sábado, 18 de dezembro de 2021

As necessárias lutas contra o patriarcado e o machismo no Brasil.

 A maioria das mulheres que foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal, nos últimos sete anos, morreram sem apresentar qualquer denúncia anterior contra os agressores. É o que apontam os dados do Relatório de Monitoramento dos Feminicídios do DF, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).

Entre 2015 e 2021, a capital registrou 134 feminicídios. Porém, apenas 38 vítimas tinham procurado a Polícia Civil para registar ocorrência de violência doméstica. Ou seja, 72% dessas mulheres morreram sem denunciar o agressor.

Para tentar melhorar as estratégias de combate e prevenção a esse tipo de crime, o governo do DF lançou uma Rede Distrital de Proteção à Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar. A medida foi publicada no Diário Oficial do DF de quinta-feira (6), e deve ser colocada em prática em 2022.

A coordenação do comitê ficará sob a responsabilidade da Secretaria da Mulher, mas ele será composto por representantes das seguintes pastas e órgãos:

Secretaria de Saúde;

Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes);

Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus);

Secretaria de Segurança Pública (SSP);

Secretaria de Educação (SEEDF)

Polícia Civil;

Corpo de Bombeiros Militar;

Polícia Militar do DF;

Tribunal de Justiça do DF (TJDFT);

Ministério Público do DF;

Defensoria Pública do DF.

Segundo a secretária da Mulher do DF, Ericka Filippelli, o objetivo do grupo é garantir mais segurança e uma rede de apoio maior para as vítimas.

"Ano passado, mais de 90% das vítimas de feminicídio não chegaram até a delegacia. A gente tem uma subnotificação dos casos. É uma série de fatores, mas muitas mulheres têm medo, não têm informação e não sabem como pedir ajuda da rede de apoio. Isso daria elas uma segurança maior na hora de denunciar", explica.

Segundo Ericka, em muitos casos, as vítimas sofrem em silêncio por dependerem emocionalmente e financeiramente dos agressores. "A gente não está falando de crimes de pessoas desconhecidas, mas de gente com vínculo pessoal com essas mulheres. Esse é o nosso maior desafio, porque a violência acontece dentro de casa", avalia.

Para 2022, a Secretaria da Mulher diz que vai criar um protocolo único de atendimento, para evitar que as vítimas tenham que buscar diversos órgãos para conseguir serviços de acolhimento.

O plano é implantar um sistema para que MP, Defensoria Pública e tribunais de Justiça tenham acesso ao histórico das mulheres, o que daria agilidade ao processo e também evitaria revitimização delas.

Como denunciar

Apenas após a vigência da lei, o Estado passou a criar canais de denúncia para a população feminina. O DF tem uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima. Veja telefones abaixo:

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)

Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília-DF

Telefones: 3207-6195 / 3207-6212

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)

Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT

Telefones: 3343-6086 e 3343-9625. Fax: 3343-9948

Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar

Contato: 3190-5291

Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal

Contato: 180. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã deste sábado (18).


Á você que está me lendo eu digo : O patriarcado é um modelo de hierarquia social aonde os homens são predominantes em funções de liderança política, autoridade moral, privilégio social e o controle total das propriedades privadas. O patriarcado tradicional, dentro da hierarquia moral e social, garante aos homens a autoridade moral, autoridade cívica e o pleno poder sobre as mulheres e as crianças, não somente no núcleo familiar, mas também dentro da estruturas da sociedade.
O machismo é sensação de ser " viril" e "autossuficiente" no orgulho masculino. O machismo tradicional está associado a um forte orgulho masculino e uma masculinidade exacerbada, na qual se afirma a superioridade total dos homens em relação as mulheres dentro da sociedade. Dentre o conceito da plena superioridade do homem em relação á mulher na sociedade, o machismo tradicional se apoia no conceito social e moral, no qual um homem tem a total e absoluta responsabilidade de prover, sustentar e defender a sua família. E dentre a responsabilidade do homem provedor, o machismo tradicional prega a inferioridade da mulher em relação ao homem na estrutura social.
A misoginia é um conceito na qual um homem tem total aversão as mulheres e aos valores femininos. A misoginia se aplica na violência e na opressão dos misóginos em relação as mulheres, aonde se caracteriza o desprezo as mulheres na sociedade.
O Brasil é um país extremamente patriarcal e machista. Mesmo com todas as conquistas das mulheres nos últimos 100 anos pelo menos, ainda existe o conceito machista da mulher como um objeto de posse.
O Brasil ainda é um pais que aplica o patriarcado e o machismo, em um conceito social na qual se considera que os homens são superiores as mulheres. Um conceito machista que se aplica na violência e no conceito da dominação sobre as mulheres na sociedade.
Como cidadão e jornalista, eu apoio todas as lutas intelectuais das mulheres contra uma sociedade patriarcal e machista, como a sociedade brasileira.

E assim caminha a humanidade.

Imagens : Portal G1 da Rede Globo. 








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