quinta-feira, 21 de julho de 2022

A maquina partidária do PT.

 SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Partido dos Trabalhadores aprovou por unanimidade o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência e o do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para a vice na chapa nas eleições de outubro em convenção nacional da legenda realizada em São Paulo, nesta quinta-feira (21).

A convenção aprovou a chapa Lula-Alckmin e delegou à executiva os encaminhamentos necessários junto à federação entre PT, PC do B e PV.

A convenção nacional da sigla se limitou a uma reunião da executiva nacional do partido. O ex-presidente não participou da convenção, que foi fechada à imprensa. Ele cumpre agendas no Recife, Pernambuco, nesta quinta.

Em seguida foi realizada em São Paulo a convenção da federação entre os partidos PT, PC do B e PV. A federação também aprovou por unanimidade a chapa Lula-Alckmin —agora eles são oficialmente os candidatos da federação.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, informou ao petista e ao pessebista da decisão assim que ela foi tomada e transmitiu aos presentes na convenção os agradecimentos dos dois.

À imprensa, Gleisi disse ainda que a coligação com os sete partidos em torno da candidatura de Lula também foi aprovada na convenção e que foi delegada à executiva nacional da federação poderes para discutir com demais legendas que possam integrar a aliança.

Até o momento, apoiam o petista os partidos PT, PSB, PSOL, Rede, PC do B, PV e Solidariedade. Segundo Gleisi, foi tirada na convenção a meta de ampliar esse leque de alianças.

Entre petistas, a avaliação é que é preciso manter o diálogo com partidos para ampliação dessas alianças em um eventual segundo turno

Lula sabe que não deve contar com apoios formais de MDB e PSD no primeiro turno das eleições. O MDB deve oficializar a candidatura de Simone Tebet, apesar de uma ala do partido ainda pressionar pelo apoio imediato ao ex-presidente. Já o PSD de Gilberto Kassab deve ratificar a neutralidade na disputa.

Gleisi afirmou também que o Brasil enfrenta um "momento muito difícil" e que a eleição deste ano não é "normal, como foram as outras". "Nós fazíamos o debate na política, no projeto, na proposta. Essa é uma eleição que traz elementos duros à democracia brasileira, o ódio como instrumento da política, por exemplo."

Secretário-geral do PT, o deputado federal Paulo Teixeira diz que as ameaças de Bolsonaro foram objeto de debate na reunião.

Segundo ele, a avaliação é que não se deve deixar intimidar. O deputado afirma que não se pode superestimar nem subestimar a atitude do presidente. Essa, diz, não pode ser a pauta da campanha.

Ainda de acordo com o parlamentar, defendeu-se a elaboração de uma agenda de Geraldo Alckmin mais focada para São Paulo.

De acordo com membros do partido, só em setembro será possível mensurar o impacto da PEC com ampliação de benefícios sociais aprovada no Congresso com iniciativa do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Por causa da polarização que marcará o pleito deste ano, petistas afirmam que é possível, nos próximos meses, também atrair votos dos indecisos.

Com a oficialização da candidatura, Lula deverá priorizar agendas em estados que a campanha definiu como prioritários, entre eles Paraná, Pernambuco e Bahia, além dos estados do Sudeste.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) afirma que o partido nem discute se a eleição será resolvida em primeiro ou segundo turno. "Qualquer turno é nosso", diz. Para ela, o que é preocupante no momento é a escalada de violência política e as ameaças de raiz golpista de Bolsonaro e seus aliados.

A parlamentar diz ainda que é preciso atuar para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permita que um debate sobre esses rompantes seja realizado no Congresso. "Se o Lira quer ficar na canoa, que fique sozinho. Deixe o poder [institucional] para nós."

Antes de a reunião, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o encontro de hoje seguiria rito protocolar.

"Acordamos entre os partidos [da coligação], que se fosse para [Lula] participar da [convenção] do PT, todos os outros também iam querer. Nós acordamos que faríamos protocolarmente as nossas convenções e a convenção que participaríamos seria a do PSB, que vai homologar a candidatura de Alckmin para vice", disse.

A convenção nacional do PSB será realizada no próximo dia 29, em Brasília. Lula irá participar do encontro.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada em junho, Lula aparece com 19 pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), marcando 47% das intenções de voto no primeiro turno. Bolsonaro tem 28%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 8%

De acordo com dirigentes do PT o estado do Rio de Janeiro se tornou uma das fontes de preocupação da campanha petista à Presidência. Lá foi detectada uma reação de Bolsonaro que deve ser detida no intuito de evitar o segundo turno.

O comando do PT também constatou uma ofensiva do bolsonarismo em São Paulo e por isso Lula deverá fazer agendas com o pré-candidato ao Governo de SP Fernando Haddad (PT), Alckmin e Márcio França pelo estado.

Até a primeira quinzena de agosto estão sendo costuradas agendas de Lula em São Paulo, como um ato na USP e outro na região de Osasco.

Há ainda um problema que impacta na campanha de Lula à Presidência: a falta de recursos. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ainda nem aprovou proposta encaminhada pelo partido para liberação do fundo eleitoral.


A expectativa é que os recursos só sejam liberados a partir de agosto. A avaliação do PT é que Bolsonaro, principal adversário de Lula, tem vantagem de estar na Presidência e contar com a máquina administrativa.

Além disso, o partido não dispõe de capilaridade e palanques municipais para receber Lula até a liberações de recursos. A agenda do ex-presidente tem priorizado eventos em cidades administrados pelo PT, como Juiz de Fora (MG) e Diadema (SP).

Um aliado de Lula afirma ainda que o ex-presidente precisa reforçar o discurso de possível ruptura democrática no país dada as declarações de Bolsonaro. Na visão dele, Lula não deu uma resposta aos arroubos do presidente e de seus aliados. A informação é do Jornal Folha de São Paulo.









Á você que está me lendo eu digo : O Partido dos Trabalhadores (PT) é um partido político brasileiro. Fundado em 1980, integra um dos maiores e mais importantes movimentos de esquerda da América Latina. Em dezembro de 2021, o partido contava com 1.606.892 filiados, sendo o segundo maior partido político do Brasil, atrás apenas do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Na legislatura atual (2019-2022), o PT tem a segunda bancada na Câmara dos Deputados, com 53 deputado federais e 85 deputados estaduais, atrás apenas do União Brasil (UNIÃO) e a quarta maior do Senado Federal, junto ao União Brasil (UNIÃO), Progressistas (PP) e Partido Liberal (PL), cada uma com 7 senadores. Foi o único partido que elegeu uma governadora. Junto ao PSDB, seu histórico adversário, foi o maior partido que surgiu na luta pela redemocratização do Brasil, contra a ditadura militar.
A maquina partidária é uma estrutura oligárquica e financeira, que um partido possui para convencer outras pessoas a apoiarem sua forma de governo. A maquina partidária também pode ser definida sendo a capacidade do partido de se adaptar a frequentes mudanças em uma sociedade. A maquina partidária significa a capacidade estrutural, política e financeira de um determinando partido de se adaptar a todos os tipos de mudança na sociedade ao longo do tempo.
A maquina partidária é uma estrutura política, estrutural e financeira, que permite  que um partido continue mantendo sua dominância política em um determinado espectro político, independentemente das mudanças e eventuais imprevistos ou adversidades políticas que aconteçam entre mudanças na sociedade.
PSB e PDT, se saíram melhor  que o PT, nas eleições municipais de 2020. O PDT conquistou 315 prefeituras e elegeu 3441 vereadores. O PSB conquistou 254 prefeituras e elegeu 3.029 vereadores. O PT conquistou 182 prefeituras e elegeu 2.665 vereadores.
Contudo, PSB e PDT, são partidos menores que o PT, em nível de maquina partidária. O PDT possui um quadro de 1.152.970 filiados. Já o PSB possui um quadro 635.699 filiados. O PT é o maior partido de centro esquerda e esquerda no Brasil, ainda que PSB e PDT, tenham conquistado mais prefeituras. 
Devido a máquina partidária, o PT é o maior partido de centro esquerda e esquerda no Brasil. Mesmo  com o antipetismo em 2018, o PT elegeu 04 governadores em 2018, mesmo sem o ex presidente Lula, seu presidente de honra.
Não tenho nenhuma formação em Ciências Políticas. Longe disso. Minha única formação acadêmica, é habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM). 
Acompanhando os noticiários, desde a minha infância, ainda em meados da década de 1980, não acho que o ex presidente Lula, seja a principal engrenagem da maquina partidária do PT.
A máquina partidária do PT, se tornou algo predominante e  muito bem estruturado, uma maquina partidária que se adapta rapidamente as mudanças na sociedade a cada eleição.
A maquina partidária do PT, adquiriu uma força geopolítica, que funciona de maneira plena, com ou sem o ex presidente Lula. Uma máquina partidária fantástica, que mantem o PT como maior partido progressista no Brasil, mesmo com um certo antipetismo na classe média alta.
O PT tem uma maquina partidária que se adapta rapidamente as mudanças. E isso leitor (a), com ou sem o ex presidente Lula. Ainda que o ex presidente Lula alavanque votos para o partido em nível legislativo. 

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Site Oficial do Partido.

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