais do Brasil. Além disso, durante o período entre 1500 a 1822, os portugueses proibiram totalmente a construção de escolas e universidades no Brasil. Os brasileiros mais abastados economicamente, iriam estudar na colônia portuguesa, e nas demais colônias europeias. Já os demais brasileiros, permaneciam no país, totalmente a mercê da desigualdade e da defasagem educacional imposta pela coroa portuguesa.

E justamente durante o período colonial, tivemos o problema do racismo no Brasil.  Sim leitor (a). O racismo no Brasil tem sido um grande problema, desde a nossa era colonial e escravocrata, imposta pela coroa portuguesa. A escravidão segregou os negros justamente quando se iniciava os preparativos para a grande revolução industrial.

O racismo brasileiro foi um legado da nossa colonização. Os índios brasileiros não se viam como um povo único, portanto, as animosidades entre as tribos geravam constantes conflitos. Mas, no entanto, os conceitos discriminatórios, que se baseavam na aparência física, cultura ou religião, foram trazidos pelos nossos colonizadores portugueses. Na época do descobrimento brasileiro, Portugal era de fato, uma das nações mais intolerantes da Europa.

Para você ter uma ideia, em 1496, os Judeus que viviam há muitos anos em Portugal, acabaram sendo expulsos do país, devido ao grande preconceito na Península Ibérica, que era divida na sua maior parte entre Espanha e Portugal.

Chegando no Brasil, os lusos se depararam com uma grande quantidade de indignas. Os indígenas brasileiros sofriam grande preconceito, tanto da metrópole portuguesa, quanto por parte da então Igreja Católica.

Com a chegada dos primeiros escravos africanos, a sociedade brasileira acabou se dividindo em duas porções desiguais, muito semelhante as castas da alta sociedade. Sim caro (a) leitor (a). De um lado tínhamos os brancos livres, e do outro lado, tínhamos os negros escravizados e entregues a própria sorte em uma sociedade capitalista. Cabe também ressaltar, que mesmo os negros livres e estudados, não eram considerados cidadãos livres. O racismo no Brasil colonial já era bem institucionalizado, e tinha total amparo legal. Para ocupar serviços públicos na Coroa, da municipalidade, do judiciário, nas igrejas e nas ordens religiosas, era preciso que se comprovasse a chamada “pureza de sangue”. Ou seja. Se admitia apenas a população branca, negros e mulatos, eram completamente excluídos da sociedade. Os cargos relevantes eram apenas aos candidatos que tivesses sua “brancura” comprovada.

Ou seja. Mesmo com a libertação dos escravos pela lei áurea em 1889, os afro brasileiros continuavam excluídos da sociedade. A libertação dos escravos os deixou a mercê da miséria no começo da industrialização, sem políticas públicas, os negros e pardos não tinham o preparo educacional para sobreviverem no capitalismo industrial.

Os negros e pardos passaram a viver em guetos, se sujeitando a trabalhos mal remunerados, que não lhes garantiam as mínimas condições de sobrevivência. Portanto, a nossa história nos mostra a divida histórica que o Brasil tem com os negros.
Caro (a) leitor (a): Você tem o direito de discordar desse jornalista iniciante que vos fala agora nesse texto. O meu objetivo não é demonizar o homem branco ocidental, caso seja isso que você esteja pensando, se estiver lendo esse artigo agora.

Mas, analisando o contexto histórico do racismo, eu acho que Hamilton está absolutamente certo no seu posicionamento. Historicamente, os negros sempre sentiram o racismo na pele.

Os preconceitos de marca e de origem, que são praticados no Brasil e no resto do mundo, apenas confirma que a diversidade negra ainda é motivo de intolerância e preconceito. A batalha contra o racismo ainda não foi vencida nos dias atuais.

E assim caminha a humanidade.

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