quinta-feira, 21 de outubro de 2021

A alta nos preços das commodities.

 Atenta ao boom de commodities que está destravando projetos na área de mineração, a Mercedes-Benz apresentou hoje o Arocs, caminhão para uso em operações severas em minas. A estreia oficial do modelo, que estava em testes por mineradoras há três anos, ocorre com 200 unidades já encomendadas e que serão entregues até o fim de dezembro.

O caminhão extrapesado também será exportado para países da América do Sul, principalmente aqueles com vocação para a mineração. Outros mercados, como África do Sul e Índia, também estão no radar da companhia.

A produção do modelo na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, exigiu investimentos de R$ 300 milhões em mudanças na linha de montagem e nas adaptações do veículo ao mercado brasileiro. A cabine é feita na unidade de Juiz de Fora (MG), com várias tecnologias, como câmbio automatizado (sem pedal de embreagem), equipamento desenvolvido no Brasil para veículos de uso fora de estrada.

O Arocs está à venda há vários anos na Europa, mas teve várias modificações para atuar na atividade de mineração no País. A maioria delas foi sugerida por empresas que são referência no setor de mineração, como a CSN, que desde 2019 utilizava o veículo para sugerir mudanças necessárias para atender melhor o mercado local.

Além do trabalho em minas, o Arocs atende também os segmentos de construção civil pesada e grandes obras de infraestrutura, outra área que deve crescer nos próximos anos.

“Com muita força e muita robustez, o Arocs foi projetado para suportar situações extremas de operação, caracterizadas por topografias exigentes e rotas desafiadoras”, informa Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Mercedes-Benz. O extrapesado tem capacidade para 44 toneladas líquidas de carga e custa cerca de R$ 1,1 milhão.

Leoncini afirma que o lançamento do caminhão extrapesado “coincide, por sorte, com o grande momento atual” de os preços dos minerais em ascensão, o que tem levado empresas a desengavetarem projetos de mineração principalmente na Bahia e no Mato Grosso.

Segundo ele, o segmento vende em média 600 caminhões por ano e, em 2022, o volume pode ultrapassar mil unidades. A Mercedes-Benz atuou nesse mercado até 2 anos atrás com uma versão alemã do modelo Actros 4844, que foi descontinuada por oferecer as características demandadas pelas empresas, embora representasse mais de 30% das vendas locais.

Nesse intervalo de tempo, enquanto fazia as adaptações necessários no Arocs europeu, a marca oferecia aos clientes outra versão local do Actros. “Agora, mais que um caminhão, vamos entregar um pacote de soluções”, afirma Silvio Renan, diretor de Peças e Serviços da Mercedes.

Uma miniconcessionária dentro da mina

Segundo ele, a montadora irá oferecer aos clientes a possibilidade de ter uma estrutura de peças e serviços do concessionário próximo ao local os caminhões vão operar, essencial em locais afastados, típicos da mineração. Também há a alternativa de oficina ou mecânico da marca dedicado às instalações do cliente.

“Nesse serviço poderá ser utilizada a ferramenta dos óculos de realidade virtual, assim o especialista do concessionário pode contar com consultoria online da fábrica para prestação de serviço mais assertiva e em tempo real”, explica Renan.

De acordo com o executivo, os custos de manutenção do novo caminhão são inferiores aos dos concorrentes (Scania e Volvo). O intervalo para a manutenção, por exemplo, dobrou para mil horas de operação, o que reduz também em 22% o tempo de paradas preventivas no ciclo de operação desse tipo de veículo. A informação é do Jornal Estado de São Paulo, na manhã desta quinta feira (21).


Á você que está me lendo eu digo : As commodities – ou commodity, no singular – é uma expressão do inglês que se difundiu no linguajar econômico para fazer referência a um determinado bem ou produto de origem primária comercializado nas bolsas de mercadorias e valores de todo o mundo e que possui um grande valor comercial e estratégico. Geralmente, trata-se de recursos minerais, vegetais ou agrícolas, tais como o petróleo, o carvão mineral, a soja, a cana-de-açúcar e outros.

Esses produtos, em grande parte, influenciam o comportamento de determinados setores econômicos ou até da economia como um todo. Isso significa que as oscilações em seus preços influenciam outras atividades, como a industrial e também o comércio, que contarão com matérias-primas mais caras ou mais baratas para a produção e comercialização de suas mercadorias. Um exemplo disso foram as altas sucessivas do petróleo nos anos 1970 motivadas por razões políticas e que geraram uma profunda crise estrutural no cerne do sistema capitalista. 

Quando uma determinada matéria-prima ou mercadoria é considerada como uma commodity, ela passa a ter o seu preço gerido não pelo valor estipulado na produção, mas sim pela sua cotação no mercado, geralmente nas grandes bolsas de valores. 

Assim, se o preço do algodão elevar-se no mercado externo por escassez na produção mundial, o Brasil, por exemplo, mesmo que o produza muito, verá os seus preços elevados, principalmente para a exportação. Consequentemente, o mercado interno, nesse caso, também será afetado, pois a maioria dos produtores preferirá exportar, provocando uma alta nos preços internos conforme a menor oferta do produto. Com isso, os produtos derivados sofrerão um rápido aumento que, muitas vezes, não é compreendido pelo consumidor, haja vista que foi motivado pela dinâmica econômica internacional, de cunho globalizado. Segundo  os dados de uma reportagem  do site mundo educação, no Portal UOL.

A alta das commodities reflete as acelerações das mudanças na economia global. A pandemia escancarou ainda mais os atrasos econômicos que temos no Brasil há vários anos.
O Brasil irá precisar de uma politica econômica que se baseie na nova economia que se apresenta no cenário pós covid 19. A alta das commodities reflete muito as acelerações econômicas que irão prevalecer no cenário pós covid 19 .

E assim caminha a humanidade. 

Imagem : Jornal Estado de São Paulo. 








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