sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

O dilema do PDT e de Ciro Gomes no campo da esquerda.

 Após contornar resistências no próprio partido, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) lança hoje, ainda sob desconfiança interna, sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. Após reunião com a Executiva na segunda-feira, parte do PDT unificou o discurso de apoio ao nome de Ciro e tem dito que a convenção afastará rumores de isolamento do pedetista. Uma ala, no entanto, insiste em defender que a legenda não tenha candidato próprio e use o dinheiro do fundo eleitoral para investir no aumento das cadeiras na Câmara.

No cerne da resistência a um palanque próprio, além da divisão do fundo eleitoral, está o fim das coligações nas eleições proporcionais, o que, na avaliação de parlamentares da sigla, abre espaço para a busca por uma federação partidária, como a proposta pelo PT. O presidenciável, por sua vez, resiste.

Mote

Convencer o "eleitor cansado da polarização" deve ser um dos motes da campanha previstos pelos apoiadores, reforçando a investida do pedetista contra o ex-juiz e presidenciável do Podemos, Sérgio Moro, que disputa votos da chamada "terceira via".

De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, o tema da pré-campanha lançada hoje será "rebeldia da esperança", que, segundo o dirigente, pode dialogar com o perfil do eleitor desejado pelo partido. "A gente quer consolidar o voto dessa juventude rebelde contra o sistema, a ignorância, o negacionismo e todo tipo de discriminação", disse Lupi.

O cientista político Bruno Soller observou que, historicamente, Ciro "conversa com um público, que enxerga a economia de uma forma mais planificada", de perfil etário e renda maior que a média brasileira. Para o especialista, o pedetista, que tem oscilado para baixo dentro da margem de erro em pesquisas de intenção de voto, terá como desafio conquistar o eleitor do PT, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria capturando o voto de quem quer derrotar Jair Bolsonaro nas urnas.

Em sua quarta tentativa de chegar ao Planalto, Ciro, que já foi ministro nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Lula, prefeito de Fortaleza, governador e secretário de Saúde do Ceará, além de deputado federal e estadual, quer se mostrar como opção a "tudo o que está aí". Parte da bancada aposta no crescimento de Ciro nas pesquisas a partir de abril - até agora, o ex-ministro não alcançou os desejados dois dígitos.

Marina

Uma das estratégias do partido também tem sido ventilar o nome da ex-ministra Marina Silva como possível vice. "Isso só depende de os dois quererem e aceitarem", disse Lupi, ao reforçar a boa relação entre Ciro e Marina. O PDT, contudo, terá de entrar em um cabo de guerra com o PT para conquistar a Rede em uma possível federação partidária.

"Vamos ter o lançamento da pré-candidatura justamente para justificar quaisquer rumores que envolvam um isolamento. Estamos todos de forma uníssona", afirmou o deputado André Figueiredo (CE). "A bancada está junta", disse o também deputado Mário Heringer (MG). A informação é do Jornal Estado de São Paulo, na manhã desta sexta feira (21).





Á você que está me lendo eu digo : No espectro político, a esquerda se caracteriza pela defesa de uma maior igualdade social. Normalmente, envolve uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas.
Centro-esquerda é um termo político utilizado para descrever indivíduos, partidos políticos ou organizações que se encontram entre o centro e a esquerda no espectro ideológico, dentro do conceito da existência de uma Esquerda e Direita, com foco na promoção da justiça social dentro do establishment.
Na ultima eleição municipal em 2020, os partidos de esquerda e centro esquerda, mostraram suas força no legislativo. O PDT elegeu 3441 vereadores. O PSB elegeu 3029 vereadores. O PT elegeu 2665 vereadores. 
O PT possui uma bancada de 85 deputados estaduais e 53 deputados federais. O PDT possui uma bancada de 52 deputados estaduais. O PSB possui uma bancada de 70 deputados estaduais.
O centrão é um conjunto de políticos que não possuem uma orientação ideológica especifica, tendo como objetivo assegurar um controle hierárquico sobre o Poder Executivo, de modo que isso lhes garanta vantagens e lhes permita ter o controle absoluto do orçamento federal por meio de emendas parlamentares.
A esquerda e a centro esquerda, tem litígios a resolver para 2022. Os partidos de esquerda e centro esquerda, mostraram muita força nas eleições para os cargos legislativos.
Não por acaso, os parlamentares do centrão, se aproximaram dos partidos de esquerda e centro esquerda, com políticas mais progressistas no campo da educação, por exemplo.
Ciro Gomes teve como estratégia, captar o eleitorado anti petista das eleições de 2018. Ciro Gomes tentou atrair para si, o eleitorado anti petista, que em sua maioria, votou em Jair Bolsonaro em 2018.
Contudo, o ex presidente Lula readquiriu os seus direitos políticos, captando assim, a imensa maioria dos votos de centro esquerda e esquerda. 
A volta do ex presidente Lula no cenário político, tirou a força de Ciro entre os eleitores de centro esquerda e esquerda. A federação partidária, é uma união de dois ou mais partidos, no qual partidos políticos se unem em uma federação, que após seu registro no Tribunal Superior Eleitoral, passa a atuar no parlamento nacional como uma única agremiação partidária.
Os partidos de centro esquerda e esquerda, tentam formar uma federação partidária, justamente para explorar e expandir sua força nas eleições legislativas. Neste sentido, o PDT não é uma exceção a regra.
Ou seja. Caso Ciro não consiga decolar nas pesquisas, o PDT pode focar em aumentar sua bancada na Câmara dos Deputados. E neste sentido, o PDT pode sim partir para uma federação partidária, com a Rede Sustentabilidade, por exemplo.

E assim caminha a humanidade. 

Imagem : Jornal Estado de São Paulo. 




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