A taxa de desocupação (11,6%) do trimestre móvel de setembro a novembro de 2021 caiu 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre de junho a agosto de 2021 (13,1%) e recuou 2,8 p.p. frente ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,4%).
segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE).
domingo, 30 de janeiro de 2022
O preconceito de marca no Brasil.
Diante da falta de explicações das autoridades, o cantor lírico Jean William, de Barrinha (SP), acredita que foi vítima de racismo estrutural em uma abordagem policial durante uma travessia de balsa no litoral paulista.
O tenor de Barrinha (SP), conhecido por já ter cantado para personalidades como o Papa Francisco e o príncipe de Mônaco, e por seu trabalho em parceria com o maestro João Carlos Martins, relatou ter sido abordado aos gritos e com uma arma apontada na cabeça por policiais militares enquanto seguia de carro de Santos para o Guarujá com um amigo na última quinta-feira (27), sem uma motivação apresentada pelos agentes.
"Eu estava dirigindo um carro que era um carro de uma marca famosa, enfim, a única coisa que me leva a crer é que eu era um indivíduo negro dirigindo um carro de alto padrão. E eu conheço muitos casos de pessoas que são abordadas exatamente do mesmo jeito, com a mesma truculência", conta.
Além de tornar público o episódio nas redes sociais, William relatou o caso à Ouvidoria da Polícia Militar, que prometeu pedir uma apuração à Corregedoria da corporação, assim que a denúncia fosse registrada.
"Esse caso é da Ouvidoria do estado. Eu falei com o ouvidor, relatei tudo que aconteceu e agora vamos esperar a resposta da ouvidoria, daí por adiante", afirma o cantor.
A PM informou que a abordagem seguiu princípios legais e técnicos, e que nenhuma denúncia ainda tinha sido apresentada.
A abordagem
Jean William conta que, na última quinta-feira, pegou uma balsa com um amigo em Santos para chegar ao Guarujá, onde passaria o dia, e que, devido ao calor, permaneceu dentro do automóvel, com ar-condicionado ligado e vidros fechados.
Enquanto esperava a saída da embarcação, ele relata que foi submetido a uma abordagem inesperada e truculenta dos policiais.
"A gente estava lá conversando, de repente, quando eu olho pra frente tem um policial apontando a arma na minha direção e por um milésimo de segundo eu fui tentando entender qual era o problema, o que estava acontecendo e aí eu peguei e levantei a mão, fiquei com as mãos pra cima assim, fui saindo com as mãos pra cima com muito medo porque tinha uma arma apontada na frente", diz.
Ao descer do carro, o cantor conta que viu outra arma apontada na direção dele, por parte de outro agente, enquanto era questionado sobre drogas e antecedentes criminais.
"Eu fiquei ali em um beco, com as mãos pra cima, e aí ele já começou a falar: tem droga no carro? Você já foi preso? Esse carro é seu mesmo? E falei que sim, obviamente, que o carro era meu, que eu nunca tinha sido preso nem que tinha droga no carro."
O clima começou a se acalmar, de acordo com o tenor, depois que ele apresentou os documentos e deu mais detalhes pessoais aos policiais.
"Ofereci o documento pra ele com medo de pegar no bolso e causar um movimento brusco, depois ele pediu o documento do carro e aí reiterou se a gente tinha sido preso já ou não e tal, e perguntou as nossas profissões, o que cada um fazia. Meu amigo falou que era farmacêutico, eu falei que era cantor lírico, aí ele ficou olhando meus documentos, tirando foto e fazendo provavelmente o padrão de checagem da polícia", afirma.
Segundo o tenor, um dos policiais chegou a questioná-lo se ele havia feito algo suspeito que motivasse a abordagem. Jean William mencionou uma manobra corriqueira, em baixa velocidade, para desviar de um caminhão para conseguir entrar na balsa, mas não acreditando que aquilo fosse suficiente para causar alarde aos policiais. Ainda assim, nenhuma justificativa ficou evidente por parte dos PMs, de acordo com o cantor.
"Eu falei, olha moço, única coisa estranha foi que quando eu estava entrando na balsa eu não vi um caminhão que estava do meu lado e eu desviei um pouquinho meu carro, mas não estava em alta velocidade, eu estava entrando na balsa. Aí ele falou: pode ser que isso tenha de alguma forma tornado você suspeito e ter causado uma denúncia. Aí eu perguntei: então, mas denúncia do quê? E ele não respondeu nada."
Depois de ter os documentos de volta, a falta de explicação, segundo Jean William, permaneceu. "A gente seguiu viagem sem entender o que tinha acontecido. Ninguém deu uma explicação, ninguém pediu desculpas", relata.
Luta contra o racismo
Hoje com uma carreira de sucesso no Brasil e no exterior, com passagem pelos principais teatros do mundo, Jean William lutou muito não só para mostrar seu talento como também para vencer as barreiras do preconceito.
Ainda antes de ser revelado como solista da Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP, comandada pelo maestro João Carlos Martins, e de se apresentar em países como Itália, Emirados Árabes, Índia, Argentina e Estados Unidos, o promissor tenor chegou a ouvir comentários preconceituosos de pessoas que consideravam estranho um negro cantando músicas em italiano.
O preconceito vencido por Jean William partiu até mesmo de uma professora de música que, segundo ele, o orientou a seguir por uma carreira que não fosse a do canto lírico porque "não existem príncipes negros."
Para ele, a forma com que foi recebido pelos policiais no litoral paulista foi mais um episódio a superar dentro de uma realidade de discriminação que insiste no país, que está muito além das falas preconceituosas.
"Existem muitos relatos sobre abordagens agressivas. A gente conhece muito bem como é que funciona a estrutura do racismo no Brasil, que às vezes não é você chamar alguém de macaco só, mas é toda uma abordagem, todo um sistema que trata o negro quando ele está muito 'fora' do seu ambiente", analisa. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã deste domingo (30).
sábado, 29 de janeiro de 2022
A necessaria luta contra o patriarcado no Brasil.
O estado de São Paulo registrou um boletim de ocorrência a cada duas horas e meia por violência psicológica cometida contra mulheres. Segundo dados obtidos em primeira mão pela GloboNews, foram 1.754 queixas formalizadas nas delegacias paulistas - tanto presencialmente quando no portal da Secretaria de Segurança Pública.
Há exatos seis meses, uma lei sancionada pelo governo federal tornou crime a violência psicológica, mas muitos casos ainda são subnotificados porque as vítimas não sabem que têm esse recurso ou por medo de denunciar.
A violência psicológica pode não ser vista como crime porque muitas vítimas entendem que por não deixar marcas físicas o agressor não poderia ser punido criminalmente. Mas as consequências da violência psicológica podem ser profundas na saúde de quem sofre, como ansiedade, depressão, pensamentos suicidas, e ser o início de um ciclo abusivo que pode se intensificar e se transformar também em agressões físicas ou até mesmo um feminicídio.
"É muito interessante quando a gente conversa com vítimas de violência psicológica, elas sempre dizem que é difícil entender que aquilo é uma violência porque não deixa marca física. Então não é uma violência física que deixa marca, uma violência patrimonial que deixa uma marca em algum objeto, por exemplo, um celular",explica a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher do Estado São Paulo, Jamila Jorge Ferrari.
"Na verdade são humilhações, impedimentos do direito de ir e vir dessa mulher, impedimento dessa mulher de trabalhar ou estudar. E tudo isso não deixa marca e é difícil inclusive pra mulher entender que ela está sendo vítima, e até muitas vezes paras pessoas no em torno dessa mulher entenderem que ela está sendo vítima", completa.
Pelo Código Penal, a violência psicológica consiste em "causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação".
De acordo com o texto, a punição para o crime de violência doméstica pode variar entre seis meses a 2 anos de prisão e pagamento de multa.
A pena pode ser maior se a conduta constituir crime mais grave. Com a medida, as condutas que podem se enquadrar neste crime foram mais bem detalhadas, facilitando a responsabilização do autor e contribuindo com a proteção da vítima.
De acordo com Zilmara Macedo, uma das lideranças do projeto Justiceiras - uma força-tarefa que oferece atendimento e orientação jurídica, psicológica, socioassistencial e médica para mulheres vítimas de violência doméstica em todo o país, a plataforma recebeu só na quinta-feira (27) o pedido de ajuda de 55 mulheres com relatos de violência psicológica.
Mas, ser um crime considerado ainda muito recente, a subnotificação não deixa de existir. "É até difícil aquela vítima entender que está sendo vítima, que há um dano emocional causado por conta daquele relacionamento, e também por causa do desconhecimento.
Mas precisamos sempre estar falando, dando essas informações para as mulheres, especificamente para as que vivem em um relacionamento amoroso, dentro de casa, dentro de uma relação doméstica e familiar, que existe esse dano, que existe essa violência, e que ela deve procurar ajuda", completou a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher de São Paulo.
Para uma das lideranças do projeto Justiceiras, Zilmara Macedo, ainda faltam muitas informações que estimulem a denúncia e orientem as mulheres sobre os seus direitos e os recursos que ela pode adquirir ao denunciar o agressor.
"Têm muitas vítimas que ainda não sabem que podem fazer o boletim contra violência psicológica. Elas acham que só é aquela violência física dentre outras que a gente tem, vários tipos de violência que a gente tem. Mas a violência psicológica para elas ainda é bem desconhecida. Por isso que a gente enfatiza muito essa parte, pra que ela seja empoderada, porque a autoestima dela quando vem pra procurar está lá embaixo, já está muito sofrida".
Como provar
Como a violência psicológica não deixa marcas físicas, muitas vítimas podem ter receio de denunciar com medo de serem desacreditadas e não conseguirem comprovar as agressões à Polícia Civil no momento do registro do boletim de ocorrência. Mas segundo a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher do Estado São Paulo, Jamila Jorge Ferrari, os investigadores podem recorrer a diversas provas e depoimentos para confirmar o crime.
"O que a gente sempre tem que buscar nessas investigações são, claro, o depoimento da vítima, até para ela relatar o que estava acontecendo e o que acontece com ela durante o dia a dia, durante o relacionamento. Ouvir testemunhas que têm contato com a vítima e que vão mostrar que muitas vezes essa vítima era de um jeito antes esse relacionamento e passou a estar triste, deprimida, passou de visitar os pais, porque era proibida pelo companheiro... Essas testemunhas são muito importantes. Colegas de trabalho também podem mostrar que essa vítima mudou perfil, passou a trabalhar menos, a faltar mais o trabalho. Tudo isso são provas importantes e também muitas dessas dessas vítimas passam a desenvolver algum tipo de distúrbio psicológico", afirma.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, é possível requisitar informações médicas da vítima para confirmar a denúncia de violência psicológica e a punição do agressor. "A gente pode pedir um relatório psicológico, eventualmente informações de remédios específicos que essa vítima esteja tomando, e que passou a tomar por conta desse relacionamento, ou após algumas situações específicas acontecerem. O simples fato de pedir essas provas e juntar essas provas, a gente já consegue caracterizar violência psicológica", completa.
Como denunciar
As vítimas de violência psicológica podem e devem procurar a Polícia Civil para denunciar o crime. Em São Paulo, os registros podem ser feitos nas delegacias físicas e eletrônica
Caso a violência seja praticada no ambiente doméstico e familiar, a vítima poderá também solicitar medida protetiva de urgência, como previsto na Lei Maria da Penha.
Em uma situação emergencial: disque 190:
É o número de telefone da Polícia Militar que deve ser acionado em casos de necessidade imediata ou socorro rápido.
Campanha Sinal Vermelho
O Conselho Nacional de Justiça se uniu à Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e lançaram, em junho de 2020, a campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica. A ideia central é que a mulher consiga pedir ajuda em farmácias, órgãos públicos e agências bancárias com um sinal vermelho desenhado na palma da mão.
Central de Atendimento à Mulher: 180
O Ligue 180 presta uma escuta e acolhida às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher. O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs)
São unidades especializadas da Polícia Civil para atendimento às mulheres em situação de violência. As atividades das DEAMs têm caráter preventivo e repressivo, devendo realizar ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal, as quais dever ser pautadas no respeito pelos direitos humanos e pelos princípios do Estado Democrático de Direito.
Núcleos ou Postos de Atendimento à Mulher nas delegacias comuns
Constituem espaços de atendimento à mulher em situação de violência (que em geral, contam com equipe própria) nas delegacias comuns.
Defensorias públicas e defensorias da mulher
As Defensorias da Mulher têm a finalidade de dar assistência jurídica, orientar e encaminhar as mulheres em situação de violência. É órgão do Estado, responsável pela defesa das cidadãs que não possuem condições econômicas de ter advogado contratado por seus próprios meios. Possibilitam a ampliação do acesso à Justiça, bem como, a garantia às mulheres de orientação jurídica adequada e de acompanhamento de seus processos. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã deste sábado (29).
Á você que está me lendo eu digo : Indicadores de monitoramento do mercado de trabalho apontam desigualdades expressivas entre homens e mulheres. A taxa de participação que mede a parcela da população em idade de trabalhar que está na força de trabalho, ou seja, trabalhando ou procurando trabalho, revela que as mulheres encontram maior dificuldade de entrar no mercado de trabalho. Em 2019, a taxa de participação das mulheres com 15 aos ou mais de idade foi de 54,5% contra 73,7% dos homens. Este número elevado de desigualdade se manifestou tanto entre mulheres e homens brancos quanto entre mulheres e homens pretos ou pardos. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por terem um maior envolvimento em atividades não remuneradas, como, por exemplo, nos afazeres domésticos, as mulheres acabam tendo uma menor participação no mercado de trabalho. Em 2019, no Brasil, as mulheres dedicaram semanalmente quase o dobro de tempo aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos se comparado aos homens (21,4 horas contra 11,0 horas). O indicador Número de horas semanais dedicadas às atividades de cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos, por sexo, fornece informações que visam alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas e dar visibilidade a esta forma de trabalho. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo para as mulheres que se encontram ocupadas, o envolvimento em atividades não remuneradas influencia na maneira como elas se inserem no mercado de trabalho, pois tendem a conciliar uma dupla jornada: trabalho remunerado e não-remunerado. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sobre a remuneração, no mesmo ano de 2019, as mulheres receberam 77,7% do rendimento dos homens. A Desigualdade de rendimentos do trabalho era maior entre as pessoas pertencentes aos grupos ocupacionais que possuem maiores rendimentos, como Diretores e gerentes e Profissionais das ciências e intelectuais, grupos nos quais as mulheres receberam, respectivamente, 61,9% e 63,6% do rendimento dos homens. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Se por um lado, em relação aos homens, as mulheres recebem menor remuneração e enfrentam maiores dificuldades no mercado de trabalho, por outro lado elas obtêm maior êxito quando o assunto é educação. Portanto, todas as adversidades encontradas por elas não podem ser atribuídas aos níveis de escolaridade ou de instrução. Ao contrário disso, os dados apontam que as mulheres brasileiras são em média mais instruídas que os homens. A PNAD Contínua 2019 revelou que, entre a população com 25 anos ou mais de idade, 40,4% dos homens não tinham instrução ou possuíam apenas o ensino fundamental incompleto, proporção que era de 37,1% entre as mulheres. Já a proporção de pessoas com nível superior completo foi de 15,1% entre os homens e 19,4% entre as mulheres. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do maior acesso ao ensino superior, as mulheres ainda são ligeiramente minoritárias entre os docentes desse nível de ensino. Em 2019, segundo o Censo da Educação Superior, as mulheres representavam 46,8% dos professores de instituições de ensino superior no Brasil. Essa proporção vem crescendo, ainda que lentamente, nas últimas duas décadas. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora as mulheres sejam mais escolarizadas, elas são minoria no mercado de trabalho e na vida pública em geral. Assegurar às mulheres igualdade de oportunidades nos processos de tomada de decisão, ainda é uma meta a ser alcançada. Segundo os parâmetros da CMIG* e da Agenda 2030**, as mulheres devem participar efetivamente da vida pública e assumir posições de liderança tanto no setor público quanto no setor privado. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Brasil, o indicador que mede o Percentual de parlamentares mulheres em exercício nas câmaras baixas (câmara de deputados) passou de 10,5%, em dezembro de 2017, para 14,8%, em setembro de 2020. Apesar do aumento, o Brasil encontrava-se na 142ª posição dos 190 países contidos no ranking das mulheres que exercem mandato parlamentar na câmara dos deputados. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A eliminação de práticas danosas, como casamento forçado, precoce e infantil, mutilação genital feminina e todas as formas de violência contra mulheres e meninas, também são questões contempladas pela CMIG e pela Agenda 2030. Em que pese a existência de informações oficiais sobre casamento e violência, elas não são suficientes para a construção dos indicadores tal como propostos pelo CMIG. Assim, é apresentado um indicador adaptado para o tema do casamento e um indicador que aborda o tema da violência pelo enfoque do feminicídio. Já o fenômeno da mutilação genital não se aplica ao Brasil. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção dos indicadores sobre violência contra a mulher esbarra, entre outras dificuldades, na subnotificação de casos de violência sexual sofrida por mulheres e na ausência de pesquisas específicas sobre violência doméstica. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É possível, no entanto, focalizar a questão da violência contra a mulher a partir do fenômeno do feminicídio, definido na Lei n. 13.104, de 2015, como o homicídio contra a mulher por razões da condição do sexo feminino – violência doméstica ou familiar e menosprezo ou discriminação à condição de ser mulher. Quando comparadas as taxas de homicídio entre as mulheres pretas ou pardas e as brancas, tanto no domicílio quanto fora dele, nota-se que a questão de cor ou raça tem um peso significativo. No domicílio, a taxa para as mulheres pretas ou pardas era 34,8% maior que para as mulheres brancas; fora do domicílio era 121,7% maior. Segundo minha consulta ao site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
A particularidade no Brasil.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu descartar a proposta de criação de um fundo de estabilização para interferir diretamente no preço de combustíveis, e o ministro Paulo Guedes (Economia) quer agora tentar limitar o corte de tributos e desonerar apenas o diesel.
A criação do fundo já vinha sendo alvo de divergências entre duas alas do governo. A Casa Civil, de onde partiu a ideia de redução dos tributos federais sobre os combustíveis, se alinhou à posição de Guedes em ser contra a iniciativa.
Já no caso da desoneração ampla de tributos sobre os combustíveis e energia elétrica, o ministro da Economia recuou de seu apoio inicial à medida, que poderia custar cerca de R$ 70 bilhões aos cofres da União, e defendeu algo localizado.
Após sucessivos alertas de técnicos de sua pasta, o ministro busca emplacar um corte de alíquotas apenas no diesel, o que reduziria o impacto a cerca de R$ 20 bilhões.
Uma nova reunião entre técnicos deve ser realizada nesta sexta-feira (28) para analisar os números e avançar nas discussões.
Nas negociações, Guedes alegou que o fundo de estabilização é inviável, dado seu custo elevado e sua ineficácia. Já a Casa Civil considera impraticável implementar a medida agora.
Em outra frente, os ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) vinham insistindo na reserva de recursos para atacar a alta do preço do diesel.
A Casa Civil, comandada por Ciro Nogueira, avisou ao presidente que acha difícil a ideia sair do papel.
Mais do que se aliar a Guedes, Nogueira quer focar no ponto principal da proposta, que é promover a redução dos tributos federais e evitar ruídos, avaliam integrantes do governo.
O ministro da Economia inicialmente encampou o desejo de Bolsonaro de cortar tributos e não se opôs à ideia, segundo seus interlocutores. A avaliação no círculo mais próximo de Guedes era a de que não dá para "cruzar os braços" diante do risco de um pico de inflação no auge da campanha eleitoral.
Nos últimos dias, porém, técnicos intensificaram os argumentos a Guedes de que a perda de arrecadação é significativa, enquanto os benefícios são rapidamente anulados por outros reajustes.
Integrantes da equipe de Guedes lembram que, em maio de 2018, o governo Michel Temer (MDB) reservou quase R$ 10 bilhões para bancar um desconto de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, em reação à greve dos caminhoneiros. Os preços caíram em junho, mas voltaram a subir no mês seguinte.
Por isso, a medida está longe de ser uma unanimidade entre integrantes da equipe econômica. Entre os que se opõem, é dito que as discussões continuam e só serão encerradas com a efetiva publicação da medida no DOU (Diário Oficial da União).
O fundo, por sua vez, já enfrentava oposição ferrenha de toda a equipe econômica, que considera o mecanismo uma verdadeira interferência nos preços, com chances elevadas de ser um fracasso.
Os royalties de petróleo, que poderiam bancar o mecanismo, alcançaram patamar recorde em 2021 -de R$ 39,6 bilhões. Mesmo assim, a equipe econômica se mantém contra a ideia e diz que ela apenas jogaria dinheiro fora diante da escalada dos preços no mercado internacional.
Técnicos argumentam que, como o mercado de combustíveis é muito grande, as empresas poderiam ampliar os reajustes ou suas margens de lucro, apostando que o governo faria de tudo para conter os aumentos para consumidores.
Na prática, segundo integrantes da equipe econômica, o custo de bancar a investida pode subir a níveis hoje difíceis de serem previstos até mesmo pelos técnicos do governo.
Os ministros defensores, por sua vez, alegavam que a perspectiva de elevação dos preços do petróleo no mercado internacional -incorporados pela Petrobras em sua política de preços- exige do governo uma atitude que vá além do corte de tributos.
A combinação de medidas, segundo a ala favorável, seria decisiva para atingir o alívio pretendido no bolso dos consumidores sem intervir na Petrobras. No governo Dilma Rousseff (PT), a contenção artificial de reajustes pela companhia arranhou sua reputação e mobilizou investidores a processarem a empresa, em busca de ressarcimento pelos prejuízos.
Para a operação do fundo, a ala entusiasta defendia a destinação não só de royalties de petróleo, mas também de participações especiais e dividendos da Petrobras. São receitas que hoje já entram no caixa único do Tesouro Nacional, que ficaria desfalcado.
A criação do fundo também enfrentava outro entrave técnico: a despesa associada à medida precisaria ficar fora do alcance do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação.
Guedes não quer mexer no teto porque considera um movimento extremamente arriscado em ano eleitoral.
Em 2021, a tramitação da PEC dos Precatórios, enviada inicialmente para adiar o pagamento de dívidas judiciais, acabou também mudando a correção da regra, em um processo que gerou ruídos junto ao mercado financeiro e impulsionou dólar e juros.
Uma nova mexida no teto poderia ampliar as incertezas em um ano já turbulento por causa das eleições.
O temor da equipe econômica é que o Congresso aproveite o texto para fazer mudanças mais amplas, sem que o governo tenha poder de veto. O texto de uma emenda constitucional, após aprovado em dois turnos na Câmara e no Senado, é promulgado diretamente pelo Legislativo.
Por esse motivo, a própria decisão de tratar da redução dos tributos via PEC está sendo criticada pelos técnicos da área econômica, que temem perder as rédeas da negociação.
No Palácio do Planalto, por sua vez, a opção pela PEC é para evitar que a medida seja usada contra a candidatura de Bolsonaro nas eleições, uma vez que a lei eleitoral proíbe a concessão de novos benefícios no ano de realização do pleito.
A ala política do governo quer acelerar a aprovação da PEC e pretende fechar o texto na semana que vem. A ideia em discussão é que a proposta contenha gatilhos para o corte tributário, a serem disparados em caso de os preços chegarem a determinado nível, por exemplo -embora o mecanismo exato ainda esteja em estudo.
A proposta será apresentada por um parlamentar no Senado. A ideia inicial é que seja Alexandre Silveira (PSD), diretor jurídico da Casa e suplente de Antônio Anastasia (PSD-MG), que foi indicado ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
Segundo auxiliares palacianos, o governo vai encampar a medida via Legislativo em razão do ano eleitoral, para evitar questionamentos de que houve ações com o objetivo de angariar votos. A informação é do Jornal Folha de São Paulo, na manhã desta sexta feira (28).
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
O preconceito de marca praticado no Brasil.
Bom dia caro (a) leitor (a) : Hoje na reflexão do dia , vou abordar o preconceito racial que é praticado há séculos no Brasil, o preconceito de marca, que representa o conceito da “hierarquia social”.
Basicamente leitor (a),existem dois tipos de discriminação racial, o preconceito de marca e o preconceito de origem.
O Preconceito de marca é aquele que se relaciona ao fato de outros indivíduos não aceitarem aquela pessoa, tendo relação com o aspecto da cor da pele, se parece muito com as agressões á pessoas obesas, observadas como “diferentes”.
O preconceito de origem se aplica um grupo que descende de negros, como por exemplo, os negros e seus descendentes sofrem com o preconceito e os nordestinos e seus descendentes sofrem com a xenofobia. Ou seja, o preconceito de origem se aplica basicamente como xenofobia.
No Brasil o preconceito de marca é praticado há séculos, e esse tipo de preconceito racial ficou mais forte no nosso país, pelo conceito de “hierarquia social” que se estabeleceu após o fim da escravidão.
No conceito de “hierarquia social", existe o conceito de “branqueamento", sendo assim, o negro primeiro é discriminando por não ter o diploma superior.Entretanto,quando consegue, acaba sofrendo pelo conceito típico da “hierarquia sócia", simplesmente pelo fato de ser negro.
Nos Estados Unidos e na Europa, se pratica a xenofobia, por meio do preconceito de origem. No Brasil, temos a “hierarquia social", refletida na perversidade do preconceito de marca. O preconceito de marca é a prática nefasta da “hierarquia social” com o “branqueamento” entre as pessoas.
A origem do preconceito de marca no Brasil se deu com o inicio da escravidão, quando os primeiros navios negreiros começaram a trazer negros da África para serem comercializados no Brasil. Durante o período da escravidão, os negros eram tratados como “diferentes", devido a cor da sua pele, podemos dizer que na época da escravidão, com os primeiros navios negreiros, começava a ser implantados o conceito da “hierarquia social” no Brasil.
O conceito da “hierarquia social” ficou ainda mais forte com os negros escravos trancados em senzalas, sendo impedidos de comer a mesma comida dos seus senhores. Mesmo o final do período da escravidão no Brasil com a lei áurea, não libertou os negros da “hierarquia social", o conceito mais perverso da escravidão.
O final do período da escravidão no Brasil acabou coincidindo com os primeiros passos da revolução industrial, os negros libertos já sofriam os primeiros conceitos da “hierarquia social”, pois no tempo em que eram escravos, não tiveram qualquer acesso á educação, e depois de libertos, não estavam preparados para a era da grande industrialização, então podemos dizer que a herança dos negros nos dias atuais começou naquele tempo.
A herança que a população negra no Brasil carrega é extremamente cruel, primeiro o negro é discriminando por não ter o diploma superior como os brancos. Mas, no entanto, quando finalmente obtém o diploma universitário, os negros sofrem com a discriminação, simplesmente por serem negros, esse é o preconceito de marca, praticado há séculos e que persiste até hoje no Brasil.
Mesmo com o diploma universitário, a população negra ainda sofre a herança do preconceito de marca, que é praticado há séculos no Brasil.
Convido voce leitor (a) a ler a reportagem do Portal G1 da Rede Globo no link á seguir https://g1.globo.com/rj/rio-
E assim caminha a humanidade.
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
O equilíbrio necessário no exercício do Jornalismo.
Jornalismo é a coleta, investigação e análise de informações para a produção e distribuição de relatórios sobre a interação de eventos, fatos, ideias e pessoas que são notícia e que afetam a sociedade em algum grau. A palavra se aplica à ocupação, aos métodos de coleta de dados e à organização de estilos literários.
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
A herança do bolsonarismo .
A ciência politica aponta, que dentre os conceitos de direita e esquerda, existe o centro, a visão centrista. O centrismo se baseia dentre os conceitos de direita e esquerda no espectro politico. Os adeptos do centrismo, não são capitalistas extremados e nem totalmente socialistas. Os centristas são conhecidos por defenderem a economia de mercado, mas sem esquecer do lado social. Os centristas são conhecidos por serem pessoas conciliadoras e tolerantes no espectro político. Os centristas, na sua essência, também têm características sociais democratas na sua forma de governo.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
A liberdade não é uma terra sem lei.
Uma turista holandesa foi detida na Polônia por fazer uma saudação nazista no antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, segundo a polícia local.
A mulher de 29 anos fez o gesto em frente ao portão com os dizeres Arbeit Macht Frei ("O Trabalho Liberta").
A turista, que não foi identificada, foi posteriormente acusada de se envolver em propaganda nazista. Os promotores emitiram uma multa, que ela concordou em pagar.
A mulher disse que o ato foi uma brincadeira de mau gosto, segundo a agência de notícias PAP.
Ela estava posando para uma foto tirada pelo marido na ocasião.
Não é a primeira vez que estrangeiros são detidos por promover propaganda nazista na Polônia — uma acusação que pode levar a até dois anos de prisão.
Em 2013, dois estudantes turcos foram condenados a seis meses de prisão e multados por uma saudação nazista semelhante em Auschwitz.
A Alemanha nazista construiu o campo de extermínio na cidade de Oswiecim, no sul da Polônia, depois de invadir e ocupar o país no início da Segunda Guerra Mundial, em 1939.
Em pouco mais de quatro anos e meio, a Alemanha nazista assassinou sistematicamente pelo menos 1,1 milhão de pessoas em Auschwitz. Quase 1 milhão eram judeus.
Os deportados para o campo foram mortos em câmaras de gás, passaram fome, trabalharam até a morte e foram submetidos a experimentos médicos.
Ao menos 6 milhões de judeus morreram no Holocausto — a campanha nazista para erradicar a população judaica da Europa. Auschwitz estava no centro desse genocídio.
Tropas soviéticas libertaram o campo no início de 1945. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã desta segunda feira (24).
domingo, 23 de janeiro de 2022
Os litígios do campo da esquerda em 2022.
Em carta aberta publicada neste sábado, 22, o deputado federal David Miranda anunciou que está de saída do PSOL para integrar o PDT, do presidenciável e ex-ministro Ciro Gomes. O deputado atribuiu a desfiliação à forte tendência de o PSOL apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral.
“O PSOL, a meu ver, corre o risco neste momento de sacrificar a sua essência para se tornar um braço leal de um partido e ideologia a que foi criado para se opor”, declarou o parlamentar, fazendo referência à probabilidade de a sigla formalizar o apoio a Lula e ao PT.
Miranda recorda que o PSOL nasceu justamente de uma dissidência do PT em 2003, quando parlamentares da sigla se recusaram a seguir a orientação de votar a favor da reforma da Previdência. “Não é hora de se submeter obedientemente ao PT e aceitar covardemente que um retorno ao passado é o melhor que podemos fazer pelo Brasil neste momento”.
Ele destacou, porém, que a mudança não significa um afastamento dos valores que o levaram ao PSOL. “Pelo contrário, em diversos sentidos representa um retorno aos valores que me motivaram a entrar para a política e uma oportunidade de renovação e radicalização deles.”
Ida ao PDT
O deputado, que já vinha conversando com representantes do PDT desde o final de 2021, afirmou que a escolha pelo partido de Ciro Gomes se deu no esforço também de "superar" a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. “Acredito que (o PDT) é o partido de esquerda mais bem posicionado para superar a polarização atual, pois é o único com um candidato à Presidência com um projeto para o Brasil que não depende de pactos com aqueles que sempre foram e continuam sendo inimigos do povo”, disse.
Ele ressaltou que sua ida para o PDT não significa que esteja de acordo com as votações recentes do partido no Congresso (como o apoio da maioria da bancada na votação do primeiro turno da PEC dos Precatórios), e afirmou compartilhar com Ciro Gomes sua visão de projeto para o Brasil com base na taxação de grandes fortunas, reforma tributária, acesso à educação de qualidade e geração de trabalho e renda especialmente para os mais pobres. “Reconheço no PDT diversos valores históricos e atuais fundamentais para a reconstrução do Brasil, em especial os ideais trabalhistas e o legado de Leonel Brizola”, acrescentou. Brizola completaria 100 anos neste sábado, 22.
PSOL
Em publicação também nesta tarde, Honório Oliveira, dirigente do Movimento Esquerda Socialista (MES) e do PSOL-RJ, criticou a decisão de Miranda: “Consideramos equivocado este movimento, pelo caráter burguês do projeto de Ciro, alheio aos interesses essenciais do povo e da classe trabalhadora”.
Apesar disso, o dirigente destacou ainda considerar Miranda e seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, como aliados, mesmo que em partidos diferentes. “Sempre que possível, estaremos juntos nas ruas, em defesa dos interesses da juventude, do povo e da classe trabalhadora”, declarou. A informação é do Jornal Estado de São Paulo, na manhã deste domingo (23).